Para a agência Moody’s, o risco político na América Latina é um grande desafio para os emissores de dívidas da região, já que pode potencialmente ameaçar o crescimento econômico.
Por Redação – de Nova York, EUA
A firmeza na reação venezuelana ao golpe de Estado tentado pelas forças mais reacionárias do país; a resistência de países como Equador e Uruguai aos assaltos do capital internacional; além do avanço das esquerdas em Buenos Aires tornaram a América Latina um campo minado para o capital internacional. A conclusão é da agência de classificação de risco Moody’s, em relatório divulgado nesta terça-feira.
Para a agência, o risco político na América Latina é um grande desafio para os emissores de dívidas da região, já que pode potencialmente ameaçar o crescimento econômico; as reformas políticas e as condições financeiras, o relatório.
Entre os países com nível alto ou médio de susceptibilidade ao risco de eventos políticos estão, exatamente, a Venezuela e a Argentina, Já o risco político é comparativamente mais moderado no Brasil, Colômbia, Peru, México e Chile, disse a Moody’s. Nestes países, a influência norte-americana assegura os investimentos dos principais agentes econômicos mundiais.
“O risco político elevado aumenta as preocupações dos investidores sobre as políticas com resultados negativos. Afeta a confiança do mercado”, afirmou o vice-presidente sênior da Moody’s, Gersan Zurita, no relatório.
“A incerteza relacionada à política amplia os prêmios de risco. Impacta negativamente os valuations de ações e títulos de dívida; e provoca volatilidade cambial”, concluiu.
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