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Desemprego vai à maior taxa desde maio do ano passado

30 de Abril de 2019, 19:14 , por Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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A taxa de desemprego brasileira chegou a 12,7% no período, na terceira alta consecutiva e a maior do ano, ante 12,4% nos três meses até fevereiro e 11,6% no quarto trimestre. O resultado informado nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra, entretanto, recuo em relação aos 13,1% registrados no mesmo período de 2018.

Por Redação – do Rio de Janeiro

 

O desemprego no Brasil voltou a aumentar no primeiro trimestre e atingiu a maior taxa desde maio do ano passado, com o total de desempregados chegando a quase 13,4 milhões e número recorde de desalentados, em um cenário de fragilidade do crescimento econômico.

Guedes conversou com Rodrigo Maia, na tentativa de colocar panos quentes na crise com BolsonaroA política econômica do governo, chefiada por Paulo Guedes, tem gerado um número cada vez maior de desempregados

A taxa de desemprego brasileira chegou a 12,7% no período, na terceira alta consecutiva e a maior do ano, ante 12,4% nos três meses até fevereiro e 11,6% no quarto trimestre. O resultado informado nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra, entretanto, recuo em relação aos 13,1% registrados no mesmo período de 2018, e ficou abaixo da expectativa em pesquisa da agência inglesa de notícias Reuters com economistas, de uma taxa de 12,8%.

Cenário

Ainda assim, é o mais alto desde os três meses encerrados em maio do ano passado, quando ficou no mesmo patamar.

— Nenhum setor teve contratação significativa no primeiro trimestre deste ano. Esse é o retrato do mercado de trabalho em 2019. A expectativa de uma melhora no mercado de trabalho que havia para 2019 não se confirma diante do cenário econômico — disse o coordenador da pesquisa, Cimar Azeredo.

Em meio a dispensas ainda sazonais e aumento da procura por emprego, o país tinha no trimestre até março 13,387 milhões de desempregados, ante 13,098 milhões nos três meses até fevereiro e 12,152 milhões no quarto trimestre de 2018. Nos três meses até março de 2018 eram 13,634 milhões de desempregados.

Desalentados

Na outra ponta, o total de pessoas ocupadas caiu a 91,863 milhões, de 92,127 milhões entre dezembro e fevereiro e 92,736 milhões no quarto trimestre.

Nesse cenário, o número de desalentados, ou a quantidade de trabalhadores que desistiram de procurar uma vaga, foi ao recorde de 4,843 milhões no primeiro trimestre, de 4,663 milhões no trimestre anterior.

— O número de desalentados é o maior da série. Esse é um retrato de um mercado de trabalho brasileiro frágil. Significa dizer que os desempregados poderiam ser de quase 18 milhões se essas pessoas estivessem pressionando o mercado a procura de uma vaga — completou Azeredo.

Fraqueza

O emprego com carteira assinada continua fraco, com 32,918 milhões de pessoas no primeiro trimestre deste ano, queda de 0,1% sobre o período anterior e alta de apenas 0,2% sobre o primeiro trimestre do ano passado.

Ao mesmo tempo, o número de pessoas sem carteira assinada no setor privado entre janeiro e março caiu 3,2% na comparação com o quarto trimestre, mas subiu 4,4% sobre o mesmo período do ano passado, a 11,124 milhões.

Em relação ao rendimento médio do trabalhador, este chegou a R$ 2.291 no primeiro trimestre, contra R$ 2.276 no quarto trimestre e 2.259 reais no mesmo período de 2018. Em março, o Brasil registrou fechamento líquido de 43.196 vagas formais de emprego, num resultado negativo que contrariou expectativas e foi puxado pela fraqueza no comércio, segundo dados do Ministério da Economia.

O mercado de trabalho brasileiro vem refletindo diretamente a dificuldade que a economia vem apresentando de avançar, destacadamente o setor industrial. A mais recente pesquisa Focus realizada pelo Banco Central junto a uma centena de economistas mostra que a expectativa de crescimento econômico é de 1,70% em 2019, indo a 2,5% em 2020.


Fonte: https://www.correiodobrasil.com.br/desemprego-maior-taxa-desde-maio-ano-passado/

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