No mundo, o preço do petróleo também saltava cerca de 7% nesta quarta-feira. O movimento ocorreu após entrevista do ministro do petróleo saudita. Ele disse que um acordo entre os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) sobre um corte da produção está próximo
Por Redação – de Londres e São Paulo
O principal índice da Bovespa ao longo do dia, nesta quarta-feira, ganhando respaldo em salto das ações da Petrobras em meio a fortes ganhos nos preços do petróleo e após o avanço da medida que limita o crescimento dos gastos públicos no Senado. Às 14h57 o Ibovespa subia 2,38%, a 62.441,02 pontos. As ações preferenciais da Petrobras dispararam até 9%, enquanto os papéis ordinários tinham ganho de quase 8%.

O ministro iraniano Bijan Zanganeh diz que está confiante quanto a um possível acordo no âmbito da Opep para reduzir a produção de petróleo
No mundo, o preço do petróleo também saltava cerca de 7% nesta quarta-feira. O movimento ocorreu após entrevista do ministro do petróleo saudita. Ele disse que um acordo entre os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) sobre um corte da produção está próximo. As declarações levantaram os preços ao seu maior movimento intradia desde abril.
O petróleo Brent subia US$ 3,22, ou 6,94%, a R$ 49,6 por barril, no início da manhã. O petróleo dos Estados Unidos avançava US$ 2,95, ou 6,52%, a US$ 48,18 por barril.
A Opep reuniu-se, nesta quarta-feira, em sua sede em Viena. Na pauta, os termos de um potencial acordo para cortar a produção. Trata-se de um esforço para sustentar os preços, que caíram para menos da metade desde 2014 devido à oferta excessiva.
Acordo
O ministro de Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, disse nesta quarta-feira que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) está perto de chegar a um acordo para limitar a produção. Ele acrescentou que Riad está preparada para aceitar “um grande impacto” na sua própria produção. A autoridade árabe também concorda que seu grande rival Irã congele a produção em níveis anteriores às sanções.
Os comentários podem ser vistos como um recuo do governo saudita, que nas últimas semanas vinha insistindo que o Irã deveria participar integralmente de qualquer corte de produção. A sessão, a portas fechadas, começou por volta das 8:00 (horário de Brasília).
Falih também disse que a Opep está focada na redução de produção para teto de 32,5 milhões de barris por dia (bpd), ou corte de mais de 1 milhão de bpd. Ele espera que a Rússia e outros países de fora do cartel possam contribuir com corte de 600 mil bpd adicionais.
Rússia e Irã
— Isso significa que nós (sauditas) vamos fazer um grande corte e sofrer grande impacto na nossa atual produção. Cortaremos, também, na nossa previsão para 2017. Mas nós não iremos fazer isso caso não tenhamos certeza de que há consenso. Um acordo também será necessário para atender todos os princípios — disse o ministro.
Confrontos entre Arábia Saudita e Irã têm dominado as reuniões mais recentes da Opep. Na terça-feira, o Irã escreveu à Opep que queria que a Arábia Saudita cortasse produção em até 1 milhão de bpd. É mais do que Riad estava disposta a oferecer, disseram fontes que viram a carta.
Contudo, o tom mudou na agora.
— Estou otimista — disse o ministro de Petróleo do Irã, Bijan Zanganeh. Ele acrescentou que não houve nenhum pedido para que o Irã corte produção. Ele também afirmou que a Rússia está pronta para reduzir a extração.
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