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Esquerda dividida abre caminho ao que há de mais retrógrado no país

septiembre 24, 2016 16:40 , por Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Diante da possibilidade real de perder a administração dos maiores centros urbanos do país, multiplicam-se as mensagens pela união da esquerda

 

Por Redação, com agências de notícias e ACSs – de Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo

 

A divisão das forças de esquerda proporcionou, nas eleições municipais que se aproximam, a rápida ascensão dos candidatos mais conservadores. Nas principais capitais do país, os partidos que integram o campo da direita lideram a disputa. O quadro mais emblemático encontra-se em São Paulo, onde o prefeito Fernando Haddad (PT) estaria fora do segundo turno, segundo as últimas pesquisas eleitorais.

Lula e Jandira encontraram-se, pela manhã, pouco antes do ato público em Niterói

Lula e Jandira têm tido sucesso na campanha â prefeitura do Rio e é chamada a unificar a esquerda

No Rio, o candidato conservador e ligado à Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), Marcelo Crivella (PRB), ganha um fôlego renovado. Ele lidera nas últimas aferições junto ao eleitor com 30%, seguido de longe por uma disputa entre os dois polos. Marcelo Freixo (PSOL) e Pedro Paulo (PMDB) seguem rigorosamente empatados, cada um com 10%. Mas o quadro permanece emaranhado. Jandira Feghali (PCdoB), está distante apenas um ponto percentual da disputa para o segundo escrutínio, marcado para 30 de Outubro.

Em Porto Alegre, o panorama é idêntico. Pesquisa conhecida na noite passada mostra o atual vice-prefeito da Capital, Sebastião Melo (PMDB), em primeiro lugar, com 29% das intenções de voto. Em segundo, aparecem Raul Pont (PT) e Nelson Marchezan Jr. (PSDB) com 17%. A candidata Luciana Genro (PSOL) surge com 12%.

Fábio Ostermann (PSL), Marcello Chiodo (PV) e Júlio Flores (PSTU) aparecem com 1% e João Carlos Rodrigues (PMN), 0%. Brancos e nulos somam 11% e indecisos (ou que não responderam), 4%. A pesquisa ouviu 800 pessoas, no período entre 22 e 23 de setembro, e tem margem de erro de 3 pontos percentuais.

Frente de esquerda

Diante da possibilidade real de perder a administração dos maiores centros urbanos do país, multiplicam-se as mensagens pela união das esquerdas. A começar pela jornalista Cynara Menezes, editora do blog Socialista Morena, o apelo de amplos setores da esquerda brasileira segue no sentido de uma integração imediata entre os candidatos. Assista ao vídeo, a seguir:

Outro jornalista, também de esquerda e integrante do PSOL, no Rio de Janeiro, Cid Benjamin publicou, em uma rede social, uma nota de alerta. Ele aponta para o risco de uma derrota para o “fundamentalismo religioso da Idade Média”. Ou o “gangsterismo de Chicago dos anos 30, representado pelo PMDB”.

Leia, a seguir, o comentário de Benjamin:

O quadro no Rio começa a se definir

A pouco mais de uma semana do primeiro turno da eleição, a nova pesquisa do IBPS, ligado à Uerj (…), mostra que o quadro está se delineando no Rio. Ela mostra Crivella na frente, com 30%, e Freixo e Pedro Paulo em segundo lugar, com 10%.

Três pontos percentuais abaixo, vem Jandira, com 7%, seguida de Bolsonaro e Indio (6%) e Osório (4%). Fecham a corrida Molon e Carmen Migueles, com 1%, e Cyro e Telma, que não pontuaram.

Tudo caminha para uma disputa acirrada entre Freixo e Pedro Paulo nesta última semana para ver quem vai para o segundo turno. Ou seja, corremos o risco de ter, tal como na última eleição para o governo do Estado, uma disputa entre o gangsterismo de Chicago dos anos 30, representado pelo PMDB. E o fundamentalismo religioso da Idade Média, representado pela Igreja Universal e seus aliados.

A não ser que Freixo vença a disputa com Pedro Paulo e vá para o segundo turno. É hora de os progressistas pensarem nisso.

Divisão interna

Embora a situação entre os candidatos conservadores seja mais amena, um terço dos integrantes da cúpula tucana deixou, coletivamente, os cargos que ocupavam na Executiva Municipal da sigla. O boicote à candidatura de Doria Júnior à prefeitura paulistana ocorreu durante reunião, na noite desta sexta-feira.

A decisão dos sete dirigentes da sigla foi comunicada oficialmente em manifesto divulgado nesta manhã. Deixaram a direção do partido a secretária-geral, Rita de Cássia Sanches, e o tesoureiro tucano, Gláucio Lima Franca – segundo e terceiro cargos mais importantes do diretório.

O manifesto cita quadros históricos, como Mário Covas e Tancredo Neves, e diz não aceitar que valores dos “fundadores” sejam relegados “para servir ao falso novo”.

“Somos forçados, neste momento, quando deseja nos representar alguém que simboliza tudo contra o que lutamos desde a nossa fundação, a dizer não a esta candidatura”, afirmam no texto.

Zuzinha

O texto critica, ainda, a “intervenção do diretório estadual”, controlado por aliados do governador Geraldo Alckmin (PSDB), padrinho de Doria. O governador teria impedido a apuração das queixas de abuso de poder político, econômico, de propaganda irregular.

“Aprendemos com Mário Covas que ‘lealdade é um valor praticado entre companheiros’ (…) Por esse conjunto de valores, não podemos votar em Doria”, diz o manifesto.

Presidente do PSDB municipal, Mário Covas Neto, o Zuzinha, lamentou o episódio. Ele ressaltou, especialmente, a perda de Rita de Cássia e Gláucio, que teriam “trabalhado com dedicação, apesar de darem sinais claros de apoio a Matarazzo”.

— De certa forma, fico aliviado. Há queixas contra a conduta deles. Espero que sirva de exemplo. Os que não estão felizes, saiam e procurem um lugar em que fiquem bem. O nosso candidato lidera as pesquisas, vai vencer as eleições. E estão contestando? Ele não precisa lidar com isso — concluiu.

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Origen: http://www.correiodobrasil.com.br/esquerda-dividida-abre-caminho-ao-que-ha-de-mais-retrogrado-no-pais/

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