Meyer foi chamado de volta a Brasília após ter sido alvo de uma humilhação pública feita pelo chanceler israelense, Israel Katz. A crise nas relações bilaterais, a pior na história dos dois países, teve início com a forte desaprovação do governo brasileiro à campanha militar de Israel na Faixa de Gaza, lançada em 7 de outubro do ano passado, após os ataques do grupo palestino Hamas ao território israelense.
Por Redação – de Brasília
Assessor-chefe da Assessoria Especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o diplomata Celso Amorim disse, nesta sexta-feira, que o embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer, que foi convocado de volta em meio a um atrito diplomático entre os dois países em fevereiro, não retornará ao posto em Tel Aviv.
O embaixador Frederico Meyer voltou a Tel Aviv, nesta sexta-feira, onde mora com a família. Mas não reasumirá o posto, que permanecerá vago— Não havia alternativa. Nosso embaixador foi humilhado. Acho que ele não volta. Se vai outro eu não sei, mas ele não volta. Ele foi humilhado pessoalmente e, com isso, o Brasil é que foi humilhado. A intenção foi humilhar o Brasil — disse Amorim nesta manhã, em Pequim, onde se encontra em missão oficial.
Meyer foi chamado de volta a Brasília após ter sido alvo de uma humilhação pública feita pelo chanceler israelense, Israel Katz. A crise nas relações bilaterais, a pior na história dos dois países, teve início com a forte desaprovação do governo brasileiro à campanha militar de Israel na Faixa de Gaza, lançada em 7 de outubro do ano passado, após os ataques do grupo palestino Hamas ao território israelense.
Genocídio
A situação agravou-se, no entanto, quando o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante uma viagem à Etiópia, comparou a ação militar de Israel ao extermínio de judeus pela Alemanha nazista. Desde então, as Forças de Defesa de Israel (IDF) passaram a promover um verdadeiro genocídio palestino, deixando mais de 34 mil mortos em Gaza.
O presidente Lula tem se destacado como a principal voz no mundo a se erguer contra o genocídio perpetrado pelo governo de Benjamin Netanyahu contra o povo palestino. Desde o 7 de outubro, Netanyahu já comandou o assassinato de quase 35 mil palestinos.