Com 70 casos confirmados da doença, o número de infectados pela febre amarela no Brasil em 2017 já ultrapassou em menos de um mês os casos registrados na última grande ocorrência da doença
Por Redação, com ABr – de Brasília:
Diante do surto de febre amarela, o Ministério da Saúde decidiu reforçar a distribuição da vacina contra a doença em 11,5 milhões de doses. Este ano, 5,5 milhões de vacinas já foram repassadas aos estados. Em anos em que não houve surto, foram distribuídas entre 800 mil e 1 milhão de doses do imunizante em todo o país, segundo a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Carla Domingues.

Diante do surto de febre amarela, o Ministério da Saúde decidiu reforçar a distribuição da vacina contra a doença em 11,5 milhões de doses
Com 70 casos confirmados da doença, o número de infectados pela febre amarela no Brasil em 2017 já ultrapassou em menos de um mês os casos registrados na última grande ocorrência da doença no país, entre 2007 e 2008, quando 48 pessoas foram contaminadas pelo vírus.
Em 2007, a doença se alastrou por nove estados, incluindo os da Região Sul. Este ano, até agora, o surto está concentrado em Minas Gerais, com casos registrados também na Bahia, São Paulo e Espírito Santo.
Das 11,5 milhões de doses adicionais da vacina, 6 milhões serão entregues nos próximos dias. E 5,5 milhões serão distribuídos conforme a necessidade dos Estados. Minas Gerais. Que concentra o maior número de casos e de mortes pela doença até agora, recebeu pelo menos 2,9 milhões de doses. A estratégia do governo federal é bloquear o avanço da doença vacinando a população das regiões vizinhas a Minas.
Em entrevista coletiva na quarta-feira no Ministério da Saúde. Representantes das secretarias de Saúde de Estados onde há casos suspeitos ou houve mortes de macacos pela doença pediram que a população seja criteriosa antes de procurar a vacina. Segundo eles, está havendo uma busca pela vacina em regiões onde não é necessária a imunização.
A procura aumentou. Por exemplo, em grandes cidades do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, apesar de os casos estarem concentrados nas zonas rurais.
Contra o vírus
– Embora a vacina seja segura, e eficaz, que protege contra o vírus, não é toda isenta de riscos, como todo medicamento. Esta é uma vacina de vírus vivo atenuado e portanto em situações muito raras. Pode vir a causar eventos adversos – alertou o diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Eduardo Hage.
O Espírito Santo, que não estava incluído na área de recomendação da vacina. Passou a ter 37 municípios com indicação para a imunização. Depois de registrar 22 casos suspeitos de febre amarela. O Rio de Janeiro não registrou casos de febre amarela em 2017. Mas, por fazer divisa com Minas Gerais, passou a ter 14 municípios na área de recomendação da vacina.
Minas, ao lado de mais 18 Estados brasileiros, está rotineiramente na lista de áreas. Onde a população deve se imunizar, independentemente de surtos. No Estado foram registrados 404 casos de febre amarela em 2017, entre eles 66 mortes.
– O Estado está auxiliando os municípios na programação da vacinação e enfatizando a necessidade de vacinação de casa em casa. Principalmente nas zonas rurais – disse a subsecretária de Gestão Regional da Secretaria de Saúde de Minas, Márcia Faria. Segundo ela, a cobertura vacinal do estado é historicamente baixa, o que pode explicar o surto na região.
Imunização
O esquema vacinal da febre amarela é de duas doses, tanto para adultos quanto para crianças. As crianças devem receber as vacinas aos nove meses e aos quatro anos de idade. Assim, a proteção está garantida para o resto da vida.
Para quem não tomou as doses na infância, a orientação é tomar uma dose e um reforço, dez anos depois da primeira. As orientações são apenas para as pessoas que vivem ou viajam para as áreas de recomendação da vacina.
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