Por Redação, com ACS – do Rio de Janeiro:

A Operação Segurança Presente, da Secretaria de Estado de Governo em parceria com o Sistema Fecomércio-RJ, completou uma semana na segunda-feira, com aprovação de moradores e frequentadores do Aterro do Flamengo, da Lagoa Rodrigo de Freitas e do Méier. Ao todo, 160 pessoas foram presas nos sete dias de reforço do policiamento, que reproduz o modelo de sucesso implementado pela Operação Lapa Presente, nas ruas do Rio Antigo, há quase dois anos. Os agentes também cumpriram nove mandados de prisão, sendo cinco por roubo e quatro por furto.

Morador de Vila Isabel, o aposentado Ricardo Escobar frequenta o Aterro do Flamengo diariamente, acompanhado da esposa, para praticar esportes. No local, a segurança é feita por 164 agentes, de segunda a sábado, das 6h às 22h, e, aos domingos e feriados, das 7h às 19h, com o apoio de 27 bicicletas, oito motocicletas, quatro viaturas e três vans.

– O projeto é maravilhoso. Ainda não deu tempo de sentir as mudanças, mas eu acredito muito. Acho que vai dar tudo certo e vamos poder ficar tranquilos a qualquer hora do dia – torce o aposentado, de 74 anos.

Na Lagoa, a ação conta com 126 agentes, equipados com 15 bicicletas, duas motocicletas, quatro viaturas e duas vans. Os policiais e demais agentes atuam diariamente, das 6h às 22h, incluindo domingos e feriados. Irapuan Quadros de Oliveira, 67, que caminha todos os domingos na orla da Lagoa, elogia a expansão do projeto.

– A operação traz um conforto para quem transita por aqui, principalmente para quem vem passear com crianças. A vigilância é importante e a gente sempre preza a presença da polícia – diz Irapuan.

Joni Prado Alcoforado, 43, que há sete é gerente de uma loja de produtos árabes, já notou mudanças no Méier. Há uma semana, a área conta com 111 agentes, distribuídos em três bicicletas, 10 motocicletas, três viaturas e três vans. O efetivo atua também das 6h às 22h, incluindo domingos e feriados.

– É nítida a diminuição do número de moradores de ruas, o que distanciava as pessoas que vinham ao bairro fazer compras. Tivemos uma semana mais tranquila – observa o comerciário.

Plano de ampliação

A Secretaria de Estado de Governo já planeja estender o projeto para a Barra da Tijuca. A previsão é de que a nova operação seja lançada em três meses. O secretário Paulo Melo classifica como espécie de trunfo as filmagens realizadas pelos agentes, durante as ações.

– A câmera é um fator inibidor de qualquer irregularidade por parte de quem é abordado e de quem aborda. É uma garantia para o cidadão, é uma garantia para o programa e é uma tranquilidade para o Estado – destaca o secretário.

A Operação Segurança Presente é uma iniciativa do Sistema Fecomércio-RJ, por meio de convênio com duração de dois anos, e contempla um investimento de R$ 22 milhões, por ano, no reforço do patrulhamento da Lagoa, Aterro e Méier.

– Nosso principal intuito é contribuir para o aumento efetivo da segurança do cidadão. Esse tipo de ação planejada é um fator inquestionável para o desenvolvimento da cidade. Sem falar no excepcional ganho da qualidade de vida para todos. Está na hora de organizações e empresários atuarem como protagonistas, apontando soluções e não somente problemas – reafirma o presidente do Sistema Fecomércio-RJ, Orlando Diniz.

Desafios mapeados

Em cada região, há um desafio diferente. Os três coordenadores militares da operação identificaram, ao longo dos sete dias, as principais ocorrências flagradas pelos agentes.

– Na Operação Méier, temos detido apontadores do jogo do bicho e flanelinhas. Por mais que sejam crimes de baixo potencial ofensivo, é importante mostrar que não seremos coniventes com nenhum tipo de ilegalidade – observa o capitão Hugo Coque.

No Aterro do Flamengo, a maior parte das prisões é por posse de drogas ou armas brancas. No entanto, o capitão Leonardo Laureano, coordenador da operação, já percebe queda no número de ocorrências.

– O fim de semana serviu como um teste para nós. É uma área extensa que reúne muita gente, mas já notamos o efeito da nossa presença aqui – pondera Laureano.

A Lagoa Rodrigo de Freitas também tem na posse de drogas a principal causa para as prisões realizadas nesta primeira semana, mas o foco dos agentes também está nos casos de roubos e furtos.

– A mobilidade é fundamental para combater essas variantes. Por isso, reforçamos o policiamento a pé e de bicicleta para dar um atendimento mais rápido e termos eficiência, se precisarmos, por exemplo, montar um cerco ou fechar a área – detalha o capitão Henry Miranda.

Balanço da primeira semana da Operação Segurança Presente

Desde o lançamento da operação, na última terça-feira, até a noite de segunda-feira, os agentes cumpriram nove mandados de prisão – sendo cinco por roubo e quatro por furto. Além disso, 110 pessoas foram detidas por porte de entorpecentes. Também foram conduzidas à delegacia oito pessoas por porte de arma branca, três por roubo e duas por furto. Ao total, 160 pessoas foram presas nas ações. Em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, foram realizadas 21 ações de acolhimento a moradores de rua.

Conheça a Segurança Presente

Mais de 400 agentes reforçam o policiamento, diariamente, nas três localidades da cidade. A operação, de caráter permanente, conta com a participação de policiais militares da ativa e da reserva, com porte de armas letais, e agentes civis egressos das Forças Armadas, que portam armamento não letal. A operação tem apoio da Guarda Municipal do Comando Militar do Leste, e das secretarias municipais de Transportes, de Ordem Pública, de Conservação e de Desenvolvimento Social, além da Comlurb.

As equipes trabalham em dois turnos de oito horas, usando coletes de identificação nas cores verde (Aterro), laranja (Lagoa) e amarelo (Méier). Para garantir a transparência das ações, além das abordagens serem filmadas, as equipes também são monitoradas por GPS.