Ir para o conteúdo

Correio do Brasil

Voltar a CdB
Tela cheia Sugerir um artigo

É a nossa vez

24 de Junho de 2017, 14:13 , por Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
Visualizado 35 vezes

Férias, décimo-terceiro e horas extras poderão cair por terra em negociações esdrúxulas e subterrâneas

Por Jandira Feghali – do Rio de Janeiro:

A derrota da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal abre um novo momento para as forças do campo progressista e de esquerda deste país. Ao enterrar o relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB/ES) e aprovar o relatório com parecer pela rejeição do senador Paulo Paim (PT/RS), o colegiado do Senado responde aos diversos protestos espalhados Brasil a fora contra a perda de direitos históricos e reforça o enfraquecimento óbvio de um governo sem ética e escrúpulos. Sua derrota também mostra a divisão e fragilidade da base aliada, mostrando um presidente enfraquecido também politicamente.

A reforma trabalhista não passa de uma encomenda diabólica do mercado no pós-golpe

A proposta do Governo, como se sabe, é um escândalo. Mexe em mais de 100 artigos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). E estabelece um novo padrão para o mercado de trabalho. Onde o patrão ditará as regras.

Férias, décimo-terceiro e horas extras poderão cair por terra em negociações esdrúxulas e subterrâneas. Às sombras da proteção do direito do trabalho. Forçando trabalhadores a perderem benefícios em troca da garantia de seu emprego.

A reforma trabalhista não passa de uma encomenda diabólica do mercado no pós-golpe para ampliar seu lucro em detrimento do esforço de milhões de brasileiros.

Combate ao desemprego

O combate ao desemprego não se deve dar no campo da diminuição de benefícios do empregado. Mas no fortalecimento da economia e geração de oportunidades. O campo brasileiro é vasto. Mas falta competência aos “cabeças de planilha” para lutar contra a crise que nosso país vive.

Temer sabe que precisa aprovar as reformas do mercado para ficar no poder, mas jaz à míngua de popularidade (apenas 3% aprovam seu governo) e rodeado de acusações com provas de crimes contra a pátria brasileira.

Tenta se esquivar das denúncias do empresário Joesley Batista, mas cada vez mais se vê envolto a um passado de extrema comunhão com o dono da JBS. Como negar a reunião às 23h da noite no subterrâneo do Palácio do Jaburu ou as constantes viagens no jatinho da JBS? Aponta o dedo para aquele que sempre o serviu em conversas nada republicanas.

Derrota da reforma trabalhista

A derrota da reforma trabalhista é uma lufada de ar fresco neste momento. Ainda que possa continuar tramitando no Senado, sua queda na CAS reforça a luta popular nas ruas e a greve geral indicada pelas centrais trabalhistas no próximo dia 30.

Dá energia aos movimentos sociais e populares na busca de derrotar de uma vez por todas a reforma que subtrai direitos. Nos próximos dias, aeroportos serão tomados pelos trabalhadores e o Senado terá uma vigília por parte de sindicalistas. A pressão será máxima contra Temer e seus aliados. É a nossa vez.

Jandira Feghali, é médica, deputada federal (PCdoB/RJ) e vice-líder da oposição.

O post É a nossa vez apareceu primeiro em Jornal Correio do Brasil.


Fonte: http://www.correiodobrasil.com.br/e-nossa-vez/

Rede Correio do Brasil

Mais Notícias