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Dólar foge do país e cotação oscila após intervenção do BC

September 8, 2016 15:23 , by Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Somente no mês passado, frente ao dólar, o fluxo financeiro (investimentos em títulos, remessas de lucros e dividendos ao exterior e investimentos estrangeiros diretos, entre outras operações) ficou negativo em US$ 3,785 bilhões

 

Por Redação – de Brasília e São Paulo

 

As saídas de dólares no país superaram as entradas em agosto, de acordo com dados do Banco Central (BC), divulgados nesta quinta-feira. No mesmo mês do ano passado, o saldo negativo ficou em US$ 1,110 bilhão. De janeiro a 2 de setembro, o saldo é negativo em US$ 10,559 bilhões, contra o resultado positivo de US$ 11,365 bilhões em igual período de dias úteis de 2015.

dólar em alta

O quadro de instabilidade política ampliou a faixa de investidores que buscou o dólar

Somente no mês passado, o fluxo financeiro (investimentos em títulos, remessas de lucros e dividendos ao exterior e investimentos estrangeiros diretos, entre outras operações) ficou negativo em US$ 3,785 bilhões. Já o fluxo comercial (operações de câmbio relacionadas a exportações e importações) teve saldo positivo de US$ 2,676 bilhões. Neste ano, até 2 deste mês, o fluxo comercial ficou positivo em US$ 32,476 bilhões e o financeiro, negativo em US$ 43,034 bilhões.

Rally diário
do dólar

Após subir nesta manhã, pressionado por fatos que ampliam o ambiente de insegurança no panorama político brasileiro, o dólar voltou a operar em queda ante o real nesta quinta-feira, influenciado pela perspectiva de adiamento do processo de aumento de juros nos EUA, após chegar a ser negociado pontualmente em alta pela ação de importadores em busca de cotações mais em conta.

Às 12:41, o dólar recuava 0,18%, a R$ 3,1906 na venda. O dólar futuro tinha queda de cerca 0,30%. Na mínima da sessão, a moeda bateu em R$ 3,1656 e, na máxima, atingiu R$ 3,2187.

— Houve um movimento especulativo no final da manhã, com o BCE e, sobretudo, pela compra de importadores, que aproveitaram o preço baixo. Agora, a moeda voltou à trajetória esperada — comentou o operador da Spinelli, José Carlos Amado, referindo-se ao Banco Central Europeu.

Em entrevista depois do encontro de política monetária, o presidente do BCE, Mario Draghi, disse que não foi discutido aumentar os estímulos monetários na reunião desta manhã, o que ajudou a pressionar pontualmente a moeda norte-americana. A queda do dólar era influenciada pela perspectiva de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, não deve elevar os juros da maior economia do mundo tão cedo, mantendo a atratividade aos investidores globais de outros mercados que oferecem maiores rendimentos, como o Brasil.

Na véspera, o Fed divulgou seu Livro Bege e informou que a economia dos Estados Unidos expandiu a um ritmo modesto em julho e agosto, mas que havia poucos sinais de que as pressões salariais estão sendo sentidas além dos postos de trabalho altamente qualificados. Durante a manhã, foi divulgado que o número de norte-americanos que entraram com pedidos de auxílio-desemprego caiu inesperadamente na semana passada, indicando força sustentada do mercado de trabalho, mesmo com o ritmo de crescimento desacelerando.

Ajudava ainda o fato de as importações dos chineses terem crescido em agosto, pela primeira vez em 22 meses, sugerindo que a demanda doméstica pode estar se recuperando, alimentando expectativas de melhor desempenho da economia global.
No fronte interno, a queda da moeda norte-americana ante o real também era favorecida pela notícia de que o governo de Michel Temer vai encaminhar a proposta de reforma da Previdência até o final do mês, antes das eleições municipais, considerada um dos principais pontos para colocar as contas públicas do país em ordem.

Por outro lado, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), avaliou como “inócua” a proposta, segundo o jornal O Estado de S.Paulo, argumentando que ela somente dar entrada na Casa no início de outubro mesmo. O Banco Central realizou nesta manhã nova oferta de até 10 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares.

Volta do feriado

Na véspera, durante uma sessão marcada pela volta das negociações internacionais, após um feriado nos Estados Unidos, a moeda norte-americana teve a maior queda em mais de três meses e voltou a aproximar-se de R$ 3,20. O dólar comercial encerrou a terça-feira vendido a R$ 3,208, com queda de R$ 0,074 (-2,26%). A cotação fechou no menor valor desde 22 de agosto (R$ 3,202).

O recuo de quase R$ 0,08 foi o maior em um único dia desde 28 de junho, quando a cotação tinha caído R$ 0,089. A moeda iniciou a sessão vendida próxima da estabilidade, mas passou a cair a partir das 10h, até fechar próximo da mínima do dia. A divisa acumula queda de 1,27% em setembro e recuo de 18,7% em 2016.

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