Apenas 6,6% da população africana de 1,2 bilhão de pessoas está totalmente vacinada, disse John Nkengasong, chefe do Centro Africano para Controle e Prevenção de Doenças (CDC da África), em coletiva de imprensa virtual.
Por Redação, com Reuters – de Joanesburgo
Muitos países africanos estão enfrentando problemas logísticos para acelerar suas campanhas de imunização contra a covid-19, à medida que a chegada de vacinas no continente finalmente aumenta, disse o chefe do órgão de controle de doenças da África nesta quinta-feira.
Gana lança campanha de vacinação contra a covid-19Apenas 6,6% da população africana de 1,2 bilhão de pessoas está totalmente vacinada, disse John Nkengasong, chefe do Centro Africano para Controle e Prevenção de Doenças (CDC da África), em coletiva de imprensa virtual.
Isso significa que a África está longe de atingir o objetivo da União Africana de vacinar completamente 70% das pessoas até o final de 2022, disse ele.
– O que estamos vendo agora é muito mais vacinas chegando e o recebimento sendo desafiado por causa de logística e entrega – disse Nkengasong. “Não se trata necessariamente de hesitação, mas de transportar as vacinas do aeroporto para os braços (das pessoas), trata-se de logística”.
Lenta absorção das vacinas
A lenta absorção das vacinas pela África também está afetando o setor de saúde, onde apenas um em cada quatro trabalhadores foi totalmente vacinado, disse o escritório da Organização Mundial de Saúde na África.
– A menos que nossos médicos, enfermeiras e outros funcionários da linha de frente recebam proteção total, corremos o risco de um revés nos esforços para conter esta doença – disse Matshidiso Moeti, diretor regional da OMS para a África, em um briefing separado.
Nkengasong disse que a República Democrática do Congo e os Camarões enfrentam desafios logísticos específicos.
O Congo administrou cerca de 168 mil doses de vacinas contra a covid-19, apontou um monitoramento da agência inglesa de notícias Reuters, o suficiente para vacinar totalmente 0,1% da população.
Em abril, as autoridades realocaram para outros países africanos a maior parte das 1,7 milhão de doses da vacina contra a covid-19 que o Congo havia recebido um mês antes pelo consórcio Covax porque estavam para vencer.