A quadrilha parece ter realizado golpes semelhantes na Olimpíada de Inverno de Sochi de 2014 e nos Jogos Olímpicos de Londres de 2012, disseram investigadores da polícia do Rio
Por Redação, com Reuters – de Londres:
O ex-presidente do Comitê Olímpico Europeu Patrick Hickey afirmou que irá enfrentar “cada uma” das acusações de ter participado de uma quadrilha de venda ilegal de ingressos para a Olimpíada do Rio de Janeiro de 2016.

O ex-presidente do Comitê Olímpico Europeu Patrick Hickey
O irlandês Hickey, que também chefiou o Conselho Olímpico da Irlanda (OCI), foi solto do presídio carioca de Bangu 10 no mês passado, mas tem que permanecer no Brasil até o julgamento do caso.
– Quero deixar claro que não estou em prisão domiciliar como, além de tantas coisas neste caso, foi informado equivocadamente pela mídia – disse Hickey em um comunicado também nesta segunda-feira.
– Pretendo enfrentar todas as acusações e lutar contra cada uma delas. Sou completamente inocente de todas essas acusações e irei defender vigorosamente meu bom nome e caráter, que passei minha vida inteira construindo através de trabalho voluntário para inúmeras entidades esportivas – acrescentou.
Hickey foi preso no dia 10 de agosto, durante a Rio 2016, em um luxuoso hotel de frente para o mar. Sua prisão foi relacionada pela polícia à investigação de uma quadrilha de venda ilegal de ingressos por meio de cambistas.
A polícia acusa Hickey de operar a quadrilha dentro da empresa PRO10 Sports Management, sediada em Dublin, para canalizar entradas destinadas ao comitê irlandês, e não autorizadas para revenda, para a empresa internacional de hospitalidade em eventos esportivos THG Sports.
Todos os envolvidos negam qualquer irregularidade.
Na sexta-feira, um tribunal do Rio de Janeiro aceitou as acusações da promotoria contra Hickey, Kevin Mallon, um diretor da THG, e nove outras pessoas.
Martin Burke, diretor de esportes do OCI, quatro outros funcionários da THG e três da PRO10 Sports Management, a revendedora oficial de ingressos olímpicos da Irlanda, também foram indiciados na corte.
Com exceção de Hickey e Mallon, todos os outros deixaram o território brasileiro e atualmente são considerados fugitivos.
Na semana passada, autoridades disseram à agência inglesa de notícias Reuters que acreditam que a quadrilha atuou durante oito anos e que se preparava para outros eventos olímpicos, como os Jogos de Tóquio de 2020.
A quadrilha parece ter realizado golpes semelhantes na Olimpíada de Inverno de Sochi de 2014 e nos Jogos Olímpicos de Londres de 2012, disseram investigadores da polícia do Rio.
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