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Estudantes vão às ruas de todo país em defesa da Educação

Maggio 15, 2019 11:07 , by Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Nesta quarta-feira ocorreu a maior mobilização popular contra o governo Bolsonaro. No Dia Nacional em Defesa da Educação, professores, estudantes, mães e pais de alunos, trabalhadores e amplos setores sociais foram às ruas contra os cortes de verbas para os institutos e universidades federais e em defesa da aposentadoria ameaçada pela reforma da previdência. A Greve da Educação é também um ensaio para a greve geral nacional convocada unitariamente por todas as centrais sindicais do Brasil.

Por Redação, com Vermelho – de Brasília

Cerca de 100 universidades anunciaram adesão ao Dia Nacional de Greve da Educação, nesta quarta-feira. Um grande número de escolas públicas e privadas também participaram, de forma variada, da manifestação nacional que se espalhará por todo o país.

Em defesa da educação, o Brasil vai às ruas

A mobilização teve início em escolas do ensino básico, fundamental e médio das redes pública estadual e municipal de todo o país e foi ampliada para o ensino superior, técnico e escolas da rede privada após o anúncio dos cortes de recursos na educação anunciados pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL).

Em nota, a União Nacional dos Estudantes (UNE) declarou que “o governo usa o corte no setor como moeda de troca para aprovar a reforma da Previdência, assim como transformou o MEC em uma verdadeira máquina ideológica de perseguição”. A istituição afirma que esse é o momento com mais ataques à Educação na história da recente democracia brasileira.

A greve desta quarta-feira caminha para ser uma das maiores mobilizações da história para a educação, na avaliação do presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação (CNTE), Heleno Araújo. “Os cortes anunciados pelo governo”, explica ele, “afetarão até mesmo outras instituições, inclusive privadas, que recebem recursos do governo para manterem bolsas de estudo”.

Em São Paulo, o Conselho de Reitores de Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), divulgou nota na segunda-feira em que “conclama a comunidade acadêmica a debater problemas da educação e da ciência no dia 15 de maio”. O texto ainda cita que as pesquisas realizadas pelas instituições públicas formam os “melhores quadros profissionais do país, em todas as áreas do conhecimento”.

Trabalhadores técnico-administrativos das instituições também vão aderir à greve já que os cortes de recursos atingem diretamente as funções administrativas.

Organizada também para ser uma greve contra o sucateamento e a mercantilização da educação pública brasileira, a mobilização ganhou ainda mais força com o recente anúncio pelo governo Bolsonaro, de cortes de recursos da ordem de 30%, para a educação.

Segundo levantamento feito pela Research in Brazil para a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoa de Nível Superior (CAPES), entre 2011 e 2016, mais de 95% das publicações cientificas referem-se às universidades públicas. No topo do ranking está a Universidade de São Paulo (USP), com 54.108 publicações, seguida da Universidade Estadual Paulista (UNESP) com 20.023; Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com 17.279; e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com 16.203. Entretanto, o governo Bolsonaro e seu ministro, acusam as universidades públicas de não cumprirem seu papel e ainda afirmam que as privadas é que desenvolvem mais pesquisas.

O ataque à educação

O ataque à educação e às universidades públicas, em particular, faz parte tentativa de desmonte do Estado como operador dos serviços públicos. O objetivo é desacreditar
o serviço publico, as atividades do Estado, e entregar suas funções à iniciativa privada, que tem como objetivo principal a obtenção de lucro, mesmo que isso comprometa a prestação do atendimento da população. Na educação, Bolsonaro fala em implantar o ensino à distância, em escolas militares, em ensino domiciliar, mas esconde o fato de que pretende, na verdade, oferecer mais uma oportunidade de lucro para grandes empresas,.

Para o presidente da CNTE, Heleno, a educação pública e de qualidade é direito de todos e os cortes de recursos vão sucatear as instituições ‘empurrando’ alunos às universidades pagas. “Vai onerar as famílias. Se a universidade deixa de ser pública, quem tem dinheiro é que poder estudar”.

Neste sentido, a luta em defesa educação é de toda a sociedade e por isso, além professores, estudantes e trabalhadores, pais, mães e responsáveis, de estudantes do ensino básico ao superior e do ensino profissional estiveram nas ruas nesta quarta-feira.


Source: https://www.correiodobrasil.com.br/estudantes-ruas-pais-defesa-educacao/

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