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Cunha submetido a revista íntima teme ver mulher e filha na cadeia

October 20, 2016 14:26 , von Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Investigadores da Operação Lava Jato destacaram, no mandado que levou Cunha à prisão, um empréstimo no valor de R$ 250 mil. Os recursos foram obtidos pela Igreja Evangélica Cristo para Cláudia Cruz

 

Por Redação – de Curitiba

 

O deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) acordou, nesta quinta-feira, mais cedo do que de costume. Ao invés da voz feminina da mulher, a jornalista Cláudia Cruz, ouviu do carcereiro, com sotaque paranaense, a ordem para seguir adiante até a enfermaria. Cunha foi vasculhado, em suas cavidades, para o exame de corpo de delito. Cláudia e a filha do casal, Danielle Dytz da Cunha Doctorovich, também constam como rés na lista do juiz Sergio Moro. Uma vez decretada a prisão, ambas terão que seguir o mesmo procedimento.

Cláudia Cruz

Cunha, no lugar da voz de Cláudia Cruz, ouviu a ordem do carcereiro para que se dirigisse à enfermaria. Ele passou por exame de corpo de delito

Investigadores da Operação Lava Jato destacaram, no mandado que levou Cunha à prisão, um empréstimo no valor de R$ 250 mil. Os recursos foram obtidos pela Igreja Evangélica Cristo para Cláudia Cruz. Segundo a Procuradoria da República, no Paraná, a operação foi um ‘empréstimo simulado com estratagema para lavagem de dinheiro’. A igreja pertence ao radialista Francisco Oliveira da Silva, ex-deputado federal e apontado como aliado de Cunha.

Mulher de Cunha

“A partir da Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF) de Cláudia Cruz, identificou-se a declaração de um empréstimo. Foi supostamente contraído junto a Francisco Oliveira da Silva, presidente da Igreja Evangélica Cristo. O valor é de R$ 250 milno ano de 2008. Contudo, realizada a quebra de sigilo bancário de Cláudia Cruz e de Francisco Oliveira da Silva, não foram identificados relacionamentos financeiros entre as partes”. Foi o que destacaram os procuradores no pedido de prisão de Cunha.

“Ao que tudo indica, Francisco Oliveira da Silva jamais emprestou dinheiro a Cláudia Cruz. Sendo lógico que a simulação do contrato de mútuo serviu apenas como uma fraude para dar lastro para o ingresso de recursos espúrios provenientes dos crimes praticados por Eduardo Cunha no patrimônio da investigada”, acrescentaram os procuradores.

Em abril deste ano, ao depor aos investigadores da Lava Jato, Cláudia Cruz admitiu que conhece Francisco Oliveira. Mas que “nunca teve situação de necessidade financeira”. Ela também afirmou desconhecer os fatos relacionados ao suposto empréstimo. Cláudia é acusada pela Lava Jato de ter praticado o crime de lavagem de dinheiro.

Bloqueio fajuto

Horas após decretar o bloqueio de R$ 221 milhões, em ação paralela às investigações, a Justiça encontrou quatro contas zeradas. O pedido judicial, feito ao Banco Central, encontrou recursos apenas nas contas da mulher. Cláudia Cruz dispõe de R$ 623,5 mil, em duas contas, bloqueados em junho deste ano. Alguns dias depois de o pedido ter sido apresentado à Justiça.

Como parlamentar, Cunha recebia um salário bruto de R$ 33,8 mil. Ele foi cassado em 12 de setembro, três meses depois de a Justiça ter decidido bloquear os R$ 221 milhões numa ação de improbidade. No caso de Claudia, a Justiça decidiu bloquear R$ 17,85 milhões.

A ação visa reparar os supostos prejuízos que o deputado teria causado à Petrobras no caso da venda de um campo de petróleo em Benin, na África. O comprador foi um empresário português em 2011. Nessa ação, Cunha é acusado de ter recebido o equivalente a US$ 1,5 milhão em propina, o correspondente hoje a R$ 4,75 milhões.

O valor foi depositado numa conta na Suíça por ordem do empresário português Idalécio Oliveira, que comprou os campos da Petrobras por US$ 34,5 milhões, segundo a acusação dos procuradores. A propina total da venda do campo de petróleo foi de US$ 10 milhões, ainda de acordo com os procuradores da Lava Jato.

A venda foi negociada pela diretoria internacional da Petrobras, que em 2011 era ocupada por Jorge Zelada, indicado ao cargo pelo PMDB. A ação corre na 6ª Vara Federal de Curitiba, que tem como titular o juiz Augusto Gonçalves. A defesa de Cunha tentou evitar o bloqueio, mas o Tribunal Regional Federal do Porto Alegre, que julga os recursos de Curitiba, recusou o pedido.

Rotina diária

Cunha está preso em uma cela de 12 metros quadrados, na mesma ala em que cumprem pena quatro traficantes. Há outros presos da Lava Jato, mas envolvidos em casos que sem relação com os crimes imputados a Cunha. O ex-deputado dividiu a cela, na noite passada, com outro preso sem ligação com investigações conduzidas por Moro.

A partir desta quinta-feira, Cunha seguirá a rotina diária de duas horas de banho de sol e conversas permitidas apenas com os advogados. Nesta semana, ele está proibido de receber visitas de familiares, algo que só ocorre às quartas-feiras, segundo as regras.

Ao chegar à superintendência da PF do Paraná, na véspera, Cunha afirmou que a prisão dele foi um “engano”. Policiais relataram a jornalistas que o político estava quieto e se limitou a dizer isso em sua defesa. Mesmo chegando no fim do dia, o ex-deputado conversou com seus advogados. Ele também passou para os policiais pedido de autorização de medicamentos para pressão.

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