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Em nova pesquisa, apoio a Temer é reduzido a níveis abaixo da ditadura

27 de Julho de 2017, 14:20 , por Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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O presidente de facto, Michel Temer, segundo pesquisa do Ibope, tem níveis de popularidade abaixo dos generais da ditadura militar

 

Por Redação – de São Paulo

 

A popularidade do presidente Michel Temer sofreu uma forte queda em julho e chegou ao patamar mais baixo da série histórica do Ibope. O estudo mostra, nesta quinta-feira, na pesquisa encomendada ao instituto pela CNI, que a popularidade de Temer é pior do que aquela dos ditadores, no início da década de 80 do século passado. A crise econômica e à turbulência política após a delação da JBS envolvendo o peemedebista foram fatais.

A avaliação negativa do governo disparou para 70% em julho, ante 55% em março. Já a desaprovação à maneira de governar subiu para 83% contra 73% no levantamento passado. Apenas 5% consideram o governo ótimo ou bom, queda ante os 10% de março. Aqueles que consideram o governo regular somaram 21%, contra 31%.

— Ainda existe um peso muito forte da crise econômica na avaliação do governo. Certamente as denúncias que surgiram com o caso JBS afetaram a popularidade do governo — disse o gerente-executivo da Unidade de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca.

Morte política

Ainda segundo a observação de um analista político ouvido pela reportagem do Correio do Brasil, esses números impactam na decisão que os parlamentares precisarão tomar, no início de Agosto. Com níveis tão altos de reprovação pública, aquele deputado que, ao microfone no Plenário da Câmara, votar contra a autorização para o Supremo Tribunal Federal (STF) investigar Temer nos crimes de que é acusado, “estará assinando uma sentença de morte política”, afirmou.

Temer é alvo de denúncia oferecida no final de junho pela Procuradoria-Geral da República pelo crime de corrupção passiva a partir de delação de executivos do grupo J&F, que controla a JBS.

— Uma intensificação da crise política junto com a crise econômica gera um quadro de uma popularidade muito baixa desse governo — segue Fonseca.

Desemprego

A avaliação do governo caiu em todas as áreas de atuação, mas o pior resultado se deu na política tributária, pesar de a sondagem ter sido realizada antes do recente aumento no PIS-Cofins sobre combustíveis – 87% desaprovam a política de impostos do governo.

— O governo deve apostar suas fichas na recuperação econômica. Teve a redução de juros novamente ontem pelo Banco Central, a economia vai começar a responder a esses juros menores e à medida que a população perceber efetivamente que o emprego voltar a crescer, que a renda deixar de ser reduzida pela inflação, vai começar a mudar os índices de popularidade do governo — acredita Fonseca.

Desconfiança

A pesquisa aponta, ainda, que 87% dos entrevistados não confiam no presidente; ante 79% na sondagem anterior. Ao mesmo tempo, apenas 10% disseram confiar em Temer, queda sobre os 17% de março.

Os dados sobre as perspectivas para o governo também não são favoráveis a Temer. Para 65% o restante do governo será ruim ou péssimo, enquanto apenas 9% acreditam que será ótimo ou bom.

Os dados trazidos pela pesquisa apontam que Temer atingiu numericamente o patamar mais baixo de aprovação da série histórica do Ibope. A avaliação positiva do governo (ótimo/bom) de 5% do atual governo fica tecnicamente empatada com os 7% apurados em junho e julho de 1989, no governo do ex-presidente José Sarney.

Pior do que Dilma

Ao mesmo tempo, a avaliação negativa do governo Temer, de 70%, é semelhante àquela no final do governo Dilma Rousseff. Ela bateu os 70% de desaprovação em dezembro de 2015 e 69% em março de 2016.

O levantamento CNI/Ibope mostra ainda um descolamento na comparação entre o governo Temer e o anterior. Para 52% dos entrevistados o atual governo está sendo pior que o governo Dilma, contra 41% em março. Agora, 35% consideram este governo igual ao anterior; quando em março eram 38%. Apenas 11% o consideram melhor, ante 18% na pesquisa anterior.

A pesquisa ouviu 2 mil pessoas em 125 municípios entre 13 e 16 de julho. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.

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Fonte: http://www.correiodobrasil.com.br/pesquisa-temer-reduzido-niveis-abaixo-ditadura/

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