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Escolhas de assessores envolvidos na Lava Jato comprometem Temer

3 de Março de 2017, 14:46 , por Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Padilha pede para prorrogar licença e Aloysio Nunes responde como réu a inquérito na Corte Suprema que investiga diversas práticas criminosas no âmbito da Operação Lava Jato

 

Por Redação – de Brasília

 

Chefe da Casa Civil licenciado, o ex-deputado Eliseu Padilha, sem foro privilegiado, quer se manter distante do seu escritório, no Palácio do Planalto. Ele segue internado após uma cirurgia na próstata, no Hospital Moinhos de Vento, na capital gaúcha. Padilha apresentou um atestado médico por obstrução urinária, emitido no último dia 20.



Sem previsão de alta, assessores do ministro informaram que ele passa bem e pretende retornar ao trabalho na segunda-feira, caso seja liberado pelos médicos. Observadores da cena política, no entanto, consideram como certo o adiamento na sua volta ao trabalho. Nem tanto pelas condições de saúde e mais por sua exposição pública, após citado no depoimento do empresário José Yunes. O amigo pessoal do presidente de facto, Michel Temer, acusou-o de receptação de propina.

Segundo boletim médico divulgado nesta sexta-feira, Padilha “encontra-se com boa evolução do quadro de saúde, recuperando-se adequadamente do procedimento urológico cirúrgico realizado no dia 27 de fevereiro”. Em setembro, o ministro, que tem 71 anos, recebeu atendimento médico após um pico de pressão arterial.

Ex-comunista

Aloysio Cunha

Através de assessoria, Nunes negou o recebimento de dinheiro de caixa 2, proveniente da Lava Jato

Aparentemente bem de saúde, o ex-comunista Aloysio Nunes, hoje senador do PSDB paulista, poderá ser afastado do cargo de chanceler do governo instituído após o golpe de Estado, em curso. Nunes é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de crime eleitoral, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

O ex-motorista do guerrilheiro Carlos Marighella foi convidado para o cargo na quinta-feira, e aceitou a missão. Ele ocupará, não se sabe ainda por quanto tempo, a vaga deixada por José Serra, que pediu demissão alegando fortes dores na coluna. Historiadores investigam se Nunes estava infiltrado pela agência norte-americana de inteligência (CIA, na sigla em inglês), na ação que culminou na morte de Marighella, em São Paulo, durante a ditadura civil-militar instaurada em 1º de Abril de 1964.

Atualmente, Nunes responde à investigação no STF desde setembro de 2015. Citado no processo da lavra do ministro Celso de Mello, foi citado na delação premiada do empreiteiro Ricardo Pessoa, da empreiteira UTC. Segundo Pessoa, Nunes recebeu da construtora R$ 300 mil de forma oficial e outros R$ 200 mil em dinheiro do caixa 2, na campanha ao Senado, em 2010. O dinheiro seria oriundo de propina paga para favorecer contratos entre a empreiteira e a Petrobras.

Explosivo

Segundo o pedido assinado por Rodrigo Janot, procurador-Geral da República, para a abertura da investigação, Nunes estaria mais complicado ainda. Apesar de o testemunho de Pessoa estar relacionado à Operação Lava Jato, os “fatos criminosos” atribuídos ao senador tucano estariam ligados a fraudes diversas.

Questionado sobre outras práticas delituosas, durante tentativa de entrevista efetuada por Rodrigo Pilha, blogueiro e ativista digital, em Brasília, Nunes quis partir para as vias de fato. Foi impedido por seus seguranças, após dirigir uma série de impropérios ao repórter.

Assista à reação de Aloysio Nunes:

 

Este fato apenas comprova o temperamento explosivo do senador tucano, escolhido por Temer para a condução da política externa brasileira. O fato preocupa muitos diplomatas do Itamaraty. Como presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Aloysio também ganhou fama pelo tom destemperado de suas manifestações.

Alinhado

Diplomatas de alto escalão, ouvidos por um dos diários conservadores paulistanos, “preferiam a chamada ‘solução externa’ para o cargo”. O governo Temer já encerra um caráter de provisoriedade – acaba em pouco mais de um ano e meio.

Nunes tende a manter a linha de Serra. Este último promoveu a reorientação que afastou o Brasil dos governos de esquerda na América Latina. Apoia a expulsão do Mercosul, na prática, da Venezuela e alinha, integralmente, o país à linha imperialista de Washington.

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Fonte: http://www.correiodobrasil.com.br/escolhas-assessores-envolvidos-lava-jato-comprometem-temer/

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