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Braço direito de Temer, Moreira Franco entra na mira da polícia

October 27, 2016 14:01 , by Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Deputado cassado e preso, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), logo após ser afastado do comando da Câmara, ameaçou integrantes do atual governo. Cunha poderá falar, em uma delação premiada, sobre o envolvimento de Moreira Franco no possível esquema de corrupção na CEF

 

Por Redação – de Brasília e Rio de Janeiro

 

O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro começou a investigar, nesta quinta-feira, uma possível fraude na Caixa Econômica Federal (CEF). Segundo o processo, vazado na véspera para a mídia conservadora, um “erro” no sistema de informática do banco público pode ter gerado um prejuízo de R$ 1 bilhão aos cofres da instituição bancária. O fato aconteceu entre 2008 e 2009, no setor que era comandado pelo atual secretário de Programa de Parcerias e Investimento (PPI).

Moreira Franco

O secretário Moreira Franco é alvo de uma investigação do MPF-RJ sobre possível esquema fraudulento ocorrido na CEF

O deputado cassado e preso Eduardo Cunha (PMDB-RJ), logo após ser afastado do comando da Câmara, ameaçou integrantes do atual governo. Cunha poderá falar, em uma delação premiada, sobre o envolvimento de Moreira Franco no possível esquema de corrupção.

Títulos ‘podres’

Entre setembro de 2008 e agosto de 2009, a suposta ‘falha no sistema’ permitiu que corretoras comercializassem títulos de difícil recebimento, ou ‘podres’, como são chamados nas corretoras de valores. Apesar dos riscos, os papéis estavam assegurados pela CEF, por valores muito acima o mercado.

Por meio de sua assessorai Moreira Franco disse que a falha aconteceu em uma empresa de informática terceirizada. À época do problema, diz ele, o banco apresentou queixa-crime aos órgãos responsáveis por investigar o caso —Polícia Federal, Ministério Público Federal e Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Em setembro, em entrevista ao Estadão, o então deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) sugeriu o envolvimento do peemedebista no caso ao levantar suspeita sobre a participação de Moreira Franco em desvios do Fundo de Investimento do FGTS (FI-FGTS).

— Na época do Moreira (na Caixa) foi divulgado que houve uma fraude de R$ 1 bilhão com títulos do Fundo de Compensação de Variação Salarial (FCVS). Uma parte foi vendida para a Postalis (fundo de previdência dos funcionários dos Correios). Isso deu um prejuízo para a Postalis que não tem tamanho — disse Cunha.

Prejuízo à CEF

O PMDB, na ocasião, seria o responsável pela indicação do presidente do Postalis. À época, o presidente do fundo era Alexej Predtechensky, afilhado político do ex-ministro e hoje senador Edison Lobão (MA). O ex-senador José Sarney (AP), também do PMDB, teria apoiado a indicação.

Durante o “apagão” no sistema da Caixa, em março de 2009, boa parte dos créditos vendidos pela corretora Tetto foi adquirida pelo banqueiro Antonio José de Almeida Carneiro. Bode, como é conhecido, comprou os ativos por valores baixíssimos e, em novembro de 2009,. Depois, repassou esses ativos para o Banco de Brasília, por R$ 97 milhões. Após o problema ter sido corrigido, o banco percebeu que os papéis valiam muito menos. O caso está na Justiça.

O prejuízo causado à CEF tornou-se alvo de uma investigação no Ministério Público Federal do Distrito Federal. Entretanto, desde 2011 a investigação não avançou. Há cerca de dois meses, o inquérito foi transferida para o Rio. Segundo a documentação vazada, a investigação que trata de agentes privados envolvidos na fraude está em fase avançada.

‘Gato angorá’

O Ministério Público Federal do Rio já mapeou todos que comercializaram os títulos e as fraudes encontradas. Agora, a Procuradoria busca averiguar se houve algum tipo de influência política na “falha” ocorrida no sistema.

Antes de ser preso, o ex-deputado Cunha, que é acusado de receber propina para liberação de verbas de financiamento para as obras do Porto Maravilha, no Rio, disse a jornalistas que Moreira Franco seria o cérebro por detrás da operação suspeita. Ele ocupava a Vice-presidência da CEF.

Wellington Moreira Franco é um político que recebeu do ex-governador Leonel Brizola (PDT) o apelido de “gato angorá”. Passava de “colo em colo”, dizia Brizola, sobre a fidelidade partidária do ex-adversário. Moreira Franco integrou todos os governos de FHC, Lula, Dilma e Temer. Foi governador do Rio de Janeiro, deputado federal por duas vezes pelo mesmo Estado e ex-ministro.

Atualmente, Moreira é signatário do programa Ponte para o futuro, do PMDB. E responsável por um dos principais programas de Michel Temer para atrair investimentos nacionais e estrangeiros para a área de infraestrutura, de concessões e privatizações, o Programa Crescer.

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