Por Sheila Sacks, do Rio de Janeiro:

Mídia ainda não acordou para o risco nuclear
Nos primeiros dias de 2008, duas semanas após o encontro sobre mudanças climáticas realizado em Bali, na Indonésia – que reuniu mais de 190 nações sob a batuta da Organização das Nações Unidas (ONU) -, o jornal britânico “The Guardian” nominou 50 pessoas que no seu entender seriam capazes de frear a destruição do planeta. Cada uma delas recebeu o título meritório de “green heroes”, os heróis verdes da Terra.
Al Gore (vice-presidente no governo de Bill Clinton), Ângela Merkel (chanceler alemã), o ator norte-americano Leonardo DiCaprio e a brasileira Marina Silva, então ministra do Meio Ambiente, foram alguns dos guerreiros agraciados pelo empenho no combate ao aquecimento global e às consequências catastróficas que ameaçam o nosso habitat: degelo das calotas polares, ciclones, furacões, enchentes, deslizamentos, maremotos, secas extremas etc.
Porém, em termos de aniquilamento da raça humana o fato concreto, urgente e inconteste, continua sendo a ameaça nuclear que, fatidicamente, não prospera sozinha nessa segunda década do século 21. A proliferação das armas químicas e biológicas é hoje uma realidade igualmente científica e apavorante e, em razão desse ambiente inseguro para a humanidade o ponteiro do Relógio do Juízo Final (Doomsday Clock), instituído como um alerta simbólico pelo BAS (Bulletin of Atomic Scientists),foi adiantado em 2012 em mais um minuto, ficando a cinco minutos do fim do mundo. Porém, em 2015, os sinais de ameaça e de instabilidade mundial se intensificaram e o relógio do apocalipse avançou mais dois minutos, acercando-se da fronteira final.
Mídia e sociedade ausentes
Estamos, pois, a três minutos da meia-noite, horário que marca a destruição nuclear ou o fim da vida como a conhecemos. Criado em 1949 por físicos do “Projeto Manhattan” que desenvolveram a bomba atômica para os EUA (muitos deles ganhadores do prêmio Nobel), o relógio do fim do mundo vem emitindo sinais de alerta desde 1953, ano em que os soviéticos realizaram a sua primeira experiência com a bomba de hidrogênio, meses depois do teste nuclear norte-americano nas Ilhas Marshall, no Oceano Pacífico.
Atualmente, devido ao contínuo desenvolvimento das armas nucleares e as públicas dificuldades de concluir acordos no sentido de cessar a sua produção, o Conselho de Segurança do BAS advertiu que a humanidade está em situação de risco. Segundo seus cientistas existem 19.500 armas nucleares ativas (2012), o suficiente para destruir a Terra várias vezes.
Mas, apesar dos avisos do BAS e das previsões sombrias suscitadas pela possibilidade de que ataques nucleares possam acontecer, a mídia prossegue estranhamente distraída quanto à prioridade, o destaque, o espaço e a assiduidade do tema na organização de suas pautas. O resultado desse distanciamento é a percebível ausência de preocupação por parte da sociedade brasileira e de seus cidadãos, individualmente, com o perigo latente e sem escapatória representado pelo apocalipse nuclear, em contraste com a atenção e a sistemática militância que dispensam à problemática ecológica e climática.
Faz-se oportuno no atual estágio de evolução dos programas nucleares que a mídia ponha seus craques em campo e mostre ao distinto leitor quem de fato está engajado na batalha contra a proliferação de armas e artefatos nucleares, se é que existam heróis nesse intrincado jogo de poder. O propalado princípio de utilização da energia nuclear para fins pacíficos (geração de eletricidade) e a complexidade científica do tema têm dificultado uma abordagem mais constante e incisiva por parte dos meios de comunicação. Mas essas variáveis não devem servir de barreiras para enfrentar e atingir o cerne da questão que é o enriquecimento do urânio ou plutônio para construção de bombas nucleares.
