O projeto previa a criação de uma alíquota provisória no Rioprevidência, com duração de um ano e meio, de 16% para servidores ativos e inativos, e contribuição patronal de 32%
Por Redação, com ARN – do Rio de Janeiro:
O presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), deputado Jorge Picciani (PMDB) confirmou que vai devolver ao Governo do Estado o projeto 2.241/16, que cria um desconto provisório no salário de servidores e inativos, com o que a contribuição previdenciária chegaria a 30%, mas garantiu que os outros 21 projetos de lei começarão a ser discutidos pelo Parlamento no dia 16 deste mês de novembro.

O presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), deputado Jorge Picciani (PMDB) confirmou que vai devolver ao Governo do Estado o projeto 2.241/16
O texto faz parte do pacote enviado pelo Executivo para a Alerj. O projeto previa a criação de uma alíquota provisória no Rioprevidência. Com duração de um ano e meio, de 16% para servidores ativos e inativos, e contribuição patronal de 32%. Além disso, determinava que servidores inativos que recebem até R$ 5.189, e não são descontados, tivessem desconto de 30% em seus proventos.
Picciani declarou que vai “devolver ao governo a mensagem, primeiro por uma exigência da bancada do PMDB. Que fechou questão em apoiar as outras mensagens, mas não acha essa justa. Principalmente com quem ganha pouco, e também atendendo ao apelo de todos os deputados”, explicou.
Na última terça-feira, a Justiça do Rio de Janeiro já havia concedido uma liminar suspendendo a tramitação deste projeto. O Executivo pretendia recorrer da decisão. Picciani ressaltou ainda que será dado todo o espaço para o debate.
– Nunca se votou nada sem convocação do colégio de líderes. Sem abrir espaço para o contraditório dos setores da sociedade envolvidos para discutir emenda por emenda – afirmou. Ajuste Ainda segundo o presidente da Alerj. A retirada dessa mensagem fará com que os cortes sejam menores que os necessários.
– Será aquilo que é possível no momento. O aumento de impostos mais duro será na energia elétrica, mas vamos proteger os mais pobres, aumentando a faixa com alíquota menor – completou.
O presidente da Alerj defendeu medidas para conter a crise. “Se nada for feito, o estado vai entrar em uma crise social grave. O Rio de Janeiro foi atingido por alguns motivos fundamentais: a crise nacional. A crise na Petrobras, que faliu a indústria naval e prejudicou toda a cadeia produtiva.
A queda na renda que atingiu nossa indústria automotiva, metalurgia e siderurgia; e a queda no valor do petróleo que atingiu fortemente o Rioprevidência”, explicou.
Segundo o parlamentar, o governo cometeu erros que também comprometeram as finanças estaduais. “Em 2014 foram enviadas 47 mensagens para a Alerj com aumentos reais de até 70% para os servidores em cinco anos. Nenhuma empresa pode arcar com isso. A folha explodiu em 2015, subiu R$ 11 bilhões”, destacou.
Manifestação
Picciani repudiou a atitude dos manifestantes contrários ao pacote, que invadiram o Palácio Tiradentes na tarde da última terça-feira. Segundo ele foi “um crime e uma afronta ao estado democrático de direito”.
– Não vai ser na base da força física que vão impedir o parlamento de funcionar. Lastimo a atitude daqueles que aqui entraram. Espero que se identifique os responsáveis pelos atos de vandalismo – disse o presidente da Alerj. Calendário de votações
Os projetos começarão a entrar em pauta na próxima quarta-feira. Até o dia 30 de novembro as propostas serão discutidas e receberão emendas dos deputados. A expectativa é que a votação das medidas aconteça durante o mês de dezembro. Confira abaixo o calendário:
Dia 16/11 (quarta-feira) – dois projetos
Dia 17/11 (quinta-feira) – dois projetos
Dia 22/11 (terça-feira) – seis projetos
Dia 23/11 (quarta-feira) – seis projetos
Dia 24/11 (quinta-feira) – dois projetos
Dia 29/11 (terça-feira) – dois projetos
Dia 30/11 (quarta-feira) – um projeto
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