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Estudantes ocupam prédio da reitoria da UniRio

November 4, 2016 14:37 , by Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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O grupo protesta contra a PEC 241, que fixa um teto para os gastos do governo federal pelos próximos 20 anos. Eles também lutam contra a reforma do ensino médio e contra o projeto Escola sem Partido

Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro:

Cerca de 70 estudantes da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio) estão ocupando o prédio da reitoria da instituição desde a noite anterior. O grupo protesta contra a PEC 241, que fixa um teto para os gastos do governo federal pelos próximos 20 anos. Eles também lutam contra a reforma do ensino médio e contra o projeto Escola sem Partido.

Cerca de 70 estudantes da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio) estão ocupando o prédio da reitoria da instituição desde a noite anterior

Cerca de 70 estudantes da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio) estão ocupando o prédio da reitoria da instituição desde a noite anterior

Um estudante da instituição, que preferiu não se identificar. Ela contou que a decisão de ocupar somente a reitoria se deu pelo fato de outras áreas da universidade serem locais de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

– Tudo isso foi muito bem pensado e estruturado para que não afetasse nesse ponto. Estamos lutando justamente contra essa série de desmandos que enfraquecem nossa educação .Então qual seria a coerência de atrapalhar estudantes que estão buscando um futuro melhor? A nossa luta é justamente por melhorias. Nenhum estudante será prejudicado pela ocupação – disse.

De acordo com o aluno, por mais que alguns estudantes da instituição estejam contra o movimento. A própria reitoria, que está ocupada, já costura um apoio com o movimento. “Essa articulação de quem não quer a ocupação. Soa mais como falta de entendimento acerca das nossas motivações do que discordância. Pois quando realizamos as assembleias nenhum presente se mostrou contra o movimento. Ou seja, quem hoje critica e nos ameaça não esteve presente quando deveria.

A reitoria já se mostrou do nosso lado, temos esse entendimento com eles. Falta apenas o anúncio formal da parte deles. Isso demonstra que nossa luta é legítima”.

O Rio de Janeiro conta, atualmente, com 11 locais de prova do Enem ocupados. Desses, nove correspondem ao tradicional Colégio Pedro II. Além desses, alguns prédios da Universidade Federal Fluminense em Rio das Ostras, na Região dos Lagos. E um bloco do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro. Em Duque de Caxias, aderiram ao movimento.

Colégio Pedro II

Os servidores do Colégio Pedro II, escola federal no Rio de Janeiro que tem 14 campi e 13 mil alunos. Decidiram manter a greve iniciada no dia 28 do mês passado. A paralisação ocorre em protesto contra a Medida Provisória do Ensino Médio.

O projeto de lei que institui a escola sem partido e a PEC do Teto de Gastos, que tramita no Senado como Proposta de Emenda à Constituição 55/2016 (antiga PEC 241 na Câmara).

– A gente entende que esses três elementos fortalecem a nossa mobilização. E é por isso que paramos. É uma greve que, em grande medida, tem um conteúdo ético, está preocupada com os caminhos que a política brasileira está tomando nesse momento – disse o integrante do comando de greve e professor de história do campus de São Cristóvão III Alexandre Samis.

A assembleia também decidiu que o sindicato da categoria (Sindscope) não deve entregar ao Ministério Público Federal a lista de sindicalizados especificando quem é professor e quem é técnico.

Órgão

Conforme pedido feito pelo órgão no começo de outubro. Como parte da recomendação que determinou a retirada de cartazes com os dizeres “Fora Temer” das grades do colégio. Três diretores do Sindscope tiveram que prestar esclarecimentos ao MPF. Por causa do episódio, o que a categoria considera desrespeito à autonomia sindical.

Apesar da greve, o professor Samis disse que as escolas ocupadas estão tendo atividades, entre elas aulões para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o que, segundo ele, não acontecia em outras greves e paralisações.

Após reunião com os alunos e com o reitor do Colégio Pedro II na última terça-feira (1º), a Defensoria Pública da União no Rio de Janeiro (DPU/RJ) recomendou ao MEC a retomada do diálogo com os estudantes das ocupações.

– Os defensores públicos federais constataram que os alunos estavam abertos à negociação com o Ministério da Educação. Os estudantes destacaram que não frustrariam a realização das provas do Enem, da mesma forma que não impediram a realização das eleições nas unidades que serviram de zona eleitoral – informou a DPU, em nota.

Adiamento

O MEC confirmou a decisão de cancelar a aplicação das provas no próximo fim de semana nas escolas ocupadas e informou que, dos 8,6 milhões de candidatos inscritos no Enem, 191 mil farão as provas nos dias 3 e 4 de dezembro.

De acordo com o ministério, 304 locais de prova estão ocupados em 127 municípios. O Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo Enem, garante a equivalência da prova a ser aplicada neste fim de semana e em dezembro.

Os candidatos afetados pela mudança serão notificadas por mensagem ou e-mail. Os novos locais de provas ainda não foram definidos. O ministro da Educação, Mendonça Filho, deve fazer um pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão sobre o assunto nesta sexta-feira. 

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Source: http://correiodobrasil.com.br/estudantes-ocupam-predio-da-reitoria-da-unirio/

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