Segundo a concessionária, apenas uma pequena parcela desse grupo, de 7,6 mil imóveis, seria formada por afetados diretamente pelo apagão da última sexta-feira.
Por Redação, com CartaCapital – de São Paulo
Cerca de 100 mil pessoas seguem sem energia elétrica na cidade de São Paulo, na manhã desta quarta-feira. Do total, apenas 7,6 mil casos estariam relacionados diretamente aos efeitos do apagão que atingiu a capital paulista na última sexta. Os demais usuários, sustenta a empresa, enfrentariam problemas causados por outros tipos de ocorrências não detalhadas pela companhia.
 Apagão em São Paulo
Apagão em São Paulo
“As equipes atuam, desde os primeiros momentos da tempestade de sexta-feira, no restabelecimento de energia para os clientes que tiveram o serviço afetado e para aqueles que ingressaram com chamados de falta de luz ao longo dos últimos dias”, afirmou a Enel, concessionária responsável pelo fornecimento do serviço.
Não há previsão oficial de retorno da energia.
Desde o apagão iniciado na semana, o segundo de grandes proporções em um intervalo de menos de um ano, a Enel passou a ser alvo de críticas não apenas dos usuários, mas do governo de São Paulo e do governo federal.
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), por exemplo, chegou a dizer que a empresa é “incompetente” e que “tem que sair o Brasil”.
– Está claro que ela (a Enel) é incompetente. Está claro que ela não se preparou para fazer investimento. Está claro que ela não se preparou para gerir a distribuição de energia no estado de São Paulo. Está claro que ela tem que sair daqui. Sair do Brasil – afirmou Tarcísio, durante um evento na capital.
Estratégia da Enel
Já o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, aproveitou o episódio para disparar críticas à empresa, dizendo que a estratégia da Enel de cortar postos de trabalho sob alegação de estar modernizando o sistema “beirou a burrice“.
– Não adianta você modernizar seu parque de distribuição sendo que, quando o problema é físico, por mais que você, da sua central, tente religar a rede, você não vai conseguir, (já que) o problema é físico. Você tem que ter gente para estar lá – disse Silveira, na última segunda-feira. “Faltou planejamento e beirou a burrice”, sintetizou.


