No mês passado, a prefeita de Roma, Virginia Raggi, anunciou que não iria apoiar os esforços de Malago para realizar o evento esportivo
Por Redação, com Reuters – de Roma:
O Comitê Olímpico da Itália retirou oficialmente a candidatura de Roma para sediar os Jogos de 2024 depois que o conselho da cidade se opôs ao projeto em uma votação, informou o presidente do comitê, Giovanni Malago, nesta terça-feira.

Presidente do Comitê Olímpico da Itália, Giovanni Malago, durante evento em Roma
– Escrevi uma carta ao Comitê Olímpico Internacional (COI) na qual retiramos nossa candidatura para os Jogos Olímpicos de 2024 – disse Malago a repórteres, acabando com a especulação de que poderia tentar levar a iniciativa adiante de qualquer maneira.
Prefeita de Roma
No mês passado, a prefeita de Roma, Virginia Raggi, anunciou que não iria apoiar os esforços de Malago. Para realização do evento esportivo, dizendo que sediar a Olimpíada iria deixar a capital italiana enterrada em dívidas e toneladas de cimento.
O partido anti-establishment de Raggi, o Movimento 5 Estrelas, obteve uma vitória esmagadora na eleição de Roma em junho. Ele vem insistindo em sua oposição aos Jogos. Argumentando que a cidade caótica tem problemas mais prementes.
Mas o governo do primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, endossou a candidatura com firmeza. É a mais abrangente municipalidade de Roma. Inclui uma gama de conselhos de pequenas cidades, indicou que estava disposta a dar seu nome ao projeto. Na tentativa de contornar o veto do Movimento 5 Estrelas.
Mas Malago, que se reuniu com autoridades olímpicas na semana passada. Convocou uma coletiva de imprensa nesta terça-feira para deixar claro que não há como prosseguir.
Em consequência de seu anúncio, só Paris, Los Angeles e Budapeste continuam na disputa para sediar os Jogos Olímpicos de 2024.
Autoridade antidoping
A organização que representa as agências antidoping nacionais (iNADO). Reclamou das omissões preocupantes da última proposta do Comitê Olímpico Internacional (COI). Para identificar e penalizar os atletas infratores.
Segundo a iNADO, a declaração do COI, após uma reunião no sábado de líderes internacionais do esporte, deixou de mencionar diretamente a questão do doping patrocinado pelo Estado na Rússia ou condenar os ataques cibernéticos pelo grupo Fancy Bears.
Após a reunião a portas fechadas em Lausanne, o COI prometeu mais poder e financiamento para a Agência Mundial Antidoping (WADA).
Os atletas
De acordo com a proposta do comitê. Os atletas seriam testados por uma nova agência no âmbito da WADA. Enquanto as sanções seriam decididas pelo Tribunal Arbitral do Esporte (CAS). Agora, a própria WADA deverá decidir se aprova e implementa as medidas.
A iNADO, que representa as agências nacionais antidoping de 59 países. Ela disse que a declaração de cinco páginas do COI inclui alguns princípios construtivos. Mas estes tinham sido ofuscados pelas falhas.
– Desde a divulgação do Relatório McLaren. O histórico do COI tem apenas confundido o sistema antidoping global – disse Joseph de Pencier, presidente-executivo da iNADO.
– Com esta última declaração, o COI percorre apenas parte do caminho para restaurar sua credibilidade com os atletas limpos do mundo.
O relatório McLaren foi um dos dois encomendados pela WADA no ano passado. Revela doping generalizado no esporte russo patrocinado pelo Estado.
– Não há nada explícito sobre doping patrocinado pelo Estado na Rússia ou sobre a responsabilidade moral do COI em levar líderes do esporte e o esporte russo para uma mudança cultural necessária naquele país para realmente proteger o esporte limpo – disse a iNADO.
Segundo a organização, não há “nada deplorando os ciber ataques do Fancy Bears e o abuso ilegal da privacidade dos atletas limpos”. Dados médicos particulares de mais de 100 atletas foram publicados pelos hackers.
A iNADO também expressou dúvidas sobre a proposta de testes no âmbito da WADA, mas se diz favorável às propostas que visem tornar o antidoping mais independente, melhorar o apoio aos que denunciam e à padronização dos testes.
– Se, como esperado, o segundo relatório do professor Richard McLaren detalhar consideravelmente as evidências mais conclusivas da corrupção antidoping da Rússia, então será ainda mais claro que o COI tem muito mais a fazer para proteger os atletas limpos – afirmou a entidade.
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