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China reabre rota comercial marítima segura em porto do Paquistão

19 de Novembro de 2016, 20:12 , por Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Um dia antes, o atentado mais sangrento dos últimos tempos na província de Baluchistão, onde fica Gwadar, tirou a vida a mais de 50 pessoas. O ataque do grupo terrorista Daesh, ou Estado Islâmico (EI, proibido na Rússia e muitos outros países) visou prejudicar projetos financiados pela China no sudoeste e em outras regiões do Paquistão

 

Por Redação, com SputnikNews – de Islamabad, Paquistão

 

O primeiro navio chinês com mercadorias passou, neste sábado, pelo porto de Gwadar, no Paquistão, após ser reconstruído pela China, no Paquistão. com destino ao Oriente Médio. A cerimônia de abertura foi realizada em 13 de novembro com a participação de altos representantes paquistaneses, civis e militares.

O porto de Gwadar passou a ser policiado com forças militares da China, em solo do Paquistão

O porto de Gwadar passou a ser policiado com forças militares da China, em solo do Paquistão

Um dia antes, o atentado mais sangrento dos últimos tempos na província de Baluchistão, onde fica Gwadar, tirou a vida a mais de 50 pessoas. O ataque do grupo extremista Daesh, ou Estado Islâmico (EI, proibido na Rússia e muitos outros países) visou prejudicar projetos financiados pela China no sudoeste e em outras regiões do Paquistão. A informação é do The South China Morning Post, citando funcionários paquistaneses.

Destacamentos

A cerimônia teve a presença do primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif. Ele disse que Islamabad assegurará da melhor forma a segurança do porto para que as empresas estrangeiras possam usar os serviços de Gwadar. A gestão das instalações compete à China. Depois de os trabalhos de dragagem dos fundos e de modernização da infraestrutura do porto terem sido realizados, o porto foi escalado em agosto pelo primeiro navio chinês com cargas para o Paquistão.

Ao mesmo tempo, a primeira coluna rodoviária com mercadorias para o corredor econômico sino-paquistanês Xinjiang–Gwadar liga China ao Paquistão. Os detalhes não foram divulgados. Entretanto, a parte paquistanesa usou estes eventos para recordar o cumprimento das responsabilidades assumidas para assegurar a segurança do porto e do corredor. Isso está a cargo de destacamentos militares especiais.

Forte influência

Islamabad anunciou sua formação na primavera do ano em curso. Na mesma altura, soube-se que soldados chineses também vão participar da proteção das duas infraestruturas. Esta é a primeira vez que destacamentos militares chineses são usados no exterior para assegurar seus interesses econômicos. Durante 10 anos a China pretende investir no corredor econômico Xinjiang–Gwadar US$ 46 bilhões.

O especialista russo em assuntos de Ásia do Sul e Oriente Médio, Stanislav Tarasov, afirmou à agência russa de notícias SputnikNews que os chineses tentam ocupar o vácuo deixado pelos EUA.

— A China está aumentando sua já forte influência no Paquistão. Também se observa uma grande influência da China no Afeganistão. Na região está surgindo um vácuo depois de os norte-americanos terem enfraquecido e sua política ter fracassado — disse Tarasov.

Baluchistão

O economista sublinhou que a China realiza atividades na região até a nível de inteligência, porque há rumores de que ela está negociando com pashtos, balúchis e islamistas radicais. Entretanto, com a expansão econômica da China na região os riscos irão aumentar.

— De um lado há a vontade dos países árabes e africanos cooperarem com a China. Do outro, determinadas forças utilizam os islamistas para destruir capacidades energéticas, de transportes e comunicações existentes. As ações destas forças podem ser analisadas no contexto da confrontação entre os EUA e a China — explicou Tarasov.

Na opinião do consultor, contra a China será usada a questão dos balúchis. O povo balúchi habita regiões que ficam no território do Paquistão, Afeganistão e Irã. Entre eles são fortes as tendências separatistas para criar um Estado do Baluchistão. Estas intenções são usadas pelos islamistas como um instrumento de luta contra as autoridades legítimas.

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Fonte: http://www.correiodobrasil.com.br/china-rota-maritima-paquistao/

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