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Depoimento de Lula leva PM a bloquear ruas na Capital Federal

14 de Março de 2017, 14:04 , por Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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O depoimento aconteceu, em Brasília, por volta das 10h20 desta terça-feira . Lula chegou a solicitar que o depoimento fosse prestado por meio de videoconferência, a partir de São Bernardo do Campo, onde mora, mas teve o pedido negado pelo juiz

 

Por Redação – de Brasília

 

Foi preciso montar um esquema especial de trânsito para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse chegar à 10ª Vara Federal. Na manhã desta terça-feira, diante do juiz Ricardo Soares Leite, da 10ª Vara Federal, Lula negou que tenha tentado obstruir as investigações da Operação Lava Jato.

Lula chegou em um carro preto e não desceu para cumprimentar a pequena multidão que o aguardava

Lula chegou em um carro preto e não desceu para cumprimentar a pequena multidão que o aguardava

O depoimento aconteceu, em Brasília, por volta das 10h20 desta terça-feira . Lula chegou a solicitar que o depoimento fosse prestado por meio de videoconferência, a partir de São Bernardo do Campo, onde mora, mas teve o pedido negado pelo juiz. Na ação, o líder petista é réu, juntamente, com o pecuarista José Carlos Bumlai, o banqueiro André Esteves, o ex-senador Delcídio do Amaral e mais três acusados.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), eles tentaram comprar o silêncio do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró. O objetivo seria impedi-lo de firmar um acordo de delação premiada com a força-tarefa da Lava Jato.

Perguntado se os fatos presentes na denúncia eram verdadeiros ou falsos, o ex-presidente petista afirmou que são falsos.

— Só tem um brasileiro que pode ter medo de uma delação do Cerveró. Era o Delcídio. Ele sim era próximo dele. Eu nunca fui próximo do Cerveró — afirmou Lula.

O ex-presidente garantiu que só via Cerveró em reuniões.

— Sobre o Cerveró, eu não o conhecia. Só agora ele ficou famoso. Eu só vi ele em reuniões. Portanto, não tinha nenhum interesse de indicá-lo. Depois de presos há alguns dias, as pessoas começam a procurar um jeito de sair da cadeia. Acho que isso que aconteceu com o Delcídio — afirmou Lula.

Pequena multidão

Como essa ação penal é pública, o depoimento do petista não foi fechado. No entanto, a Justiça Federal do Distrito Federal (DF) resolveu montar um esquema especial para o depoimento, com maior rigor no controle de entrada ao prédio. A Polícia Militar do DF, por sua vez, interditou a rua adjacente ao tribunal. A Justiça Federal informou que a medida é para garantir a segurança e evitar manifestações a favor ou contrárias ao ex-presidente, muito próximas ao prédio.

Lula da Silva (PT) chegou por volta das 10h à Justiça Federal de Brasília, mas passou direto, sem falar com a pequena multidão que o aguardava, do lado de fora.

Foi a primeira vez em que um juiz ouviu Lula, na condição de réu, desde o início da Lava Jato, em março de 2014. Além desse caso, o petista responde a outras duas ações penais na 10ª Vara de Brasília, onde foi ouvido nesta terça, e a outras duas em Curitiba (PR), na vara do juiz federal Sergio Moro.

O juiz substituto Ricardo Augusto Soares Leite, de Brasília, proibiu fotografar ou filmar o réu na sala de audiências e na sala em que a imprensa acompanha o depoimento por dois monitores de vídeo. Lula estava acompanhado por seu advogado, José Roberto Batochio, ex-presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Pena prevista

O ex-presidente é acusado de infringir o artigo 2º da lei 12.850/2013 (“promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa”), no parágrafo 1º (“nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação de infração penal que envolva organização criminosa”). A pena prevista para o crime é de 3 a 8 anos de reclusão, mais multa.

Lula se tornou alvo do processo após ser citado em depoimentos prestados pelo ex-senador Delcídio Amaral (ex-PT-MS) e Cerveró. Ambos falaram em acordos de delação premiada.

Em abril do ano passado, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, fez ao STF um aditamento à denúncia original. Ele havia apresentado o termo em dezembro de 2015. Nele, incluiu Lula, seu amigo e pecuarista José Carlos Bumlai e o filho do fazendeiro, Maurício Bumlai.

A primeira denúncia tinha como alvos Delcídio, o banqueiro André Esteves e o advogado Edson de Siqueira Ribeiro. O assessor de Delcídio, Diogo Ferreira Rodrigues também figura no processo. Com a cassação do mandato de Delcídio pelo Senado, o processo foi distribuído à Justiça Federal de Brasília.

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Fonte: http://www.correiodobrasil.com.br/depoimento-lula-leva-pm-bloquear-ruas-capital-federal/

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