Por Redação, com Reuters e Agências de Notícias – de Brasília:
A presidenta Dilma Rousseff voltou a ressaltar nesta segunda-feira a necessidade de o Congresso aprovar as medidas de ajuste fiscal necessárias para o país criar uma base para a retomada do crescimento, disse o ministro Edinho Silva, da Comunicação Social, após reunião de coordenação política no Palácio do Planalto.
Segundo o ministro, o governo está dialogando com o Congresso para que todas as medidas importantes para o ajuste das contas públicas sejam aprovadas.
Caminhoneiros
Em entrevista coletiva nesta segunda-feira, o ministro falou sobre a greve dos caminhoneiros. Segundo Silva, a paralisação tem como objetivo desgastar o governo politicamente.
– No nosso entendimento é uma greve pontual que atinge pontualmente algumas regiões do país. É infelizmente uma greve que se caracteriza como uma aspiração única de desgaste político do governo – afirmou Silva.
O ministro acrescentou que até o momento nenhuma entidade que representa os caminhoneiros apresentou uma pauta de reivindicações da categoria.
– Uma greve geralmente vem com questões econômicas, sociais, geralmente é propositiva, mesmo quando trata de questões políticas. Nunca vi uma greve em que o único objetivo é gerar desgaste ao governo – disse o ministro após reunião de coordenação política com a presidenta Dilma Rousseff, nesta segunda-feira, no Palácio do Planalto.
O tema, no entanto, não foi tratado na reunião com Dilma, segundo o ministro.
Greve fracassa
O movimento organizado pelo Comando Nacional do Transporte, que se diz independente de sindicatos, pede a renúncia da presidenta Dilma, redução do preço do combustível, frete mínimo, remuneração nacional unificada e crédito subsidiado para renovação da frota.
Mas nos últimos dias, uma série de denúncias de que os caminhoneiros seriam forçados a participar dos bloqueios, alguns inclusive mantidos em cárcere prevido sob ameaças, lançaram dúvidas sob a legitimidade da paralisação.
Um comunicado da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), entidade que tem a prerrogativa legal de representar esses trabalhadores, também denuncia a condução dos protestos.
Segundo a CNTA, o movimento deflagrado tem por objetivo “promover o caos no país e pressionar o Governo em prol de interesses políticos ou particulares, que nada têm a ver com os problemas da categoria”.
Ainda segundo a confederação, o governo federal vem negociando as reivindicações da categoria, e mesmo sem atender a todas, já proporcionou grandes avanços. Portanto, o bloqueio unilateral das estradas não se justifica.
Atualizado às 13h18