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Bancários e professores de SP ampliam mobilização para a greve geral

junio 12, 2019 14:07 , por Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Com panfletos, trabalhadores alertaram população sobre medidas de Bolsonaro e pediram adesão ao ato pela aposentadoria e contra a “reforma” da Previdência.

Por Redação, com RBA – de São Paulo

Os professores e bancários de São Paulo também irão aderir à greve geral convocada para esta sexta-feira em todo o país e, desde terça, estão em portas de escolas e locais de trabalho bancário na capital paulista, para chamar atenção da população quanto à importância da paralisação contra a “reforma” da Previdência, em defesa da democracia, da soberania nacional e para exibir medidas para reativar a economia e recuperar o emprego e a renda dos trabalhadores.

Além dos professores e bancários, greve geral já conta com adesão massiva dos trabalhadores do transporte coletivo urbano

Integrante da direção do Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro-SP) Rita Fraga explica que a ação integra o calendário de lutas que vem sendo articulado pelos professores e estudantes desde o anúncio do contingenciamento da educação. “Estamos nos reunindo no dia 14, com outros trabalhadores, contra essa reforma que aumenta o tempo de contribuição e de trabalho, diminuindo o recebimento de benefícios”, afirma Rita.

O presidente do Sindicato dos Bancários do ABC, Belmiro Moreira acrescenta ainda que a adesão da categoria à greve geral é também contrária à privatização dos bancos públicos e à proposta de capitalização do governo de Jair Bolsonaro. “Na nossa região, 73% dos bancários são contra a reforma da Previdência”, aponta Moreira.

A greve geral desta sexta conta ainda com o apoio dos trabalhadores do setor de transporte coletivo urbano que, na segunda-feira, anunciaram a paralisação de 24 horas. À repórter Dayane Pontes, do Seu Jornal, da TVT, trabalhadores de outras categorias como pintores, manobristas e domésticos, que passavam pelos locais da panfletagem, também confirmaram apoio à greve e criticaram a “reforma” da Previdência. “Eles querem matar o povo, como é que o povo vai se aposentar?”, questiona o pintor Francisco Rodrigues. “Mas eu acredito que o país inteiro vai se juntar, como já estão fazendo”.

Acabar com ouvidoria das polícias

A extinção da Ouvidoria das Polícias irá piorar a atuação de polícias, aumentar o número de letalidade e fragilizar a estrutura da corporação. A crítica é do sociólogo e ouvidor, Benedito Mariano, que critica o Projeto de Lei 31/2019, de autoria do deputado estadual Frederico D’Ávila (PSL), que prevê o fim do órgão. Para o especialista, a medida é antidemocrática e cria uma “liberdade para matar”.

Benedito diz que vê o projeto com perplexidade, já que a ouvidoria foi o primeiro órgão de controle social sobre a atividade policial em São Paulo e, durante 24 anos, é um espaço para agregar denúncias da sociedade sobre os atos de policiais. “Pela sua autonomia, a ouvidoria consegue fazer propostas que visam melhorar as estruturas das polícias, diminuir a letalidade policial e valorizar a categoria. Quem quer acabar com ela é contra a participação social nos órgãos de controle e quer uma polícia com liberdade para matar”, afirmou ele à Rádio Brasil Atual.

Polícia de São Paulo

O fim da ouvidoria ameaça os direitos humanos, a democracia e o Estado de Direito, acrescenta Mariano. Ele explica que órgão ainda fortalece a categoria policial, apresentando projetos de interesse da corporação ao Estado. “A Polícia de São Paulo tem um dos piores salários do país e nós trabalhamos para melhorar o salário da base. O estado mais rico da união tem mais de 300 municípios sem delegados de polícia. A Delegacia de Polícia Investigativa foi sucateada, nos últimos 20 anos. Então, a partir da demanda da população faz recomendações estruturais ao governo”, disse.

O projeto pretende acabar com o órgão, criado pelo então governador Mario Covas (PDB) em 1997. A alegação dada por D’Ávila para justificar a media é “dar continuidade à política de redução de gastos públicos, bem como corrigir uma injustiça imposta unicamente em desfavor dos policiais do estado”.

A Ouvidoria das Polícias recebeu cerca de 5,5 mil denúncias em 2018 – média de 15 por dia –, a maior parte sobre a atuação de maus soldados da Polícia Militar. Apesar disso, as denúncias representam 0,01% das intervenções realizadas pela corporação. E 0,05% das ações da Polícia Civil, segundo a Secretaria de Segurança Pública.


Origen: https://www.correiodobrasil.com.br/bancarios-professores-sp-mobilizacao-greve-geral/

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