Desde o início das campanhas eleitorais, em que o presidenciável pedetista Ciro Gomes, ex-governador do Estado do Ceará, aparece estacionado na casa dos 7% na preferência dos eleitores, a pré-campanha pedetista foi a mais impactada, principalmente após a entrada entrada do ex-juiz Sérgio Moro (Podemos) na corrida eleitoral.
Por Redação – de São Paulo
Responsável pela área de Comunicação Social na campanha do presidenciável Ciro Gomes (PDT), o publicitário João Santana, que trabalhou com a ex-presidente Dilma Rousseff e foi preso no âmbito da Operação Lava Jato, decidiu ‘repaginar’ o candidato e irá apresentá-lo como um “rebelde”. A informação foi divulgada nesta quarta-feira pela jornalista Andrea Jubé, do diário Valor Econômico, de propriedade do grupo conservador de comunicação O Globo.
Ciro Gomes busca os votos do PT, mas não quer acordo com a legenda“Para tentar neutralizar os rumores de debandada de aliados para o bloco petista, o PDT vai lançar a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República na sexta-feira, em Brasília. Criticado pelo temperamento muitas vezes explosivo, Ciro aparecerá com nova roupagem, agora travestido de ‘rebelde’, como resultado do trabalho do marqueteiro João Santana nos últimos meses”, escreveu a repórter.
Em linha com a apuração de Jubé, “a rebeldia está a caminho”, diz a chamada para o evento nas redes sociais de Ciro e do PDT, para o lançamento da candidatura.
Renúncia
— Para tentar reverter a imagem de temperamental do pedetista, que assusta o mercado financeiro e espanta uma parcela do eleitorado, a aposta de João Santana foi reembalar o pré-candidato para tentar transformar o que seriam pontos negativos em qualidades. Outra aposta do marqueteiro é na estética jovial, de olho num eleitorado que, até agora nas pesquisas, tem demonstrado apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva — acrescenta.
Desde o início das campanhas eleitorais, em que Gomes aparece estacionado na casa dos 7% na preferência dos eleitores, a pré-campanha pedetista foi a mais impactada, principalmente após a entrada entrada do ex-juiz Sérgio Moro (Podemos) na corrida eleitoral.
Na avaliação de analistas políticos, Ciro Gomes tende a avaliar, em algum momento, se terá condições de concorrer à Presidência, em 2022
— Eu pensaria com muito carinho em retirar a candidatura para presidente. De certa maneira, o Ciro já está fazendo isso, ele diminuiu muito os ataques que ele vinha fazendo nas redes sociais — pondera o cientista político Rudá Ricci, que acredita numa “reconversão de apoio ao Lula, o que será inevitável no segundo turno”.