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Cerimônia homenageia vítimas de ataques em Paris

Novembre 27, 2015 11:48 , by Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Por Redação, com DW – de Paris:

A França homenageou nesta sexta-feira as vítimas dos ataques que deixaram 130 mortos e mais de 350 feridos há duas semanas em Paris. Em cerimônia realizada na área externa do Palácio dos Inválidos, na capital francesa, o presidente François Hollande prometeu acabar com o grupo terrorista “Estado Islâmico” (EI), que assumiu a autoria dos atentados.

– Prometo solenemente que a França fará de tudo para destruir o exército de fanáticos que cometeram esses crimes e que agirei incansavelmente para proteger seus filhos – afirmou Hollande, na cerimônia que reuniu cerca de 2 mil de pessoas, incluindo familiares das vítimas dos ataques.

Em homenagem, duas semanas após atentados, presidente francês promete destruir o "Estado Islâmico" e pede a franceses que respondam ao "exército de fanáticos" com música
Em homenagem, duas semanas após atentados, presidente francês promete destruir o “Estado Islâmico” e pede a franceses que respondam ao “exército de fanáticos” com música

A cerimônia começou com a chegada do presidente ao som da Marselhesa, o hino nacional da França. Fotografias e o nome dos 130 mortos nos ataques foram mostrados em um telão, acompanhadas da canção Quand on n’a que l’amour (“quando o amor é tudo que se tem”, em tradução livre), do belga Jacques Brel.

– Foram 130 destinos roubados, 130 risadas que nunca mais serão ouvidas – disse Hollande, e acrescentou que, além da França, 17 países perderam cidadãos nos atentados na capital francesa.

– Eles representavam vida, e por representar vida eles foram mortos. Eles eram a juventude da França, a juventude de um povo livre que ama cultura. Essa é a música insuportável para os terroristas. É essa alegria que eles querem enterrar nas nossas vidas – afirmou Hollande.

O presidente pediu ainda que a França responda “ao exército de fanáticos” com mais música e shows. “Não daremos a eles nem ódio nem medo”, conclamou.

A homenagem contou com a presença de vítimas dos atentados, além de integrantes do governo, de organizações e partidos políticos, representantes da sociedade civil e instituições religiosas.

Há exatamente duas semanas, extremistas promoveram uma série de ataques na capital francesa. Além de atentados de homens-bomba, os terroristas invadiram bares e restaurantes atirando contra o público.

Ao todo, seis locais foram atacados: a casa de espetáculos Bataclan, as proximidades do estádio Stade de France, o restaurante Le Petit Cambodge, o bar Le Carrilon, a pizzaria Casa Nostra e o bar Belle Equipe. O Bataclan foi o palco do mais sangrento ataque, onde os terroristas fizeram reféns e mataram 89 pessoas.

Entre os 350 feridos nos ataques do dia 13 de novembro , 97 continuam hospitalizados e 18 estão em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

Combate ao EI

O ministro do Exterior francês, Laurent Fabius, admitiu nesta sexta-feira a possibilidade de integrar forças de segurança leais ao presidente sírio, Bashar al-Assad, ao combate ao “Estado Islâmico” (EI). Esse reforço, porém, entraria em questão somente no âmbito de um processo de transição política.

Para lutar contra o EI “há duas medidas: bombardeios e tropas terrestres, as quais não podem ser nossas, porque isso seria contraproducente. Mas as tropas terrestres poderiam ser forças do Exército Livre da Síria, forças árabes sunitas e, por que não, forças do regime”, declarou Fabius à emissora de rádio RTL.

O ministro esclareceu, porém, que o envolvimento do Exército sírio numa aliança para combater os jihadistas seria possível somente no âmbito de um processo de mudança do regime. “Isso só pode ser considerado como parte da transição política e somente nesse contexto”, ressaltou, acrescentando que essa transição é “urgente e indispensável”.

O ministro reiterou ainda que Assad não pode ser “o futuro de seu povo” e reforçou que o objetivo militar francês na Síria continua sendo “primeiramente” a cidade de Raqqa, considerada a capital do EI. A região foi alvo de intensos bombardeios da França e da Rússia desde os ataques em Paris há duas semanas, que deixaram 130 mortos.

Parceria com a Rússia

Durante a entrevista, Fabius comentou também o encontro entre o presidente francês, François Hollande, e seu homólogo russo, Vladimir Putin . “O presidente Putin nos pediu para mapear as forças que lutam contra terroristas e contra o EI. Ele prometeu, contanto que forneçamos essas informações, que não irá bombardeá-los. Isso é muito importante”, disse.

Em viagem para se reunir com líderes de vários países na tentativa de estruturar uma ampla coalizão contra o “Estado Islâmico”, Hollande encontrou-se com Putin nesta quinta-feira. Os líderes se comprometeram em ampliar a cooperação no combate aos terroristas.

Durante o encontro, os países chegaram a um acordo sobre troca de informações de inteligência sobre o EI e outros grupos militantes na Síria, com o objetivo de melhorar a eficácia das campanhas de ataques aéreos na região.

No conflito sírio, os países apoiam lados opostos. A França integra a coalizão internacional, liderada pelos Estados Unidos, que promove ataques aéreos contra o “Estado Islâmico” e simpatiza com rebeldes da oposição moderada. Já a Rússia, aliada de Assad, realiza bombardeios contra grupos que alega serem terroristas.

Porém, rebeldes considerados moderados, mas que combatem o regime de Assad, são constantemente alvos de ataques aéreos russos.


Source: http://www.correiodobrasil.com.br/cerimonia-homenageia-vitimas-de-ataques-em-paris/

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