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Denúncias de corrupção chegam cada vez mais perto do Alvorada

5 de Novembro de 2016, 15:14 , por Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Com 11 mandatos consecutivos, o deputado Henrique Alves atingiu o solstício de Verão da sua carreira ao ocupar a Presidência da República. Por duas vezes. Hoje, vê-se envolvido em um processo por suspeita de corrupção

 

Por Redação – de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo

 

O ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) é homem de confiança do presidente de facto, Michel Temer. Disso ninguém duvida. Mas ’Sheik’, como passaram a trata-lo os procuradores da Operação Lava Jato, torna-se um ativo tóxico para o atual inquilino do Palácio da Alvorada.

Presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN)

Ex-presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) está indiciado na Operação Lava Jato. Por suspeita de corrupção

Com 11 mandatos consecutivos, o deputado Henrique Alves atingiu o solstício de Verão da sua carreira ao ocupar a Presidência da República. Por duas vezes. Uma na ausência da presidenta Dilma Rousseff. Outra no período de seu sucessor, antes do golpe de Estado em marcha no país.

O declínio teve início após as descobertas, em junho último, de recursos em conta não declarada à Receita Federal. A existência de depósitos na Suíça foi ao encontro da delação premiada de diretores da Carioca Engenharia. Eles indicam que o parlamentar recebeu propinas de contratos superfaturados junto à Petrobras.

Corrupção deslavada

Articulador ligado diretamente a Michel Temer, o agora suspeito de lidar com quantias milionárias deixa um rastro de ilícitos penais. Documentos vazados para a revista semanal de direita IstoÉ confirmam a existência da conta na Suíça. Mostram, também, a movimentação de recursos feita por Alves no exterior e como ele tentou disfarçar a corrupção. Mesmo depois de constar como investigado na Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), Alves tentou salvar seu patrimônio suspeito. Resultado: é agora investigado também por crime de obstrução de Justiça.

“Os documentos encaminhados ao Brasil pelo Ministério Público Suíço explicam por que os agentes o tratam como ‘Sheik”, diz a revista. Constam do processo extratos bancários e cartões de assinatura de contas. Em março de 2015, quando o procurador geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao STF os primeiros pedidos de investigações contra políticos, Henrique Alves esvaziou sua conta no banco Merrill Lynch. Transferiu os recursos para bancos nos Emirados Árabes e no Uruguai.

“Na ocasião, Henriquinho, como é chamado pelos mais íntimos, foi um dos citados em delações premiadas, mas não virou alvo porque Janot entendeu que os indícios não eram suficientes para investigá-lo. Em abril, logo depois de escapar da “lista de Janot”, Henrique Alves foi nomeado ministro do Turismo pela então presidente Dilma. Deixou o cargo só em junho deste ano, já na gestão de Michel Temer, depois de a Lava Jato se deparar com a conta secreta na Suíça”.

Comentário

Para o experiente jornalista Bruno Thys, no comentário extraído de sua página, em uma rede social, diante do quadro que se apresenta, “se Michel Temer sair ileso das delações dos Odebrecht e de quem mais vier a abrir o bico, fará jus ao troféu (…) de político mais honesto do país”.

“Seus antecedentes são suficientes para lhe assegurar vaga em Curitiba”, repara Thys, e segue.

“Está no PMDB desde 1981 (35 anos!);
“Presidiu a Câmara por duas vezes;
“Foi vice da Dilma por um mandato e meio;
“Seu nome aparece em documentos apreendidos pela Federal em 2009 na operação Castelo de Areia, como tendo recebido R$ 340 mil da Camargo Corrêa;
“Diretores da mesma Camargo Corrêa, presos pela Lava Jato, tinham uma planilha que o relacionava a dois pagamentos de US$ 40 mil por obras em SP;
“Em sua delação premiada, Julio Camargo, da (empreiteira) Toyo Setal, contou que Fernando Baiano surrupiava a Petrobras em nome de Renan, Cunha e Temer;

Turma perigosa

“Temer aparece também com Léo Pinheiro, dono da OAS. Em conversa registrada no celular de Pinheiro, Cunha reclama por ele ter pago R$ 5 milhões a Temer de uma só vez e adiado o repasse aos demais caciques do PMDB. Essa informação resultou na Operaçao Catilinárias contra a turma do PMDB: Cunha, Renam, Lobão, Henrique Alves e Celso Pansera;
“Delcídio do Amaral contou que Temer esteve envolvido em compra ilegal de etanol via BR Distribuidora, ainda no governo FHC;
“Ainda segundo delcídio, temer apadrinhou as indicações de João Augusto Henriques e Jorge Zelada para a direção da Petrobras, ambos condenados pela Lava Jato
“Por fim , Temer assumiu a Presidência com seus homens de confiança: Jucá, Moreira Franco, Henrique Alves, Padilha e Geddel. Ou seja: disse-nos com quem andava. Desta turma, já ‘dançaram’ Jucá, e Henrique Alves; Moreira, Geddel e Padilha estão na fila”, conclui.

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Fonte: http://correiodobrasil.com.br/denuncias-corrupcao-chegam-perto-alvorada/

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