Meyer foi chamado de volta a Brasília após ter sido alvo de uma humilhação pública feita pelo chanceler israelense, Israel Katz. A crise nas relações bilaterais, a pior na história dos dois países, teve início com a forte desaprovação do governo brasileiro à campanha militar de Israel na Faixa de Gaza, lançada em 7 de outubro do ano passado, após os ataques do grupo palestino Hamas ao território israelense.
Por Redação – de Brasília
Assessor-chefe da Assessoria Especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o diplomata Celso Amorim disse, nesta sexta-feira, que o embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer, que foi convocado de volta em meio a um atrito diplomático entre os dois países em fevereiro, não retornará ao posto em Tel Aviv.
![Frederico Meyer](https://www.correiodobrasil.com.br/wp-content/uploads/2024/05/frederico-meyer.jpg)
— Não havia alternativa. Nosso embaixador foi humilhado. Acho que ele não volta. Se vai outro eu não sei, mas ele não volta. Ele foi humilhado pessoalmente e, com isso, o Brasil é que foi humilhado. A intenção foi humilhar o Brasil — disse Amorim nesta manhã, em Pequim, onde se encontra em missão oficial.
Meyer foi chamado de volta a Brasília após ter sido alvo de uma humilhação pública feita pelo chanceler israelense, Israel Katz. A crise nas relações bilaterais, a pior na história dos dois países, teve início com a forte desaprovação do governo brasileiro à campanha militar de Israel na Faixa de Gaza, lançada em 7 de outubro do ano passado, após os ataques do grupo palestino Hamas ao território israelense.
Genocídio
A situação agravou-se, no entanto, quando o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante uma viagem à Etiópia, comparou a ação militar de Israel ao extermínio de judeus pela Alemanha nazista. Desde então, as Forças de Defesa de Israel (IDF) passaram a promover um verdadeiro genocídio palestino, deixando mais de 34 mil mortos em Gaza.
O presidente Lula tem se destacado como a principal voz no mundo a se erguer contra o genocídio perpetrado pelo governo de Benjamin Netanyahu contra o povo palestino. Desde o 7 de outubro, Netanyahu já comandou o assassinato de quase 35 mil palestinos.