Cunha foi levado à presença do tribunal, após embarcar em um voo para Curitiba. O despacho do juiz Moro determina a prisão preventiva, válida por cinco dias
Por Redação – de Brasília
O ex-deputado federal Eduardo Cunha foi preso nesta quarta-feira, por ordem do juiz Sergio Moro, titular da Justiça Federal do Paraná. Cunha negociou com os policiais federais para se entregar em um ponto combinado, na Capital Federal. Cunha foi levado à presença do tribunal, após embarcar em um voo para Curitiba. O despacho do juiz Moro determina a prisão preventiva, sem tempo de validade. O ex-parlamentar foi considerado réu na Justiça Federal depois de perder o mandato e o foro privilegiado.
Ex-presidente da Câmara, o peemedebista era réu no Supremo Tribunal Federal, acusado de receber propina de pelo menos R$ 5 milhões em contas na Suíça. O dinheiro teria origem em contratos da Petrobras para a exploração de jazidas na África. Moro concedeu dez dias para ele apresentar a defesa prévia, mas havia suspeita de que ele tentou destruir provas do processo. Este fato teria levado o juiz a levantar o sigilo do processo, alegando interesse público. E para determinar a prisão do réu.
Cunha e a mulher
Cláudia Cruz, mulher do ex-deputado, também poderá ser presa, nas próximas horas, segundo fontes ouvidas pela reportagem do Correio do Brasil. Ela também responde por lavagem de dinheiro e evasão de divisas na Justiça Federal do Paraná. De acordo com as investigações, Cláudia e uma de suas filhas foram favorecidas, por meio de contas na Suíça. Os valores seriam parte de valores de propina de cerca de US$ 1,5 milhão recebida pelo marido.
Procurada por repórteres do CdB, a defesa de Cunha disse que só vai se manifestar nos autos.
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