A Conab manteve sua previsão de safra para o Centro-Oeste do país, principal região produtora de soja, mas fez seus ajustes mais relevantes na expectativa para o Sul

Por Redação – de Brasília

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu, ainda que levemente, sua previsão para a safra brasileira de soja em 2016/17. Passa da faixa entre 101,6 milhões e 103,5 milhões de toneladas. Anteriormente, no relatório de outubro, situava-se entre 101,9 milhões e 104 milhões de toneladas.

A colheita de soja, nos Estados do Sul do país, foi redimensionada pela agência

A Conab manteve sua previsão de safra para o Centro-Oeste do país, principal região produtora, mas fez seus ajustes. Os mais relevantes situaram-se na na expectativa para o Sul. No Paraná, por exemplo, o potencial máximo de colheita foi reduzido em 640 mil toneladas, para 16,6 milhões de toneladas.

Soja na chuva

“As primeiras áreas semeadas (no Paraná), sofreram com problemas de estande, causados pela falta de chuvas entre setembro e outubro. Entretanto, a partir da segunda quinzena de outubro começaram a ocorrer chuvas de maior volume no Estado. As precipitações propiciaram um bom desenvolvimento da cultura”, disse a agência estatal.

Em 2015/16 o Brasil colheu 95,4 milhões de toneladas da oleaginosa, segundo a instituição. A Conab manteve sua previsão para as exportações de soja da nova temporada em um recorde de 57 milhões de toneladas, ante a previsão de outubro.

A estatal, contudo, reduziu de 54,1 milhões para 52 milhões a previsão de exportações de soja da safra 2015/16, o que teve repercussão principalmente na previsão de estoque final daquela temporada, passando de 460 mil toneladas para 1,66 milhão de toneladas.

Colheita do milho

A colheita total de milho do Brasil foi estimada pela Conab entre 83,1 milhões e 84,6 milhões de toneladas, uma alta ante a previsão anterior entre 82,3 milhões e 83,8 milhões de toneladas.

O ajuste ocorreu devido a mudanças na visão para a safra de milho no verão. Esta passou para um intervalo entre 27,1 milhões e 28,6 milhões, ante 26,3 milhões e 27,7 milhões de toneladas do relatório de outubro.

Lavoura

Sobre o Paraná, importante produtor de milho de primeira safra, a Conab destacou que “as chuvas ocorridas durante outubro foram benéficas para as lavouras, após um estresse hídrico ocorrido principalmente na região sudoeste do Estado”.

Minas Gerais foi o maior produtor de milho do Brasil neste período. A companhia destacou que é “possível que o aumento no plantio de milho se mostre ainda maior nos próximos levantamentos, quando a intenção de plantio estiver melhor definida”.

Em relação à segunda safra de milho, que é plantada imediatamente após a colheita da soja, a Conab manteve sua previsão. Espera uma colheita de 56,1 milhões de toneladas, baseada em tendência histórica.

Em 2015/16 o Brasil colheu 25,9 milhões de toneladas de milho na primeira safra. E 40,7 milhões na segunda, que foi bastante prejudicada pelo clima, totalizando 66,6 milhões de toneladas nas duas colheitas.

A Conab reiterou sua previsão de que o Brasil irá exportar 24 milhões de toneladas de milho da nova temporada.

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