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Chegada do Exército não aplaca clima de medo no Espírito Santo

February 9, 2017 9:53 , par Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Paralisação de policiais militares chega ao sexto dia, e sensação de insegurança permanece. Estado já teve mais de 100 mortes e R$ 20 milhões em saques. “Situação é de total insanidade”, diz secretário

Por Redação, com DW – de Vitória:

Após seis dias de paralisação de policiais militares no Espírito Santo e uma onda de violência, saques e depredação, a população ainda vive um clima de insegurança nas ruas, e o comércio capixaba acumula prejuízos milionários. Segundo moradores, mesmo a chegada do Exército e da Força Nacional foram suficientes para restaurar a ordem por completo.

Mais militares devem reforçar segurança no Espírito Santo nesta quinta-feira, somando 1.850 homens

Mais militares devem reforçar segurança no Espírito Santo nesta quinta-feira, somando 1.850 homens

Em nota, a Federação do Comércio do Estado estimou na quarta-feira em R$ 90 milhões as perdas por conta das lojas fechadas e R$ 20 milhões devido aos saques, somando R$ 110 milhões. Cerca de 270 lojas teriam sido saqueadas na Grande Vitória. O portal G1 noticiou nesta quinta-feira um prejuízo total de R$ 225 milhões.

A Fecomércio anunciou que vai disponibilizar um fundo de R$ 1 milhão aos lojistas que necessitarem fazer reparos emergenciais nos estabelecimentos que sofreram depredação durante a paralisação da Polícia Militar.

O número de mortos durante a greve subiu para 103, segundo o Sindicato dos Policiais Civis. Mesmo após a chegada da Força Nacional e do Exército, na segunda-feira, tiroteios e saques foram registrados na Grande Vitória.

O secretário de Segurança Pública do Espírito Santo, André Garcia, afirmou que, após a chegada das Forças Armadas, “as ocorrências despencaram”, mas números oficiais não foram divulgados. Mais militares devem reforçar a segurança nesta quinta-feira, totalizando 1.850 homens.

Governo

O governo do Espírito Santo transferiu na quarta-feira o controle operacional dos órgãos de segurança pública para o general de brigada Adilson Carlos Katibe, comandante da força-tarefa conjunta e autoridade encarregada das operações das Forças Armadas.

Em meio ao caos na segurança pública, policiais civis do Espírito Santo iniciaram nesta quarta-feira uma paralisação de doze horas em protesto pela morte de um investigador na cidade de Colatina. Organizações da classe não descartam uma greve por reajuste salarial e melhores condições de trabalho.

Corrida aos supermercados

A greve dos PMs começou de forma inusitada na sexta-feira passada. Quando familiares dos policiais, em especial mulheres. Ocuparam a porta da frente de uma companhia militar e impediram a saída de viaturas.

Na quarta-feira, secretários do governo capixaba e representantes das mulheres e das associações de classe de policiais militares iniciaram negociações para acabar com a crise. Segundo o secretário de Direitos Humanos, Julio Pompeu. As lideranças do movimento exigem anistia geral para todos os policiais, que são proibidos de fazer greve, e 100% de aumento para toda a categoria.

De acordo com a Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar do Estado do Espírito Santo (ACS). O salário base de um policial no Estado é R$ 2,6 mil. Abaixo da média nacional R$ 4 mil.

Pompeu informou que foi marcada para esta quinta-feira nova reunião para que o governo apresente uma contraproposta. Mais cedo, o governador em exercício, César Colnago, descartou qualquer possibilidade de reajuste salarial neste momento. Além do aumento, os PMs reivindicam pagamento de benefícios adicionais e melhora nas condições de trabalho.

“A população está amedrontada, as pessoas estão morrendo nas ruas. Isso é grave. Estou muito confiante que vamos conseguir restaurar a sanidade, porque o que estamos vivendo aqui é um Estado de total insanidade”, disse o secretário.

A população ainda tem medo de sair nas ruas e enfrenta dificuldades até mesmo para comprar alimentos. Segundo reportagem do portal G1. Os poucos supermercados abertos na quarta-feira, ficaram lotados. Com consumidores disputando mercadorias para estocá-las.

A Companhia de Transportes Urbanos da Grande Vitória informou que os ônibus do Sistema Transcol voltam a operar de forma gradativa a partir desta quinta-feira. Sem entrar em alguns bairros e somente até as 18h. Escolas e unidades de saúde permanecem fechadas.

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Source : http://www.correiodobrasil.com.br/chegada-do-exercito-nao-aplaca-clima-de-medo-no-espirito-santo/

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