Às 12:14, o dólar recuava 0,82%, a R$ 3,2452 na venda, após bater $$ 3,2910 na máxima do dia e R$ 3,2435 na mínima. O dólar futuro recuava cerca de 0,75% no início da tarde
Por Redação – de São Paulo
O dólar firmou movimento de queda e foi abaixo de R$ 3,25 nesta segunda-feira, dia marcado por baixo volume de negócios antes dos dados de emprego nos Estados Unidos no fim da semana e do desfecho do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Na sessão anterior, declarações de autoridades do Federal Reserve recolocaram sobre a mesa a possibilidade de o banco central norte-americano elevar os juros no mês que vem, adicionando incerteza aos mercados financeiros globais.
Às 12:14, o dólar recuava 0,82%, a R$ 3,2452 na venda, após bater $$ 3,2910 na máxima do dia e R$ 3,2435 na mínima. O dólar futuro recuava cerca de 0,75% no início da tarde.
— A cautela predomina porque é uma semana de eventos muito importantes — disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.
Na sexta-feira, o vice-chair do Fed, Stanley Fischer, afirmou que as declarações da chair Janet Yellen eram consistentes com elevação de juros no mês que vem, embora a decisão ainda dependa de indicadores econômicos. Mais cedo, Yellen havia dito que as chances de um aumento vinham crescendo, mas evitou precisar datas.
Os comentários de Fischer levaram o dólar a subir globalmente, já que juros mais altos nos EUA tendem a reduzir o apetite por ativos de alto risco, como os denominados em moedas emergentes. A incerteza seguia forte agora, aumentando a importância do relatório de emprego na sexta-feira.
No cenário local, o processo de impeachment de Dilma dava seus últimos passos com a defesa pessoal da própria presidente no Senado. Operadores davam como certa a confirmação de seu afastamento definitivo, mas esperavam um sinal de força política de Michel Temer que comprove que será capaz de angariar apoio no Congresso Nacional a medidas de austeridade fiscal, após enfrentar dificuldades para fazê-lo enquanto presidente interino.
— Daqui para frente, ou vai ou racha — disse o operador de uma corretora nacional.
Por isso, o volume de negócios era baixo, deixando as cotações sensíveis a operações pontuais. Além disso, a briga pela Ptax, taxa calculada pelo Banco Central que serve de referência para diversos contratos cambiais, começava a ganhar força conforme o fim de agosto se aproxima.
Operadores costumam disputar para deslocar a taxa formulada no último pregão do mês para favorecer suas posições cambiais.
Nesta manhã, o BC vendeu novamente a oferta total de até 10 mil swaps reversos, contratos que equivalem a compra futura de dólares.
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