Na comparação entre agosto deste ano e o mesmo mês de 2015, houve queda de 2,72% na atividade econômica. Segundo dados sem ajustes, já que são períodos iguais na comparação. Em 12 meses encerrados em agosto, a retração chegou a 5,48% e no ano, a 4,98%
Por Redação – de Brasília
A atividade econômica apresentou retração em agosto, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira, pelo Banco Central. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) dessazonalizado (ajustado para o período) teve queda de 0,91%, na comparação com julho. Essa foi a maior redução mensal desde maio de 2015 (-1,02%).
Na comparação entre agosto deste ano e o mesmo mês de 2015, houve queda de 2,72%. De acordo com os dados sem ajustes, já que são períodos iguais na comparação. Em 12 meses encerrados em agosto, a retração chegou a 5,48% e no ano, a 4,98%.
O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira. Ajuda o BC a tomar suas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade da economia. Avalia os setores da indústria, comércio e serviços e agropecuária; além do volume de impostos.
Recuo do PIB
Mas o indicador oficial sobre o desempenho da economia é o Produto Interno Bruto (PIB). O índice que soma todas as riquezas produzidas pelo país é elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
— Algum sinal mais evidente de reversão da atual recessão… só deve vir no último trimestre deste ano. Crescimento, talvez só em 2017 — avaliou em nota o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco Gonçalves.
Neste ano, o IBC-Br mostrou avanço da atividade apenas em abril e junho, na comparação com o mês anterior. A produção industrial sofreu em agosto um tombo de 3,8% sobre julho. Interrompeu cinco meses seguidos de ganhos. As vendas no varejo também apresentaram queda de 0,6% na mesma base de comparação, também de acordo com o IBGE.
Retração nos serviços
Por sua vez, o setor de serviços registrou queda de 1,6% no volume de vendas em agosto sobre o mês anterior. Em destaque, a retração nos serviços prestados às famílias.
O IBC-Br incorpora projeções para a produção no setor de serviços, indústria e agropecuária, bem como o impacto dos impostos sobre os produtos.
Em julho, o índice apresentou perda de 0,19% em dado revisado pelo BC após divulgar no mês passado uma queda de 0,09% para o período.
Na comparação com agosto do ano passado, o IBC-Br caiu 4,43%. No acumulado em 12 meses, o recuo foi de 5,60%, sempre em números dessazonalizados.
Na quarta-feira, o BC reduziu a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para 14% ao ano, no primeiro corte desde 2012, no que deve ser o início de um ciclo de baixa que pode ajudar na recuperação da economia. A expectativa de economistas para o ano é de uma contração de 3,19% no PIB, segundo pesquisa Focus mais recente, realizada pelo BC com mais de uma centena de economistas.
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