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Contra Temer, as centrais sindicais chamam greve geral em novembro

October 14, 2016 12:24 , by Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Uma plenária foi convocada para o próximo dia 21, na quadra do Sindicato dos Bancários, em São Paulo. Para organizar os detalhes da participação do setor na greve geral marcada para o dia 11 de novembro

 

Por Redação – de São Paulo

 

As principais centrais sindicais do país emitiram, nesta sexta-feira, um chamado à greve geral para o dia 11 de Novembro. As instituições que representam os sindicatos de trabalhadores brasileiros têm promovido reuniões setoriais, no sentido de organizar o movimento paredista. No segmento de transportes, a plenária marcada para o próximo dia 21 determinará os passos a serem seguidos. A paralisação de trens e ônibus, em todo o país, será fundamental para o sucesso do protesto contra o golpe de Estado, em curso.

“Uma grande plenária foi convocada para o próximo dia 21, na quadra do Sindicato dos Bancários. Para organizar os detalhes da participação do setor na paralisação marcada para o dia 11 de novembro”, afirma o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Onofre Gonçalves, em nota.

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Para Gonçalves, é impossível pensar uma greve geral sem a participação do setor de transportes.

— É uma categoria importante para a classe trabalhadora. Metroviários, motoristas, entre outras, são fundamentais, só assim podemos parar o País contra esses ataques aos direitos trabalhistas — afirmou o presidente da CTB.

Greve dos transportes

Na última reunião para tratar da greve geral, os participantes ouviram uma análise conjuntural do diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio.

— Desde 2008, os trabalhadores do mundo sofrem com a crise econômica que nos aflige. O Brasil conseguiu se esquivar em 2008, porém desde o ano passado sentimos os efeitos dessa crise, que já é uma das maiores de nossa história — explicou.

Para Clemente, o avanço da direita não é um fenômeno brasileiro, ele se repete na América Latina e na Europa.

— Essa mudança política cobrará severamente da classe trabalhadora as perdas provocadas pela crise — afirmou o dirigente.

Ganz Lúcio segue pessimista com a retomada da economia brasileira:

— No cenário mais otimista, o desemprego só voltará a crescer após a metade de 2017.

O diretor técnico do Dieese também criticou a PEC 241, que restringe os gastos do governo por 20 anos.

— Ao invés do Estado brasileiro animar o mercado, o Estado brasileiro está restringindo seus investimentos. Em momentos de crise, quem anima o mercado é o Estado. Então, não há perspectiva de que a locomotiva do Estado vá puxar nossa economia — afirmou Clemente.

A possível aprovação do projeto, segundo Lúcio, causará um efeito dominó no Brasil.

— Se essa PEC for aprovada, vai exigir que o governo mexa na Previdência, que deve ser votada em 2017. Aliás, assim que aprovar a PEC 241, o governo dirá que é forçado a mexer na Previdência pois deve, por lei, gastar menos — prevê.

Nota da CUT

Ato seguinte ao pronunciamento da CTB, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) também divulgou nota, nesta sexta-feira, na qual convoca para a greve, no próximo dia 11.

Leia, adiante, a nota da CUT:

A CUT, vem debatendo com suas bases a necessidade de construção da greve geral como resposta conjunta da classe trabalhadora aos ataques do governo golpista de Michel Temer aos nossos direitos e conquistas. Após consultas e reuniões com outras centrais sindicais e com o setor de transportes, feitas a partir da reunião da Executiva Nacional de 26 de setembro, conclama todas suas entidades para a mais ampla mobilização para o Dia Nacional de Greve, em 11 de Novembro.

As medidas já anunciadas pelo governo golpista e as iniciativas recentemente aprovadas ou em curso no Congresso Nacional – como a PEC 241 – apontam numa única direção. Retirar direitos da classe trabalhadora, arrochar salários, privatizar empresas e serviços públicos. Entregar nossas riquezas à exploração das multinacionais. Diminuir, drasticamente, os investimentos em serviços públicos essenciais, como educação e saúde. Fazer a reforma da previdência.

Com essas iniciativas de caráter neoliberal, joga nos ombros da classe trabalhadora, sobre quem já pesa o ônus do desemprego em massa, os custos de uma política regressiva e autoritária de ajuste fiscal. Este, como viemos denunciando, é o verdadeiros objetivo do golpe.

A forma da classe trabalhadora organizada reagir a esses desmandos e retrocessos é a  luta unitária. E esta luta passa pela greve como arma para enfrentar e barrar a agenda do governo golpista. Contrária aos interesses dos/as trabalhadores/as, das mulheres, da agricultura familiar e dos setores mais pobres da população brasileira.  As palavras de ordem que orientam a participação da CUT no Dia Nacional de Greve, em 11 de Novembro, são:

Não à PEC 241 e ao PL 257
Não à Reforma da Previdência
Não à MP do Ensino Médio
Não à terceirização, à prevalência do negociado sobre o legislado e à flexibilização do contrato de trabalho

Em defesa da Petrobras, do pré-sal e da soberania nacional. Vamos à luta por nenhum direito a menos!

Sergio Nobre
Secretário Geral

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