Observa-se que uma espécie de escudo tecnológico se impôs à natural sensibilidade e agudeza jornalísticas presentes nas grandes questões internacionais e que neste caso específico têm sucumbido às polêmicas e à aridez que envolvem o tema. Exceções às fatalidades de forte apelo popular como os acidentes ocorridos nas usinas nucleares de Chernobyl, em 1986, na Ucrânia (especialistas estimam que 8 mil pessoas morreram em conseqüência do acidente e que 17 mil podem desenvolver câncer nos próximos 50 anos) e de Fukushima, no Japão, em março de 2011.
Arsenal nuclear com números imprecisos
Na dança dos números, calcula-se que os EUA e Rússia possuem mais de 26 mil armas nucleares prontas para serem lançadas, apesar de em 2010 o Pentágono ter anunciado que havia reduzido em mais de 80% o seu arsenal atômico desde os tempos da Guerra Fria, em função de acordos de desarmamento e de negociações do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP). Com 5.113 ogivas prontas para serem usadas, os EUA admitem que ainda existam milhares de ogivas que foram “aposentadas”, mas ainda não foram desmontadas.
Dono do maior arsenal militar do planeta, os EUA mantêm um orçamento anual para o setor em torno de 550 bilhões de dólares. Quanto à Rússia, a estimativa é que Moscou tenha 4.237 ogivas estratégicas para ataques a longa distância. Mas, o número total do arsenal russo estaria entre 15 mil a 17 mil ogivas. Em 2012, o Instituto de Pesquisas para a Paz de Estocolmo (Sipri) divulgou que as duas potências prosseguiam no trabalho de modernização de seu sistema de armas nucleares e que o gasto total no setor militar em 2011 havia atingido 1,74 trilhão de dólares. Oito países (EUA, Rússia, Reino Unido, França, China, Índia, Paquistão e Israel) concentravam 4.400 armas nucleares operacionais, com 2 mil aptas para serem usadas em combate a qualquer momento (“Estudo aponta modernização do arsenal nuclear no mundo” – Deutsche Welle, em 6 de junho de 2012).
Em paralelo, a instituição sueca detectou também que o comércio de armas convencionais não estacionou nem diminuiu. Entre 2007 e 2011 houve um aumento de 24% na comercialização dessas peças, principalmente por conta da militarização de países asiáticos como a Índia (a maior importadora de armas), Coreia do Sul, Paquistão, China e Singapura. Os maiores vendedores de armas continuavam sendo os EUA e a Rússia, mobilizando mais de 50% do mercado: o primeiro com 30% das vendas a 75 países e os russos com uma fatia de 23%.
Gastos militares prosseguem
Por conseguinte, alertas de cientistas ou instituições pacifistas caem no vazio e não impedem que as nações reservem mais recursos para as áreas militares. O presidente da comissão de Defesa do Parlamento russo, Vladimir Komoedov, anunciou que entre 2013 e 2015 serão investidos 101,15 bilhões de rublos (cerca de 3,2 bilhões de dólares) para reforçar o arsenal nuclear do país, o triplo do que foi gasto em 2012. E para 2015 a previsão dos gastos militares chegará aos 3 trilhões de rublos (cerca de 96 bilhões de dólares), grande parte destinada à Força de Mísseis Estratégicos (FME). Exemplo dessa diretriz é a entrada em atividade nos primeiros dias de 2013 do mais moderno submarino nuclear russo já construído, com capacidade para transportar 16 mísseis balísticos intercontinentais de alcance de mais de 8 mil quilômetros.
Autoridades da Rússia explicam que a construção de mísseis nucleares é necessária “para manter o equilíbrio estratégico no confronto geopolítico com os Estados Unidos.” Segundo o porta-voz do ministério da Defesa, coronel Vadim Koval, “o desenvolvimento do programa americano antimíssil global e a implantação do conceito de Ataque Global Imediato estimulam as Forças Armadas russas a buscar uma resposta assimétrica.” (“Rússia irá reforçar o seu escudo nuclear” – Gazeta Russa, em 14 de novembro de 2012).
