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Depois de citar Temer, Serra e Aécio, delatores entregam Alckmin

December 9, 2016 14:21 , par Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Os valores não teriam sido repassados diretamente ao governador, dizem os delatores, mas a duas pessoas próximas a ele. Ambas atuaram como intermediárias na transação

 

Por Redação – de São Paulo

 

Última esperança do PSDB para as eleições de 2018, diante do envolvimento dos senadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG) com a Operação Lava Jato, o governador Geraldo Alckmin foi citado na delação premiada da empreiteira Odebrecht. Ex-executivos da empreiteira afirmaram que foi realizado pagamento de caixa dois, em dinheiro vivo, no valor de R$ 2 milhões para as campanhas de 2010 e 2014 de Alckmin. O depoimento foi vazado para o diário conservador paulistano Folha de S. Paulo.

Serra, Aécio e Alckmin, juntos, é uma cena cada vez mais improvável nas próximas eleições

Serra, Aécio e Alckmin, juntos, é uma cena cada vez mais improvável nas próximas eleições

Os valores não teriam sido repassados diretamente ao governador, dizem os delatores, mas a duas pessoas próximas a ele. Ambas atuaram como intermediárias na transação. O dinheiro vivo, no entanto, teria sido repassado ao empresário Adhemar Ribeiro, irmão da primeira-dama, Lu Alckmin. Além de Serra e Alckmin, os delatores também citam a doação ilegal de R$ 10 milhões ao presidente de facto, Michel Temer.

Delatores presos

Geraldo Alckmin foi eleito no primeiro turno em 2010, vencendo o ex-ministro Aloizio Mercadante (PT). Em 2014, na reeleição de Alckmin, um dos operadores foi o atual secretário de Planejamento do governo paulista, Marcos Monteiro. Monteiro é político de confiança do governador. 

À época das negociações, o secretário era chamado de MM pelos funcionários da Odebrecht. Carlos Armando Pascoal, o CAP, foi um dos executivos que delataram o caixa dois de Alckmin. CAP, como é chamado, ocupava uma diretoria da Odebrecht, em São Paulo, sendo um dos responsáveis por negociar doações para políticos. Ele também afirmou que teria repassado R$ 23 milhões, via caixa 2, no exterior, para a campanha presidencial de 2010 do atual ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB).

CAP integra o grupo de 77 funcionários da Odebrecht que, juntos, assinaram há duas semanas um acordo de delação premiada com investigadores da Lava Jato. Os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) demonstram que não há qualquer doação direta da empreiteira à conta da candidatura de Alckmin, em 2010 e 2014. O que há é uma doação oficial de R$ 100 mil da Braskem, braço petroquímico da empresa, à direção do PSDB em São Paulo. O recurso foi repassado à conta da candidatura do tucano, em 2010.

Codinome: ‘Santo’

Segundo os delatores, o codinome de Alckmin nas listas de propina e caixa dois da empreiteira era “santo”. A informação já havia caído em domínio público, após ser publicado em matéria de uma revista semanal de ultradireita.

O apelido estava associado nas planilhas da Odebrecht apreendidas pela Polícia Federal, relativas à duplicação da rodovia Mogi-Dutra. Tratava-se de uma obra do governo Alckmin, de 2002. A palavra “apóstolo”, escrita originalmente na página, foi rasurada e trocada por “santo”.

O mesmo codinome é citado em e-mail de 2004, enviado por Marcio Pelegrino. O executivo da Odebrecht gerenciou a construção da linha 4-Amarela do Metrô, na capital paulista.

Pelegrino diz, na mensagem, que era preciso fazer um repasse de R$ 500 mil para a campanha “com vistas a nossos interesses locais”. O funcionário da empreiteira afirma que o beneficiário do suposto suborno era o “santo”.

Explicações

O diário paulistano afirma, na matéria, que procurou Alckmin para ele se manifestar sobre a delação da Odebrecht. O suspeito, no entanto, afirmou, por meio de sua assessoria, que “é prematura qualquer conclusão com base em informações vazadas de delações não homologadas”.

“Apenas os tesoureiros das campanhas, todos oficiais, foram autorizados pelo governador Geraldo Alckmin a arrecadar fundos dentro do que determina a legislação eleitoral”, diz nota.

Sobre o codinome “santo” que aparece em planilha da Odebrecht, a nota afirmou que o apelido “aparece em outros documentos oficiais”. Acrescenta que foram “apreendidos na Operação Lava Jato referentes aos anos de 2002 e 2004″. Não guardariam, segundo a nota,”qualquer relação com eleições disputadas pelo governador Geraldo Alckmin”.

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Source : http://www.correiodobrasil.com.br/depois-citar-temer-serra-aecio-delatores-entregam-alckmin/

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