Go to the content

Correio do Brasil

Go back to CdB
Full screen Suggest an article

Endividamento das famílias brasileiras registra nova queda

December 4, 2023 18:40 , by Correio do Brasil - | No one following this article yet.
Viewed 31 times

Em meio a uma trajetória decrescente, o índice de famílias inadimplentes também apresentou redução em novembro, tanto em relação ao mês anterior, outubro, quanto em comparação ao mesmo período do ano passado.

Por Redação, com Bloomberg – de São Paulo

O volume de 76,6% das famílias brasileiras têm dívidas a vencer (cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado e prestações de carro e casa), no mês de novembro, registrando queda de 0,5% no número de endividados, comparado ao mês anterior. Os números são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O desempenho da economia brasileira pode ser mensurado nos movimentos do Tesouro NacionalAs negociações entre bancos e clientes têm ajudado a reduzir o nível de endividamento da população

Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a segurança financeira dos consumidores advém da melhora das condições econômicas do País.

— O progresso do mercado de trabalho, mesmo em menor escala, com a maior contratação esperada neste período de fim de ano, vem favorecendo os orçamentos domésticos, indicando que menos pessoas estão recorrendo ao crédito, pois estão conseguindo arcar com as dívidas correntes — afirmou Tadros.

 

Desenrola

Em meio a uma trajetória decrescente, o índice de famílias inadimplentes também apresentou redução em novembro, tanto em relação ao mês anterior, outubro, quanto em comparação ao mesmo período do ano passado.

— O percentual alcançou 29%, representando o menor patamar desde junho de 2022. O número de pessoas que afirmaram não ter condições de pagar dívidas de meses anteriores recuou para 12,5%, mas continua superior ao nível de novembro do ano passado. A queda, embora ainda pequena, traz um importante indício de eficácia do programa Desenrola — explicou o economista-chefe da CNC e responsável pela pesquisa, Felipe Tavares.

Embora tenha havido redução do número geral de endividados, a faixa de renda média (5-10 salários mínimos) registrou um aumento do volume de pessoas endividadas, voltando aos níveis observados em novembro de 2022.

 

Em atraso

Ainda assim, a maioria desses consumidores (35%) considera-se “pouco endividada”. No entanto, esse grupo também apresentou o quarto aumento consecutivo do número de dívidas em atraso, atingindo o nível mais alto da série histórica, com 24,2%. Embora a proporção dos que afirmam não ter condições de pagar dívidas atrasadas tenha diminuído na maioria dos grupos, ela permanece acima do resultado do ano anterior em todos eles.

— No que diz respeito aos consumidores de baixa renda (0-3 SM), estes apresentam o maior percentual de dívidas em atraso, atingindo 36,6%, e são aqueles com maior probabilidade de não conseguir arcar com essas dívidas, representando 17,2%. Agravando a situação de inadimplência, esses consumidores têm uma alta dependência de dívidas, comprometendo 31,9% de sua renda — analisa Tavares.

O cartão de crédito, ainda segundo o levantamento, permanece como o ativo mais utilizado entre os endividados, representando 87,7% do total de devedores, com um aumento significativo em relação ao mesmo período do ano anterior.

 

Mulheres

Em um ano, a proporção de consumidores endividados diminuiu nos dois grupos de gênero, mas, entre as mulheres, a queda foi mais intensa (-3,4 p.p.) comparada aos homens (-1,5p.p.).

Comparado ao mês de outubro, o volume de mulheres endividadas manteve a tendência de queda, enquanto o endividamento entre o público masculino teve ligeiro aumento (0,4 p.p.). Dados da Peic também registram que mais mulheres reportam dificuldades de quitar todas as dívidas em dia (30,1%) do que homens (28%).


Source: https://www.correiodobrasil.com.br/endividamento-familias-brasileiras-registra-queda/

Rede Correio do Brasil

Mais Notícias