Apoio nuclear ao Irã
Simultaneamente à evolução e expansão de tecnologia nuclear para uso próprio, a Rússia vem mantendo convênios de cooperação nesta área com o Irã desde 1995. Em 2010, a primeira usina nuclear iraniana iniciou as suas operações com combustível fornecido pela Rússia. Localizada no sul do país, a usina de Bushehr foi concluída pelos russos e no ínício de 2013 ligada à rede de energia nacional, operando em plena capacidade.
Apesar de o governo do Irã negar que faça uso da energia nuclear para fabricação de bombas atômicas, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) anunciou no final de 2012 que a capacidade iraniana de produzir urânio a 20% – usado para fins militares, já que o percentual de pureza necessário para o uso energético é de 3,5% – iria aumentar de 15 kg a 25 kg mensais, após a instalação de mais mil centrífugas na usina subterrânea de Fordow. Meses antes, relatório divulgado pelo Instituto para a Ciência e a Segurança Internacional (ISIS), de Washington, afirmava que o Irã estava mais perto de obter a quantidade de urânio indispensável para montar uma arma nuclear. De acordo com o estudo, a usina de enriquecimento de urânio de Natanz, com 10 mil centrífugas, levaria de dois a quatro meses para acumularem 25 Kg de urânio enriquecido a 90% necessários para fabricar uma bomba nuclear (“Irã pode ter material para bomba atômica em dois meses, diz instituto” – Voz da Rússia online, em 09.10.2012).
Uma hipótese não descartada por Moscou pelo que se apreende das palavras do ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergéi Lavror, durante encontro da CICA (Conferência sobre Interação e as Medidas de Confiança na Ásia), em setembro de 2012. A CICA tem 24 países-membros – entre eles Rússia, China, Índia, Paquistão, Irã, Israel, Egito, territórios palestinos, Turquia, Iraque, e Jordânia – e não-membros como Coreia do Norte, Líbano e Síria, e foi instituída em 1999, como um fórum entre governos de países da Ásia, para o fomento da paz, segurança e estabilidade na região.
Na ocasião, o diplomata destacou o programa nuclear iraniano como uma das questões mais urgentes a serem debatidas e negociadas pela comunidade internacional: “O Exército e a Marinha do Irã já possuem mísseis táticos capazes de atingir instalações navais e terrestres dos EUA na região”, disse. Unidades e equipamentos de infraestrutura, portos, usinas de dessalinização de água também podem ser atacados pelo Irã, acrescentou. O chefe da diplomacia russa citou a possível ajuda que o Irã pode receber de aliados como o Hezbollah libanês, a milícia xiita Exército de Mahdi (Iraque) e de organizações fundamentalistas islâmicas do Afeganistão (Talibãs), Iêmen e Barein.
Poder nuclear nas mãos de terroristas
No início de 2012, meses antes das Olimpíadas de Londres, o jornal britânico “The Daily Telegraph” publicou uma reportagem acusando o Irã de estar ampliando sua parceria com a rede terrorista al-Qaeda, oferecendo financiamento e treinamento a seus membros. A informação partiu de especialistas em segurança e risco político que temiam algum tipo de ataque durante o evento realizado em julho/agosto.
Um ano antes, os EUA já tinham denunciado formalmente o Irã de se aliar à al-Qaeda, permitindo que a rede utilizasse o solo iraniano para levar armas, dinheiro e combatentes às suas bases no Afeganistão e no Paquistão. A notícia publicada pelo “The Wall Street Journal” informava que o Departamento do Tesouro americano havia descoberto uma operação de angariação de fundos para as atividades da al-Qaeda, envolvendo centenas de milhares de dólares. Os recursos provenientes de doações de países do Golfo Pérsico, principalmente do Kuwait e Catar, eram operados por agentes da al-Qaeda baseados no Irã (“U.S. Sees Iranian, al Qaeda Alliance”, em 29 de julho de 2011).
