As autoridades norte-americanas disseram que os combatentes se preparavam para avançar em direção a al-Shadadi e que capturá-la iria ajudar a isolar Raqqa, a capital de fato do Estado Islâmico
Por Redação, com Reuters – de Washington, São Francisco, EUA:
Os Estados Unidos entregaram novo suprimento de munição para os combatentes árabes sírios antes de uma dura batalha contra o Estado Islâmico à medida que se aproximam da cidade síria de al-Shadadi, um entroncamento logístico crucial para o grupo jihadista, disseram autoridades norte-americanas à Reuters.
As munições foram enviadas à Síria por terra nos últimos dias às forças árabes sírias que lutam na parte nordeste do país, disseram altos funcionários sob condição de anonimato, em razão da natureza sensível da operação.
Essa seria a terceira entrega de munição para árabes sírios desde que os Estados Unidos começaram a apoiá-los com suporte aéreo em outubro.
Os árabes sírios são aliados dos combatentes curdos no conflito. A remessa inicial de munição dos EUA irritou a Turquia, país aliado na Otan, pois o governo turco teme que as operações possam beneficiar a milícia curda YPG, da Síria.
Os sírios árabes são cerca de 5 mil combatentes. Com os curdos e os outros grupos eles formam as chamadas Forças Democráticas sírias que buscam retomar terras conquistadas pelo Estado Islâmico.
As autoridades norte-americanas disseram que os combatentes se preparavam para avançar em direção a al-Shadadi e que capturá-la iria ajudar a isolar Raqqa, a capital de fato do Estado Islâmico.

Rituais islâmicos
Syed Rizwan Farook e Tashfeen Malik, que abriram fogo em uma festa de fim de ano em San Bernardino, nos Estados Unidos, no início deste mês, foram enterrados na última terça-feira em um funeral discreto, sob vigilância de agentes do FBI.
Muitos dos que frequentavam a mesquita com o casal não compareceram, disseram dois fiéis muçulmanos.
Farook, 28 anos, nascido nos Estados Unidos, e sua esposa, a paquistanesa Malik, 29 anos, mataram 14 pessoas e feriram 21, em uma ação que as autoridades norte-americanas qualificaram como terrorista. Eles morreram mais tarde naquele dia em um tiroteio com a polícia.
O funeral seguiu os rituais tradicionais islâmicos, disse um participante. Em um cemitério muçulmano a horas de distância de San Bernardino os corpos foram purificados de acordo com as regras islâmicas, enrolados em um pano branco e sepultados.
Pedindo que não fossem identificados, por medo de represálias, o participante do funeral e outra pessoa familiarizada com a situação disseram que levaram uma semana para encontrar um cemitério disposto a aceitar os corpos.
Eles afirmaram que o marido e a esposa foram finalmente enterrados em um cemitério longe de San Bernardino, depois que um local mais próximo se recusou a aceitar os corpos por causa do receio que os túmulos fossem profanados. Nenhum dos dois informou em qual cemitério o casal foi sepultado.
Os muçulmanos são geralmente enterrados no prazo de 24 horas da morte, mas familiares e membros da comunidade tiveram que esperar para os corpos serem liberados pelos agentes da lei e, em seguida, obter a permissão de um cemitério.
Uma mulher no Cemitério Islâmico & Masjid, em Adelanto, Califórnia, a menos de uma hora de San Bernardino, confirmou que o local se recusou a enterrar os corpos, em parte por medo de reações, mas também por “outras razões”. Ela não quis se identificar.
A família de Tamerlan Tsarnaev, um dos dois homens acusados de realizar o atentado na Maratona de Boston em 2013, enfrentou dificuldade semelhante para encontrar um lugar para enterrá-lo. Cemitérios em Massachusetts se recusaram a aceitar o corpo, e a família, por fim, sepultou-o em uma cova sem identificação no Estado da Virgínia.
Cerca de 10 pessoas foram ao funeral, disse o participante, incluindo membros da família de Farook e pessoas que costumavam rezar com ele nas mesquitas