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Bombardeio russo deixa mortos e feridos em Alepo

enero 28, 2016 13:02 , por Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Atualmente, a força aérea nacional síria e a da Rússia bombardeam alvos do Estado Islâmico e de outras organizações armadas

Por Redação, com agências internacionais – de Beirute:

 

O número de civis mortos em ataques russos, realizados, em áreas controladas pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI), no Norte da Síria, subiu de 12 para 44, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

Segundo o Observatório, 29 civis, incluindo três crianças e nove mulheres, morreram em ataques feitos em várias aldeias controladas pelo EI na província de Deir Ezzor.

Outros 15 civis também morreram vítimas de ataques da aviação russa à cidade de Al-Bab, controlada pelo Estado Islâmico, na província ao norte do Aleppo e arredores. “Os ataques causaram também dezenas de feridos”, informa o Observatório.

Localizada 30 quilômetros ao sul da fronteira com a Turquia, Al-Bab caiu nas mãos dos rebeldes em julho de 2012.

Atualmente, a força aérea nacional síria e a da Rússia bombardeam alvos do Estado Islâmico e de outras organizações armadas. Além disso, os aviões da coligação internacional contra o EI, liderada pelos Estados Unidos, também fazem ataques aéreos no país, contra as posições dos extremistas.

Segundo o Observatório, 29 civis, incluindo três crianças e nove mulheres, morreram em ataques
Segundo o Observatório, 29 civis, incluindo três crianças e nove mulheres, morreram em ataques

Ataque Homs

Um ataque a bombas reivindicado pelo Estado Islâmico na cidade síria de Homs, controlada pelo governo, matou pelo menos 24 pessoas na última terça-feira.

O governo de Homs disse que a primeira de duas explosões foi causada por um carro-bomba que tinha como alvo um posto de controle da segurança. Um homem-bomba depois cometeu suicídio com um cinturão explosivo, relatou a mídia estatal.

– Sabemos que somos alvo para terroristas, especialmente agora que o Exército (sírio) está avançando e acordos de reconciliação local estão sendo implementados – disse uma autoridade de Homs à Reuters por telefone.

Dezessete pessoas ainda estão no hospital, uma delas em estado grave, segundo o governo.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, grupo sediado na Grã-Bretanha que monitora o conflito, colocou o número de mortos em 29. O grupo informou que entre os mortos nas explosões, que ocorreram em um distrito de maioria alauíta, estavam 15 membros das forças do governo e milicianos pró-governo.

Controle de Daraa

As Forças Armadas da Síria informaram nesta terça-feira que, com o apoio da milícia armada e da Força Aérea Russa, conseguiram assumir o controle total dos territórios ao norte da cidade de Daraa, no sudoeste do país.

– As unidades do exército sírio e grupos da milícia popular, apoiados por aeronaves de combate russas e sírias, tomaram controle total da cidade de Sheikh Miskeen e dos arredores norte de Daraa – declarou o general de brigada Ali Mayhoub em comunicado oficial à imprensa.

Segundo Mayhoub, após retomar o controle de Sheikh Miskeen, as forças do governo conseguiram cortar várias rotas de abastecimento utilizadas pelos terroristas, garantindo a segurança nas áreas adjacentes à estrada que liga Daraa a Damasco.

Petróleo do EI

Na quarta-feira os ministros da Defesa de Israel e Grécia fizeram declarações polêmicas denunciando o envolvimento direto da Turquia no comércio de petróleo ilegal do grupo terrorista  (Estado Islâmico), confirmando as acusações da Rússia contra o governo de Erdogan nesse sentido.

Os ministros dos dois países disseram que, há tempos, grande parte do petróleo comercializado pelo EI passa pela Turquia, que acaba financiando o terrorismo através dessas transações.

Para conhecer a repercussão e as possíveis consequências dessas declarações, à agência russa de notícias Sputink conversou com o cientista político iraniano Seyed Hadi Afghahi, especialista em problemas do Oriente Médio, diplomata, e ex-funcionário da embaixada iraniana no Líbano.

Afghahi explicou que o incidente com o caça russo Su-24, abatido pelas forças turcas na Síria, foi o ponto de partida para uma grande crise nas relações entre a Turquia e a Rússia. Um fato totalmente inesperado que acabou causando grandes prejuízos ao próprio governo turco. Depois do incidente, Moscou intensificou ainda mais os seus ataques contra posições terroristas do Estado Islâmico na Síria, forçando os EUA a também aumentar a propaganda da sua luta contra o terrorismo no país árabe, criando, inclusive, uma coalizão de 5-6 países nesse sentido, explicou o especialista.

– O mundo viu que essas declarações dos EUA não correspondem à realidade e são mentirosas. E, para negar isso, os EUA realizaram apenas alguns ataques aéreos simbólicos, demonstrativos e sem alvos reais. Mas imagens de satélite, vídeos e os muitos dados de investigações militares mostraram que, na realidade, os EUA estão apoiando o EI,  disse Afghahi.

O especialista explicou que, em seguida, quando a Rússia apresentou provas incontestáveis, em formato de vídeo e imagens de satélite, sobre a produção de petróleo pelo EI e o seu transporte através da fronteira turco-síria, o presidente Erdogan foi pego de surpresa e acabou prometendo deixar o seu cargo caso Moscou apresentasse provas de seu envolvimento direto com o terrorismo.

– Hoje, como vemos, chegou a hora de Erdogan renunciar. Já que um dos mais próximos e tradicionais parceiros da Turquia na região, Israel, declarou através de seu ministro de Defesa Moshe Ya’alon, que dispõe de valiosas e detalhadas informações militares sobre a situação na Síria, que Israel possui provas confirmando a cooperação da Turquia com o Estado Islâmico. Inclusive, de que Ancara vem comprando petróleo roubado dos terroristas – disse o diplomata iraniano.

Na opinião de Afghahi, a inesperada postura de Israel pode ser explicada por dois fatores. O econômico, que pressiona a Turquia expondo a sua frágil dependência de Israel para comercializar sua produção agrícola, outrora fornecida para o mercado russo. E outro político, em que Tel Aviv pretende se beneficiar com a enorme crise que tomou conta da Turquia e manchou a reputação de Erdogan, impedindo Ancara de eferecer uma série de benefício comerciais e econômicos visados pela Turquia. Nesse sentido, Afghahi acredita que Israel quer pressionar Erdogan para reforças suas posições na Turquia, obtendo informações valiosas sobre o EI e outros grupos terroristas.

– No geral, pode-se concluir que as últimas declarações de Moshe Ya’alon estão ligadas a questões de segurança, troca de informações, estratégia militar e pressão psicológica sobre a Turquia, que deverá responder a essas declarações do ministro israelense, e não ficar quieta. Afinal, se forem apresentadas provas para as declarações de Ya’alon, então, no mínimo, Erdogan deverá renunciar, já que (…), dessa vez, as declarações foram feitas por um país com quem a Turquia gostaria de melhorar suas relações – explicou Afghahi.

Na opinião do diplomata iraniano, todas essas circunstâncias levam Erdogan para um beco sem saída, do qual ele não conseguirá se livrar facilmente. Resta agora, esperar qual será a resposta da Turquia às acusações de Israel e Grécia sobre seu envolvimento no comércio de petróleo ilegal de terroristas.

 


Origen: http://www.correiodobrasil.com.br/bombardeio-russo-deixa-mortos-e-feridos-em-alepo/

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