Mas, a suspeita de que a Al-Qaeda possa ter armas nucleares não é recente. Em 1999, o cientista político Yossef Bodansky, ex-diretor do Centro contra terrorismo do congresso dos EUA e autor de vários livros sobre o tema, afirmou que sim. Seu colega Paul L. Williams, ex-consultor do FBI sobre crime organizado e terrorismo, autor do livro “Al Qaeda Connection” também acha possível. Ambos os especialistas sugerem que a rede terrorista adquiriu armas nucleares de fabricação soviética dos chechenos. “Em 1995”, conta Williams, “os chechenos plantaram uma bomba radiológica no Izmailovsky Park, perto de Moscou. A bomba foi feita de césio-137 e, se tivesse sido detonada, poderia ter matado milhares de russos. Este incidente representa o primeiro caso de uma bomba nuclear a ser implantada como uma arma de terror”, afirma. William ainda relata que depois da guerra as armas foram vendidas a al-Qaeda e agentes britânicos infiltrados em campos de treinamento da organização no Afeganistão, em 2000, viram armas nucleares sendo fabricadas.
Armas nucleares no varejo
O que vai ao encontro das afirmações do então braço direito de Osama Bin Laden e atual chefe da organização, Ayman al-Zawahiri, semanas depois do atentado de 11/9. Em entrevista ao jornalista paquistanês Hamid Mir, ele teria dito: ”Senhor Mir, se você tem 30 milhões de dólares, vá o senhor ao mercado negro da Ásia Central, ponha-se em contato com um cientista soviético descontente e lhe asseguro que ele lhe dará dezenas de valises de bombas inteligentes.” A revelação foi feita pelo jornalista em um programa da TV australiana, em 2004. Segundo Mir, que foi o único repórter a entrevistar os terroristas após o ataque aos EUA, Zawahiri ainda explicou: “Eles entraram em contato conosco. Nós enviamos nosso pessoal para Moscou, Tashkent (capital do Uzbequistão) e outros países asiáticos. Nosso pessoal negociou e comprou algumas bombas pequenas.”
Cinco anos depois dessa conversa, Mir voltou ao tema e falou para o site de notícias WND sobre o seu encontro, dias antes, com um engenheiro egípcio que tinha perdido um olho depois de participar de um teste nuclear da Al-Qaeda, na província de Kunar, no Paquistão (“American Hisoshima’ linked with Iran Attack”, em 28.04.2006). O jornalista contou que ficou perturbado e deprimido com o encontro porque o engenheiro teria dito que o pesadelo nuclear estava chegando à América. “O American Hiroshima, nome que os líderes da al-Qaeda escolheram para o plano de ataque aos EUA, irá acontecer em breve, tão logo que os norte-americanos lancem um ataque às instalações nucleares do Irã”, falou Mir. Trabalhando como âncora do canal de notícias Geo News, na capital paquistanesa, Hamid Mir escapou de um atentado terrorista em novembro de 2011 quando uma bomba foi deixada em seu carro, embaixo do assento.
Brigadas da al-Qaeda na Síria
Em 2011, o representante do principal grupo opositor do governo sírio no exílio, Burhan Ghalioun, que então presidia o Conselho Nacional Sírio (CNS), esteve em a Trípoli para pedir ajuda para os rebeldes que lutavam na Síria. O Pravda informou que Ghalioun encontrou-se com dois antigos líderes da al-Qaeda, Abdelhakeem Belhaj e Mahdi Al Harati, que ocupam importantes cargos no novo governo pós-Kadafi. Na reunião, o representante do principal grupo da oposição síria no exterior, com sede na Turquia, pediu armamentos e voluntários.
Segundo o jornal russo, “armas foram enviadas dos estoques do então exército de Muamar Kadafi e brigadas revolucionárias de milicianos salafitas foram transferidas.” Os salafitas são muçulmanos que defendem a “sharia” (leis islâmicas) como fonte de legislação dos Estados e a al-Qaeda mantém brigadas destes jihadistas em suas formações. Importante assinalar que o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) formou-se em 2013 como um braço da al-Qaeda no Iraque e atualmente luta na Síria junto com a organização-mãe.
