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Deputados fecham acordo para votar projeto sobre dívida dos Estados

December 20, 2016 14:34 , by Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Moura deixou a residência oficial do presidente da Câmara, onde as lideranças se reuniram, em direção ao Ministério da Fazenda. Levava a proposta de consenso dos deputados. O texto retira, entre outros pontos, a limitação de reajuste a servidores estaduais

 

Por Redação – de Brasília e São Paulo

 

Líderes partidários, na Câmara dos Deputados, fecharam acordo para votar, nas próximas horas, o projeto da dívida dos Estados. Retiraram, no entanto, parte das contrapartidas exigidas. Mas o líder do governo, Andre Moura (PSC-SE), e o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), divergiram sobre a necessidade de uma aval do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para a votação seguir adiante.

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Moura deixou a residência oficial do presidente da Câmara, onde as lideranças se reuniram, em direção ao Ministério da Fazenda. Levava a proposta de consenso dos deputados. O texto retira, entre outros pontos, a limitação de reajuste a servidores estaduais. Ficou mantida, no entanto, a criação do novo Regime de Recuperação Fiscal, voltado a Estados em maior dificuldade financeira. Estes entes da Federação precisam se submeter para renegociar suas dívidas.

— Fizemos aqui um pré-acordo — disse o líder do governo na Câmara logo após a conversa. Participaram representante dos Estados em grave situação de caixa.

Aval da Fazenda

No encontro, estava o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB):

— Acredito que é possível votar no dia de hoje.

Ainda que Moura considere necessário um sinal verde de Meirelles, o presidente da Câmara disse não ver necessidade desse aval.

— Nós fizemos um acordo entre os líderes e acho que nós devemos votar. Eu não convoquei os deputados pedindo a cada um individualmente a possibilidade de estar presente hoje aqui para poder votar apenas com o aval do ministro da Fazenda. Isso não existe — disse Maia a jornalistas, ao ser questionado sobre a possibilidade de o Ministério não concordar com o acordo.

A proposta alonga os débitos junto à União por 20 anos, com carência e posterior desconto nas parcelas e institui o novo Regime de Recuperação Fiscal para Estados com pior situação de caixa. Enquanto tramitava no Senado, o projeto recebeu exigências adicionais de contrapartidas em relação ao texto aprovado pela Câmara.

Câmbio

Durante as negociações na Câmara, nesta manhã, o dólar operava em leve baixa ante o real, pelo segundo pregão seguido. O fluxo de venda foi amplificado devido ao volume de negócios mais enxuto.

Além dos detalhes políticos, em Brasília, os investidores estavam ainda de olho na cena externa, com o BC novamente não anunciando intervenção no mercado de câmbio, pelo menos por enquanto. Às 10:27, o dólar recuava 0,43%, a R$ 3,3569 na venda, depois de ceder 0,56% na véspera. O dólar futuro exibia variação negativa de cerca de 0,4% nesta manhã.

— O político está praticamente parado e o Judiciário, em vias de parar. A menos que aconteça alguma grande novidade que possa impactar o governo até o final do ano, o dólar deve ficar oscilando mais ou menos onde está — comentou o trader da Ouro Minas Corretora, Mauricio Gaioti.

Fora do mercado

Com a proximidade das festas de final de ano, os mercados financeiros já começaram a tirar o pé do acelerador. E reduzir bastante o volume de negócios. A cena política brasileira, no entanto, continuava no radar e ajudando os investidores a manterem a cautela, em meio aos vazamentos de delações de executivos da Odebrecht que atingiram figuras importantes do governo, inclusive o presidente Michel Temer.

Nesta manhã, o presidente do BC, Ilan Goldfjan, também divulgou algumas medidas para ajudar na recuperação da economia. Entre elas, medidas que estimulem a cidadania financeira e melhoria da eficiência do sistema financeiro, entre outras.

No exterior, o dólar subia ante uma cesta de moedas em direção à máxima de 14 anos, sustentado por declarações favoráveis da chair do Federal Reserve, Janet Yellen, na véspera e que mantiveram vivas as expectativas de ritmo mais rápido de alta dos juros nos Estados Unidos no próximo ano. O BC brasileiro continuava fora do mercado de câmbio.

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Source: http://www.correiodobrasil.com.br/deputados-acordo-votar-divida-estados/

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