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Avião da Chapecoense tinha pouco combustível e excesso de peso, revela relatório

27 de Dezembro de 2016, 10:44 , por Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Relatório preliminar aponta falha humana e plano de voo deficitário. Investigadores revelam que mesmo com dois motores desligados, piloto não solicitou pouso de emergência

Por Redação, com DW – de Medellín:

Um relatório preliminar sobre a queda do avião da Lamia, na Colômbia, que transportava a delegação da Chapecoense, revelou uma série de falhas humanas durante o voo. O acidente, no dia 28 de novembro, deixou 71 mortos, no que ficou marcada como a pior tragédia do esporte brasileiro.

Acidente matou 71 pessoas, inclusive quase toda a delegação da equipe de futebol da Chapecoense

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Investigadores da Colômbia anunciaram na segunda-feira  que as gravações da cabine de comando do avião boliviano mostram que o piloto e o copiloto conversaram sobre a possibilidade de fazer uma escala em Leticia (Colômbia) ou em Bogotá. Devido ao limite de combustível. Mas decidiram não fazê-lo.

– Eles estavam cientes de que o combustível que tinham não era o adequado. Nem era suficiente – afirmou o secretário de Segurança Aérea da Aeronáutica Civil da Colômbia (Aerocivil). Coronel Fredy Bonilla. O piloto chegou a cogitar ir a Bogotá. Mas acabou optando por ir direto a Rionegro, onde fica o aeroporto José María Córdova, nos arredores de Medellín.

Segundo a investigação. No plano de voo apresentado pelo piloto no aeroporto de Santa Cruz de la Sierra, Bolívia. A autonomia da aeronave era de quatro horas e 22 minutos. Exatamente igual ao tempo de voo. Quando deveria ter combustível para voar por, no mínimo, uma hora e meia a mais.

Além de pouco combustível. A aeronave transportava cerca de 400 quilos a mais do que permitido. Não estava certificada para voar acima de 29 mil pés. Mesmo assim, o plano de voo apresentado à Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares à Navegação Aérea da Bolívia (Aasana), atingindo 30 mil pés, foi aprovado pelo órgão.

Os investigadores descobriram também outras falhas que foram cometidas durante o voo. “As condições de voo apresentadas eram inaceitáveis”. Destacou Bonilla. “Nenhuma falha técnica ocorreu no acidente. Tudo foi erro humano”, acrescentou.

Série de erros

Além do pouco combustível. O relatório mostrou que o plano de voo não apresentou um aeroporto para alternativa de pouso. O piloto também falhou ao solicitar a aterrissagem em José María Córdova. Ao não informar sobre a gravidade de sua situação e nem que estavam desligados dois dos quatro motores.

– Neste ponto, tinham dois motores desligados. A tripulação não fez nenhum relato de sua situação, que era crítica. Continuou reportando de forma normal à torre de controle – disse Bonilla.

Pouco depois, com um terceiro motor já desligado, pôde ser ouvido nos áudios a torre perguntando se a aeronave precisava de algum serviço adicional em terra para uma possível emergência, e o piloto respondeu que não.

Quatro minutos antes do acidente. O quarto motor desligou e houve a falha elétrica total, sobre a qual o piloto informou por um sistema primário. Já que o restante tinha deixado de funcionar.

Em sua última conversa, o piloto pediu “direções” enquanto descia sem autorização para aterrissar. A torre perguntou então sua altitude e informou que ainda estava a 8,2 milhas (cerca de 13 quilômetros) da pista. Mas o avião não respondeu e tudo ficou em silêncio devido ao impacto a 230 km/h.

Entre as irregularidades cometidas, o esgotamento de combustível é a principal delas. O avião da Lamia levava a delegação da Chapecoense para jogar a primeira partida final da Copa Sul-Americana  e caiu no dia 28 de novembro. Seis pessoas sobreviveram ao acidente.

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Fonte: http://www.correiodobrasil.com.br/aviao-da-chapecoense-tinha-pouco-combustivel-e-excesso-de-peso-revela-relatorio/

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