Chefe do Gabinete de Ética Governamental afirma que repassar controle das empresas para os filhos não elimina conflito de interesses e diz que presidente eleito rompe com tradição de 40 anos de ambos os partidos
Por Redação, com DW – de Washington:
O diretor do Gabinete de Ética Governamental dos Estados Unidos (OGE, na sigla em inglês), Walter Shaub, criticou a intenção do presidente eleito Donald Trump de manter o seu império empresarial por meio do repasse da administração de suas empresas a seus filhos.

Solução de Trump para evitar conflitos éticos quebra 40 anos de precedentes adotados por presidentes dos dois partidos
Segundo o chefe da agência que supervisiona o comportamento ético dos ocupantes de cargos no governo. A atitude correta seria o presidente eleito vender seus ativos corporativos e depositar os lucros num chamado “fundo cego”. Aprovado pelo OGE, a ser administrado por uma pessoa neutra e cujos ativos o beneficiário desconhece.
Conflitos
Shaub considerou que a solução de Trump para evitar conflitos éticos entre seus interesses empresariais e seu cargo público quebra 40 anos de precedentes adotados por presidentes dos dois grandes partidos e pode gerar uma enorme quantidade de conflitos.
Nomeado pelo presidente Barack Obama em 2013 e funcionário do OGE também durante o governo do ex-presidente George W. Bush. Shaub afirmou que Trump deveria reconsiderar sua estratégia antes de tomar posse, no dia 20 de janeiro.
E-mails entre o OGE e a equipe de transição de Trump, aos quais a agência de notícias Associated Press teve acesso. Revelaram diversas tentativas de Shaub, no ano passado. Junto a assessores de Trump, de convencer o presidente eleito de que o chamado “fundo cego”. Seria a maneira mais transparente de evitar possíveis conflitos de interesse entre as atividades empresariais e de governo.
Os representantes de Trump não notificaram o OGE sobre a intenção do presidente eleito de repassar a administração do império empresarial a seus filhos.
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