A força-tarefa da Lava Jato quer se concentrar em pontos específicos. Eventuais crimes de caixa 2 eleitoral que surjam nas delações da Odebrecht terão de ser encaminhados para o Ministério Público Eleitoral nos Estados, segundo agentes federais
Por Redação – de Brasília
Se forem homologadas no Supremo Tribunal Federal (STF), as delações premiadas dos executivos da Odebrecht, incluindo a do herdeiro da empreiteira, Marcelo Odebrecht, atingirão mais de 100 parlamentares brasileiros. Perto de um quarto dos 513 deputados federais estariam envolvidos nos crimes de desvio de dinheiro público. A estimativa é de investigadores da Lava Jato, que vazaram os dados para a mídia conservadora.
A força-tarefa da Lava Jato quer se concentrar em pontos específicos. Eventuais crimes de caixa 2 eleitoral que surjam nas delações da Odebrecht terão de ser encaminhados para o Ministério Público Eleitoral nos Estados, segundo agentes federais. De acordo com os policiais, o alvo primário da delação não será o financiamento eleitoral irregular, mas a distribuição de propina por serviços prestados. “
— Quem deve se preocupar é aquele que prometeu ou fez alguma coisa para receber valores que não foram contabilizados. Isso é a corrupção, a contrapartida. Então, com certeza não chega a um quarto da Câmara dos Deputados — afirmou um investigador a jornalistas.
Segundo disse o policial, “tem muita gente que está sendo ‘massa de manobra’ daqueles que realmente são culpados (de corrupção). Dificilmente alguém é processado no Brasil por receber valores não contabilizados”.
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