O antigo batalhão especial da PM está passando por uma reforma para receber a Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira
Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro:
Presos do Rio de Janeiro ligados à Operação Lava Jato, como o ex-governador Sérgio Cabral, vão ser transferidos para o antigo Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar (PM), no bairro de Benfica. Segundo a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária, a transferência deve ocorrer até o fim desse mês. Cabral está preso no presídio de Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó, no Rio

O ex-governador Sérgio Cabral
O antigo batalhão especial da PM está passando por uma reforma para receber a Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira. Com capacidade para abrigar 120 detentos de nível superior. Presos federais ligados à Lava Jato e pessoas detidas pelo não pagamento de pensão alimentícia serão os transferidos. O novo presídio terá 216 vagas no total e vai abrir 154 vagas no Complexo de Gericinó.
A nova unidade em que ficará Cabral será anexa à cadeia pública, que é a porta do sistema prisional para presos comuns e federais. Também preso em operações derivadas da Lava Jato. O empresário Eike Batista vai continuar preso em Bangu, uma vez que não tem nível superior.
Corrupção
Sérgio Cabral virou réu pelos crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e corrupção passiva. A denúncia do Ministério Público Federal (MPF) foi aceita, na quarta-feira, pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
Também viraram réus Wilson Carlos Carvalho, Carlos Emanuel Miranda, Sérgio Castro de Oliveira. Vinícius Claret Barreto, Claudio Fernando Barbosa de Souza, Timothy Scorah Lynn, Renato Hasson Chebar e Marcelo Hasson Chebar.
O MPF havia denunciado Cabral por 25 crimes de evasão de divisas, 30 crimes de lavagem de dinheiro e nove crimes de corrupção passiva. A denúncia é resultado da Operação Eficiência e Hic et Ubique. Realizadas no âmbito das investigações da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro. Esta é a sexta denúncia feita pelo MPF contra o ex-governador. Ele já virou réu em cinco processos na Justiça Federal.
Cabral está preso desde 17 de novembro do ano passado no Complexo Prisional de Bangu. Ele foi preso no âmbito da Operação Calicute. Que investigou o desvio de recursos públicos federais em obras feitas pelo governo do Estado do Rio de Janeiro. Segundo as investigações, o ex-governador chefiava um esquema de corrupção que cobrou propina de construtoras. Lavou dinheiro e fraudou licitações em grandes obras no estado realizadas com recursos federais.
O MPF informou que, após a celebração de acordos de colaboração premiada. Foi possível revelar como Sérgio Cabral e sua organização criminosa ocultaram e lavaram dinheiro. Segundo o órgão, R$ 39 milhões foram movimentados e guardados no Brasil. US$ 100 milhões depositados em dinheiro em contas no exterior; 1,2 milhão de euros e US$ 1 milhão ocultados sob a forma de diamantes, guardados em cofre no exterior. E US$ 247, 9 mil ocultados sob a forma de 4,5 quilos de ouro, guardados em cofre no exterior. O total ocultado fora do Brasil corresponde a R$ 318,55 milhões.
Segundo o MPF, US$ 85.38 milhões foram repatriados, provenientes das contas Winchester Development SA, Prosperity Fund SPC Obo Globum, Andrews Development SA, Bendigo Enterprises Limited e Fundo FreeFly, que estavam em nome dos colaboradores. Os recursos encontram-se depositados em conta judicial.
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