Irã envia recursos ao Hezbollah
O Irã também vem ajudando com recursos e armamentos, desde a década de 1980, a milícia xiita libanesa Hezbollah, detentora de um longo histórico de atos terroristas. Especialistas acreditam que Teerã envia anualmente 200 milhões de dólares para o grupo extremista que está ligado ao regime sírio de Bashar al-Assad. Em entrevista à rede britânica de rádio e televisão BBC, em 2009, a professora Amal Saad-Ghorayeb, estudiosa do Hezbollah, assim definiu o grupo: “O Hezbollah é libanês, seus membros são árabes xiitas, mas sua ideologia e modelo seguem o Irã.”
Na mesma linha de pensamento, o professor Fares Ishtay, do departamento de Ciência Política da Universidade do Líbano afirmou que o Hezbollah é uma frente iraniana na região, mas que já criou estrutura própria. Fontes do Pentágono calculam que o grupo xiita libanês tem atualmente 50 mil mísseis e foguetes, graças ao reforço militar da Síria à organização. Na guerra civil na Síria, o governo de Assad tem tido o apoio de mais de 5 mil militantes do Hezbollah e teme-se que o grande arsenal de armas químicas do país possa também ser transferido de alguma forma para esse grupo terrorista.
O Hezbollah surgiu a partir da revolução iraniana (1979), com o objetivo de criar um governo no Líbano regido por leis islâmicas similar ao regime de Teerã. Apoiado pelas forças iranianas, o grupo foi responsável por ataques terroristas nas décadas de 1980 e 1990 às embaixadas norte-americanas no Irã, no Líbano e no Kwait, com mais de 100 mortos. Também sequestrou aviões comerciais, jornalistas e professores universitários; utilizou-se de caminhões-bomba para destruir quartéis em Beirute, resultando em centenas de mortos; praticou atentados em Paris, explodiu a embaixada de Israel em Buenos Aires, em 1992 (29 mortos e 249 feridos) e a sede da associação judaica argentina (AMIA), em 1994, matando 85 pessoas e ferindo 300.
Reação é vista como intervenção
O Ocidente vai respondendo a esses atentados violentos de forma reativa, com os governos arregimentando suas forças policiais e militares a cada ataque perpetrado. Os EUA, um dos alvos prioritários do terror, têm procurado se antecipar e abortar esses atos em seu território fazendo uso de avançados serviços de informação e de rígidas medidas de segurança. A mobilização e o envio de tropas norte-americanas e de seus aliados europeus a países da Ásia e África corroídos por conflitos internos de raiz religiosa geralmente cobram um preço demasiado alto em termos de perda de vidas, gastos públicos e críticas de intervencionismo.
Lênin, líder da revolução russa de 1917, chamava os atentados terroristas de “propaganda armada”. De certa forma, o terrorismo vende suas ideias ou ideologias utilizando os argumentos mais vis e imorais ao seu alcance. Seu objetivo é introduzir o medo, a incerteza, a sensação de fragilidade e impotência no coração dos homens, atiçando e fomentando a violência e o ódio como fórmula escabrosa de política. “Ataques terroristas imitam os golpes arbitrários da natureza”, compara Susan Neiman, filósofa norte-americana, ao analisar o 11/9. “Como os terremotos, os terroristas atacam aleatoriamente: quem sobrevive e quem morre depende de contingências que não podem ser merecidas ou evitadas.”
Sheila Sacks, jornalista formada pela PUC-RJ sempre trabalhou em assessoria de imprensa.Tem artigos publicados nos sites Observatório da Imprensa e Rio Total. Desde 2009 mantém o blog “Viajantes do tempo”.
Direto da Redação é um fórum de debates, publicado diariamente, editado pelo jornalista Rui Martins.