Ir al contenido

Correio do Brasil

Regresar a CdB
Full screen Sugerir un artículo

Cameron busca apoio do Parlamento para atacar Síria

diciembre 2, 2015 9:48 , por Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
Viewed 42 times

Por Redação, com DW – de Londres:

O Parlamento do Reino Unido deve votar nesta quarta-feira sobre a participação do país nos ataques aéreos na Síria a alvos do grupo terrorista “Estado Islâmico” (EI), depois de meses de desavenças entre os conservadores e a oposição trabalhista.

– Posso anunciar que vou recomendar ao gabinete que tenhamos um debate e um voto na Câmara dos Comuns sobre os ataques aéreos – declarou o primeiro-ministro David Cameron, garantindo que “vai haver um debate prolongado e cheio nesta quarta-feira”.

Cameron defende que as aeronaves britânicas, que já estão bombardeando alvos do EI no Iraque há mais de um ano, também deveriam atacar a organização terrorista na Síria.

Parlamentares decidem se Reino Unido, que já participa de ataques no Iraque, integrará campanha também na Síria, como defende o governo
Parlamentares decidem se Reino Unido, que já participa de ataques no Iraque, integrará campanha também na Síria, como defende o governo

Mas o líder trabalhista Jeremy Corbyn, um conhecido ativista contra a guerra, acusa o premiê de “correr para a guerra” e pediu aos parlamentares trabalhistas pró-bombardeios na Síria que repensem suas posições.

Na véspera da votação, o debate entre os dois lados voltou a se acirrar, com Cameron chamando os trabalhistas de simpatizantes do terrorismo.

O premiê, que quer evitar uma derrota parlamentar semelhante à de 2013, quando estavam em debate os planos para bombardear forças do presidente sírio, Bashar al-Assad, deixou claro que só levaria a questão para ser votada se tivesse certeza de suas chances de vitória.

As chances, de fato, são boas, pois Corbyn optou por liberar os parlamentares trabalhistas para votarem de acordo com as suas consciências, quebrando assim uma tradição de coesão partidária em decisões importantes. Alguns analistas, porém, avaliam que a recente declaração de Cameron sobre os “simpatizantes do terrorismo” pode lhe custar votos.

Na noite de terça-feira, véspera do debate, milhares de pessoas se reuniram no centro de Londres para protestar contra os planos do governo. Os manifestantes exibiam cartazes e faixas com a expressão Don’t bomb Syria (Não bombardeiem a Síria).

O debate deve começar por volta do meio-dia (horário local), e a votação deverá acontecer à noite, depois de 10 horas de discussão.

O problema Bashar al-Assad

– Há partes das tropas na Síria que poderiam muito bem ser empregadas – declarou a ministra alemã da Defesa, Ursula von der Leyen, no último domingo à emissora pública alemã ZDF. A oposição em Berlim se mostrou indignada. “Não consigo imaginar o consentimento para uma missão militar que implique lutarmos lado a lado com Bashar al-Assad (presidente sírio)”, afirmou, por exemplo, a chefe da bancada parlamentar do Partido Verde, Katrin Göring-Eckardt.

Na segunda-feira, o porta-voz do Ministério da Defesa em Berlim, Jens Flosdorff, esclareceu mais uma vez a posição do governo alemão: “Atualmente, não vai haver nenhuma cooperação com Assad, como também nenhuma cooperação com as tropas sob seu comando.”

Então, como se deve lidar com Assad? Desde o início da guerra civil na Síria, há mais de quatro anos, o presidente tem se oferecido aos países ocidentais como um possível parceiro na luta contra o terrorismo jihadista. Recentemente, ele tentou entrar novamente em cena, um dia após os atentados de Paris, que deixaram 130 mortos no último dia 13 de novembro.

– Três anos atrás, já havíamos alertado sobre o que poderia acontecer na Europa – disse Assad à emissora de TV Europe 1. “Infelizmente, os responsáveis na Europa não nos deram ouvidos. Não faz nenhum sentido só emitir declarações contra o terrorismo. É preciso combatê-lo”, afirmou.

“Vamos eliminá-los”

Essa posição é basicamente a mesma que se vê nos círculos políticos e de segurança do Ocidente. “Vamos eliminá-los, vamos matá-los”, escreveu o jornal francês Le Monde, citando um assessor do presidente François Hollande. Na escolha dos meios, não há comedimento, continuou o diário, mencionando outra fonte. “Vamos continuar a realizar ações de inteligência, sobre as quais não podemos prestar contas publicamente. É importante dar continuidade.”

Segundo o agente de segurança, o presidente Hollande estaria de pleno acordo com essa estratégia, em torno da qual já haveria consenso em Paris mesmo antes dos atentados. O Le Monde publicou essa notícia no início de novembro, alguns dias antes dos ataques em Paris.

Desde então, a pressão para combater os terroristas aumentou ainda mais. Nas últimas duas semanas, Hollande tem tentado formar uma coalizão internacional contra o “Estado Islâmico” (EI). O maior obstáculo é Assad, com quem a França não quer estabelecer nenhuma cooperação, nem mesmo depois dos atentados de 13 de Novembro.

O ministro do Exterior francês, Laurent Fabius, disse à emissora Inter que, em princípio, uma cooperação com as forças militares sírias é concebível, mas antes é preciso que Assad deixe o comando das Forças Armadas. “Sob Assad isso não é possível”, afirmou.


Origen: http://www.correiodobrasil.com.br/cameron-busca-apoio-do-parlamento-para-atacar-siria/

Rede Correio do Brasil

Mais Notícias