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Depoimento de Marcelo Odebercht entrega Temer e o cerne do PMDB

March 1, 2017 13:18 , von Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Parte dos R$ 10 milhões em propina destinados pela Odebrecht ao então vice-presidente Temer teria sido entregue ao amigo José Yunes

 

Por Redação – de Brasília e Curitiba

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deu início nesta quarta-feira, após o feriado de Cinzas, aos depoimentos do herdeiro da Construtora Norberto Odebrecht, Marcelo, e aos demais delatores envolvidos no repasse de propina ao presidente de facto, Michel Temer. A chapa formada pela presidenta cassada Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB), articulador do golpe de Estado, em curso.

Marcelo Odebrecht

Marcelo Odebrecht que, nesta quarta-feira, presta novo depoimento, incrimina Michel Temer

Um processo no TSE apura se a dupla cometeu abuso de poder político e econômico nas eleições presidenciais de 2014. A ação tem o poder de afastar Temer do Palácio do Planalto e tornar Dilma inelegível para qualquer cargo público, por uma década.

Na lista, o primeiro escolhido para falar foi Marcelo Odebrecht, na sede do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), em Curitiba. Benedicto Barbosa da Silva, ex-presidente da construtora Odebrecht, e Fernando Reis, ex-presidente da Odebrecht Ambiental, prestarão depoimento na quinta-feira, no Rio de Janeiro. Na segunda-feira deporão, em Brasília, os ex-diretores de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho e Alexandrino Alencar.

O relator da ação de investigação judicial eleitoral (AIJE), ministro Herman Benjamin, corregedor-geral da Justiça Eleitoral, estará presente em todas as fases do processo. Herman visa enriquecer o seu relatório, em fase final, no qual pede a cassação da chapa vitoriosa em 2010 e 2014.

Caixa 2

A inclusão dos depoimentos, que atingem frontalmente o governo Temer, no entanto, tende a esticar o julgamento do caso. Depois que os delatores forem ouvidos e entregado o esquema corrupto na campanha do peemedebista, a defesa terá direito de convocar testemunhas para contrapor os relatos, o que consumirá alguns meses, dizem advogados próximos ao caso.

Marcelo Odebrecht, em outros depoimentos, revelou o repasse de cerca de R$ 30 milhões à chapa Dilma-Temer, em 2014. O dinheiro, segundo os delatores, foram usados para comprar apoio de integrantes do PMDB, PRB, PROS, PCdoB, PP e PDT. O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, é citado na delação de Alexandrino como um daqueles que negociou repasse de R$ 7 milhões do caixa 2 da empresa para o PRB. Pereira nega, como de resto negam também os demais acusados.

Inicialmente, o ministro Herman Benjamin havia solicitado ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a autorização para ouvir três relatores – Marcelo Odebrecht, Cláudio Melo Filho e Alexandrino Alencar. O próprio Janot, no entanto, sugeriu que fossem ouvidos Benedicto Barbosa da Silva e Fernando Reis, afirmando que eles também relataram fatos relacionados à campanha de 2014.

Quanto aos novos depoimentos, a defesa de Dilma Rousseff afirmou que não tem “nada a temer”. O Palácio do Planalto disse que não se manifestaria sobre o assunto. A defesa de Michel Temer também não se manifestou sobre o caso.

Fora Temer!

Passada a folia, fica na memória popular que este foi o carnaval do ‘Fora Temer!’, na reentrada do governo Temer na atmosfera de confrontos e aplicação da Justiça. Os gritos de ‘Fora, Temer!’ ecoaram nas principais ruas e avenidas de Salvador, Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro.

Na Terça-feira Gorda do carnaval, no bloco “Carmelitas”, em Santa Teresa, os foliões fizeram coro. Na segunda-feira, foram os foliões no Circuito Osmar, no Campo Grande, em Salvador, a soltar o brado.

Em Belo Horizonte, blocos inteiros gritaram o ‘Fora, Temer!’. Em São Paulo, o bloco Jegue Elétrico, que arrastava milhares de foliões pelas ruas da capital paulista, também disparou contra o inquilino do Palácio do Planalto.

No refrão

Logo no início do reinado de Momo, a banda BaianaSystem disparou o grito ‘Fora Temer!’, na última sexta-feira, durante a abertura do carnaval de Salvador. No meio da apresentação, o vocalista Russo Passapusso iniciou um discurso político dizendo “fascistas, golpistas, não passarão!”, em referência ao atual governo brasileiro. Em seguida, o cantor puxou a já tradicional palavra de ordem: ‘Fora Temer!’ em protesto contra o presidente de facto, e a multidão retribuiu as palavras de ordem, em coro uníssono.

A partir daí, o assunto se espalhou pelas redes sociais durante o fim de semana. A banda foi até ameaçada de expulsão do carnaval soteropolitano, em uma polêmica sobre os limites da liberdade de expressão durante o carnaval. Deu em nada. No carnaval do ano que vem, se Temer ainda estiver no poder, deverá ouvir de novo o refrão.

 

No sábado de carnaval, no bloco Céu na Terra, de Santa Teresa, também não perdoou: “Fora, Temer!”.  Alguns foliões foram fantasiados com máscaras de políticos, entre ela, a daquele que o país pede para sair.

 

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Quelle: http://www.correiodobrasil.com.br/odebercht-entrega-temer-pmdb/

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