A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua mostrou que o desemprego no período subiu. Houve um crescimento de 33,1% na comparação com o mesmo período de 2015
Por Redação – do Rio de Janeiro
A taxa de desemprego brasileira subiu para 11,9% no trimestre até novembro, máxima da série histórica. O flagelo aumenta depois de permanecer em 11,8% por três vezes seguidas. Oo número de desempregados chegou a um recorde de 12,1 milhões de pessoas.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua mostrou que o número de desempregados no período subiu. Houve um crescimento de 33,1% na comparação com o mesmo período de 2015. O número de trabalhadores atingidos chega ao total de 12,132 milhões de pessoas. É o maior nível para a série iniciada em 2012. Nos três meses até outubro eram 12,042 milhões de pessoas sem emprego.
A taxa de desemprego foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira. O resultado não foi ainda pior porque aumentou o número de pessoas fora da força de trabalho.
Desemprego recorde
Esse grupo representa aqueles que não estão procurando emprego e por isso saem da conta. E aumentou 1,5% no período entre setembro e novembro sobre o ano anterior. A marca representa 967 mil trabalhadores.
A população ocupada continuou diminuindo. Registrou um recuo de 2,1% no trimestre até novembro sobre o ano anterior. Isso significa 1,941 milhão de pessoas a menos.
A apatia do mercado de trabalho é reflexo da forte retração econômica pela qual o país passa. A taxa de desemprego permanece bem acima da leitura de 9,0% no trimestre até novembro de 2015.
Declínio do PIB
A expectativa em pesquisa da agência inglesa de notícias Reuters era de que o dado dos três meses até novembro ficasse em 11,9%. A renda média do trabalhador, ainda segundo a Pnad Contínua, caiu mais uma vez. Mostra perda de 0,5% sobre o mesmo período do ano passado, a R$ 2.032.
A recessão econômica vem ajudando a inflação a perder força no país em meio ao desemprego alto. Mas as perspectivas não são de recuperação sustentada em breve, com a atividade mostrando dificuldades de retomada.
A última pesquisa Focus do Banco Central mostra que os economistas veem uma expansão de apenas 0,5% em 2017. O movimento ocorre após contração do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,49% este ano.
Rendimento médio
O rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas fechou o trimestre encerrado em novembro em R$ 2.032. Fica, assim, estatisticamente estável frente ao trimestre de junho a agosto de 2016 (R$ 2.027). Idem em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.041).
A única ocupação com queda no rendimento médio real habitual no trimestre de 2016 foi a dos trabalhadores por conta própria (-2,7%). As demais categorias não variaram. Já em relação ao mesmo trimestre de 2015, os empregadores tiveram queda no rendimento (-5,9%) e as outras categorias ficaram estáveis.
Já por grupamento de atividade, o único que apresentou variação no rendimento médio real habitual no trimestre foi o da agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e agricultura, com alta de 3,5%. A estimativa permaneceu estável em todos os outros grupamentos de atividade.
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