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Dólar sobe mas volume de negócios permanece baixo

30 de Agosto de 2016, 12:13 , por Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Operadores não descartavam a possibilidade de novas ondas de volatilidade do dólar, reflexo da liquidez reduzida e da briga pela Ptax de agosto

 

Por Redação – de São Paulo

 

O dólar subia frente ao real nesta terça-feira, em mais uma sessão de baixo volume de negócios enquanto investidores aguardavam o desfecho do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff e novas pistas sobre quando o Federal Reserve, banco central norte-americano, voltará a elevar os juros.

dólar

O dólar futuro caía na abertura do pregão desta terça-feira, apesar da intervenção do BC

Operadores não descartavam a possibilidade de novas ondas de volatilidade, reflexo da liquidez reduzida e da briga pela Ptax de agosto, taxa calculada pelo Banco Central que serve de referência para diversos contratos cambiais. Às 10:41, o dólar avançava 0,66%, a 3,2537 reais na venda, após recuar 1,21% na véspera. O dólar futuro subia cerca de 0,7% nesta manhã.

— Essa maratona do impeachment está chegando ao fim e o mercado mal pode esperar. Está na hora de virar a página — disse o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira, a jornalistas.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, disse nesta terça-feira que acredita que a votação final do impeachment ficará para quarta-feira. Operadores dão como certo o afastamento definitivo de Dilma. O foco agora se volta para os planos de ajuste fiscal do presidente interino Michel Temer, que vem enfrentando dificuldades para angariar apoio no Congresso Nacional. Muitos operadores esperam ver prova de força política.

“A trégua da dúvida acabou e agora o governo tem que mostrar a que veio”, escreveu o superintendente regional de câmbio da corretora SLW, em nota a clientes, João Paulo de Gracia Corrêa.

No cenário externo, dúvidas sobre quando o Fed voltará a elevar os juros mantinham alguma pressão sobre o apetite por ativos de risco. O vice-chair do Fed, Stanley Fischer, afirmou nesta terça-feira que o mercado de trabalho dos EUA está perto do pleno emprego e o ritmo de aumento dos juros vai depender da saúde da economia. Ele não fez comentários sobre quando uma elevação poderia ocorrer.

Na semana passada, Fischer havia dito que o discurso recente da chair do Fed, Janet Yellen, era “consistente” com a possibilidade de aumento de juros em setembro. As declarações elevaram o dólar globalmente, já que eventual aperto monetário nos EUA reduz a atratividade de outros mercados. Nesta manhã, o BC vendeu novamente a oferta total de até 10 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares.

Inflação dos aluguéis

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), utilizado no reajuste dos contratos de aluguél, desacelerou a alta a 0,15% em agosto, após subir 0,18% em julho, com a manutenção da estabilidade nos preços no atacado, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgados nesta terça-feira. O dado ficou em linha com a expectativa em pesquisa da agência inglesa de notícias Reuters de avanço de 0,15% na mediana das projeções.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, teve leve variação positiva de 0,04% em agosto, após leve baixa de 0,01% em julho. Neste grupo, destacou a FGV, o índice relativo aos Bens Finais subiu 0,15% em agosto, após alta de 1,41% em julho. Contribuiu para a desaceleração o subgrupo alimentos processados, cujos preços subiram 0,27% neste mês, sobre 3% antes.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30% no IGP-M, avançou 0,40% no mês, após alta de 0,29% em julho. O destaque, segundo a FGV, foi a alta de 0,66% nos preços de alimentação, após avanço de 0,44% no mês anterior. Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,26% em agosto, desacelerando após a alta de 1,09% no mês anterior.
O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel de imóveis.

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Fonte: http://www.correiodobrasil.com.br/dolar-sobe-mas-volume-de-negocios-permanece-baixo/

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