Por Redação, com agências internacionais – de Ginina, Eslovênia/Sydney:
Para controlar a chegada de refugiados, a Eslovênia começou nesta quarta-feira a colocar arame farpado na fronteira com a Croácia, um dia depois de o primeiro-ministro ter anunciado a intenção de implantar “barreiras técnicas”.
O chefe do governo, Miro Cerar, explicou que a medida foi tomada diante da perspectiva de chegada de 30 mil pessoas nos próximos dias e visa a “dirigir os migrantes para os postos fronteiriços”. Ele assegurou, no entanto, que as fronteiras eslovenas vão se manter abertas.
Segundo um repórter fotográfico da agência France Press no local, militares foram destacados para a região de Gibina (no Nordeste) e começaram nesta quarta a instalar rolos de arame farpado.
De acordo com a imprensa eslovena, ações semelhantes começaram nesta quarta-feira em outros pontos dos cerca de 670 quilômetros de fronteira entre os dois países, principalmente em Brezice, um dos principais locais de passagem de imigrantes, por onde transitaram mais de 171 mil pessoas desde meados de outubro rumo ao Norte da Europa.
Imigração
Pelo menos 14 pessoas morreram e outras 27 foram resgatadas por autoridades turcas após o barco em que estavam naufragar a caminho da ilha grega de Lesbos, segundo reportagem da agência de notícias Dogan nesta quarta-feira.
Dezenas de milhares de imigrantes têm realizado a perigosa travessia da Turquia para a Europa nos últimos meses, muitos fugindo dos conflitos no Oriente Médio. O início do inverno teve pouco impacto na contenção do fluxo de imigrantes até o momento.
Crianças estão entre os mortos do barco de madeira que naufragou na faixa de 8 quilômetros de água que separa Lesbos da costa Turca, relatou a agência. A guarda costeira turca não estava imediatamente disponível para comentários.
Líderes europeus e africanos estão agendados para se encontrarem nesta quarta-feira em Malta para discutir sobre a questão migratória, com a União Europeia esperançosa de que as promessas de dinheiro para alguns dos países mais pobres irá desencorajar outras pessoas de fazerem a travessia.
A União Europeia espera uma batalha na cúpula de líderes mundiais na Turquia, no domingo, para ter a crise migratória reconhecida como um problema global e que necessita uma resposta global, disse uma autoridade da UE na terça-feira.
Acampamento australiano
Autoridades australianas recuperaram o controle de um polêmico centro de detenção de imigrantes, disseram altos funcionários na terça-feira, após a morte de um requerente de asilo ter provocado tumultos que causaram pelo menos cinco feridos e danos generalizados.
As autoridades enviaram reforços emergenciais, depois que os revoltosos derrubaram cercas e provocaram incêndios no centro localizado em um posto avançado australiano nas remotas Ilhas Christmas, obrigando os guardas a abandonar as instalações e permitindo o acesso dos presos a detentos vulneráveis.
Os requerentes de asilo são um assunto político quente na Austrália, onde os sucessivos governos se comprometeram a impedi-los de chegar ao continente, enviando os interceptados em embarcações inseguras para acampamentos nas Ilhas Christmas e, mais recentemente, para a Ilha Manus, em Papua Nova Guiné, e Nauru, no Pacífico Sul.
As Ilhas Christmas separam os detentos que procuram asilo político, muitos dos quais fugiram de regiões devastadas pela guerra no Oriente Médio e na Ásia, dos estrangeiros que estão prestes a ser deportados por vários crimes.
O ministro da Imigração australiano, Peter Dutton, disse a jornalistas que a operação para recuperar o controle do centro havia enfrentado alguma resistência, mas isso se deveu principalmente aos detentos criminosos violentos.