A Anvisa alertou ainda que produtos e medicamentos irregulares ou falsificados podem não fazer efeito, prejudicar tratamentos médicos ou, em casos mais graves, comprometer a saúde do cidadão
Por Redação, com ABr – de Brasília:
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu, nesta sexta-feira, a divulgação de produto feito à base da planta Mutamba, com a promessa falsa de cura da aids/HIV. A decisão foi publicada na edição do Diário Oficial da União.

O produto tem sido divulgado na Internet, mas, segundo a Anvisa, a medida é preventiva
O produto tem sido divulgado na Internet, mas, segundo a Anvisa, a medida é preventiva, porque não foram encontrados indícios da comercialização do Mutamba contra aids, como é chamado.
A Anvisa destacou que o produto não tem registro na agência e é, portanto, um produto clandestino, de origem e composição desconhecida.
– O produto feito à base da planta Mutamba, não possui registro na agência, nem apresenta ensaios clínicos que comprovem suas características medicinais. Os produtos irregulares, isto é, que estejam fora das exigências da agência não oferecem garantia de eficácia, segurança e qualidade que são necessárias para saber se funcionam e são seguros – acrescentou a Anvisa.
A Anvisa alertou ainda que produtos e medicamentos irregulares ou falsificados podem não fazer efeito, prejudicar tratamentos médicos ou, em casos mais graves, comprometer a saúde do cidadão.
A agência orienta que antes de comprar ou divulgar itens de origem suspeita ou não registrados, os cidadãos podem entrar em contato com a Anvisa através do canal (0800-642-9782).
África do Sul
Os testes de uma nova vacina contra o HIV (sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana, causador da aids) vão começar este ano na África do Sul, depois de ensaios preliminares em 2015 terem mostrado resultados promissores.
A vacina experimental veio depois de um medicamento similar, chamado RV144, ter sido testado na Tailândia em 2009. Este foi o primeiro sucesso depois de anos de tentativas para criar uma vacina. Um ano após os testes de 2009, a eficácia da RV144 foi avaliada com 60%. No entanto, após três anos e meio de vacinação, a eficácia caiu para cerca de 31%.
A vacina anterior foi modificada para aumentar a resposta imunitária do organismo. Os pesquisadores também a modificaram para lidar com uma estirpe do HIV endêmico ao continente africano.
Cerca de 250 pessoas participaram do teste preliminar de HVTN100 em 2015. Neste ano, a vacina será testada em 5.400 pessoas, em quatro cidades na África do Sul, e continuará por três anos.
– Esperamos que este possa ser o primeiro regime de vacinação oficial no mundo”, declarou no mês passado Gail Bekker, vice-diretor do Centro de HIV, e presidente eleito da Sociedade Internacional de HIV. “Vamos ter uma vacina para combater (a epidemia de HIV)”.
Os pesquisadores advertem, no entanto, que uma vacina por si só não será suficiente para fornecer proteção contra a doença, sendo necessário manter as medidas existentes, incluindo prevenção, tratamento e intervenção social.
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