Na agenda do Bilderberg, Trump foi visto como um risco. Hillary Clinton, segundo revelou fonte na Suíça, com exclusividade à reportagem do Correio do Brasil, era a franca favorita
Por Redação – de Genebra e Rio de Janeiro
A sociedade secreta formada por multibilionários conhecida como ‘o grupo de Bilderberg’ estuda antecipar a convocação do encontro anual de 2017. A eleição do republicano Donald Trump é motivo de preocupação para as maiores fortunas do mundo. Trump fora assunto da reunião deste ano, realizada em Desden, na Alemanha, no início de Junho último.
Na agenda do Bilderberg, Trump foi visto como um risco. Hillary Clinton, segundo revelou fonte na Suíça, com exclusividade à reportagem do Correio do Brasil, era a franca favorita. Representante da ultradireita, Clinton era “o nome melhor avaliado pelo grupo”, disse a fonte, que participou do encontro, na condição de assessor de um dos integrantes. Ele revelou, via Telegram, que existe a intenção dos organizadores de chamar um encontro para nova avaliação do panorama econômico mundial, após a surpresa nas urnas norte-americanas.
— Trump é, ainda, uma incógnita. Ninguém tem dúvidas de sua veia capitalista extremada, mas em uma linha ainda nebulosa quanto aos interesses dos membros do Bilderberg — disse a fonte.
Os banqueiros, políticos, membros da realeza europeia e os donos dos principais meios de comunicação do mundo, reunidos em Desden, colocaram Trump na agenda do último encontro como um risco calculado. Mas erraram na avaliação que Hillary Clinton pudesse batê-lo nas eleições recém-concluídas. A presença, na reunião, do senador republicano Lindsey Graham, da Carolina do Sul, adversário declarado de Donald Trump, “foi um sinal óbvio que Bilderberg planejava a derrota de Trump. E, consequentemente, uma aliança tácita com a candidata democrata”, acrescentou a fonte.
Pesos pesados
Entre os tópicos debatidos no último encontro, além de Trump, os temas da agenda foram desde a China, primeiro item da lista, até a migração e o Oriente Médio. A Rússia e o panorama econômico mundial também estiveram presentes, ao lado dos riscos de cyberataques. O empobrecimento da classe média mundial também foi alvo de discussão, mas no final da fila.
O 64º encontro do Bilderberg, realizado entre os dias 9 e 12 de junho de 2016, reuniu cerca de 130 participantes de 20 países. Embora se tratesse – segundo os organizadores – de um evento particular, cerca de 400 policiais permaneceram a serviço na área do hotel, obviamente, às custas do contribuinte alemão.
No entorno do hotel foram colocados blocos de concreto e uma cerca, além da indicação de uma área onde é proibida qualquer manifestação. Segundo a policia, nenhum grupo com mais de 15 pessoas chegou a ser formado. Entre os convidados estavam Henry Kissinger, ex-Secretário de Estado dos EUA e John R Allen pelo Departamento de Estado dos EUA. O general David Petraeus, ex-diretor da CIA também compareceu. A única representante da realeza foi a princesa Beatriz de Holanda.
Banqueiros
– Pelo banco Rothschild compareceram:
• Franco Bernabé (CEO da Telecom Italia e vice-presidente da Rothschild Europa )
• John Kerr (diretor do Rio Tinto empresa emblemática do banco Rothschild e Presidente da Royal Dutch Shell ),
• Marcus Agius ( Banco Barclays )
• John Micklethwait (ex-editor-chefe do The Economist, propriedade do banco Rothschild)
• Zanny Minton Beddoes (atual editor-chefe da revista The Economist)
– Presidente do Goldman Sachs International , Peter Sutherland
– Presidente do The Goldman Sachs Group , Robert Zoellick
– Presidente do HSBC Holdings , Douglas Flint
– Vice-presidente do megafundo de investimento BlackRock
– Presidente e CEO do Banco Lazard , Kenneth Jacobs
– CEO do JP Morga n Asset Management, Mary Erdoes
– Presidente do Royal Bank of Canada , David McKay
– Conselheiro executivo do Morgan Stanley , Klaus Kleinfeld
– Presidente do Banco Santander , Ana Botín
– Presidente do Banco Wallenber g , Jacob Wallenberg
– Ex-presidente do Banco Mundial, James Wolfensohn
– Conselheiro executivo do Banco Central Europeu, Benoit Coeuré
Meios de Comunicação:
– Presidente do Google, Eric Schmidt – Diretor do Facebook e fundador do Paypal , Peter Thiel – Presidente Grupo PRISA , Juan Luis Cebrián – Editor-chefe do Bloomberg , John Micklethwait – Editor-chefe do The Economist, Zanny Minton Beddoes
Setor petrolífero:
– CEO da Royal Dutch Shell , Ben van Beurden – Presidente da British Petroleum, Carl Henric Svanberg
Indústria armamentista
– CEO da Airbus (uma das principais indústrias de armamento militar além de fabricante de aviões), Thomas Enders
Setor militar
– Secretário Geral da OTAN, Jens Stoltenberg
Indústria de medicamentos
– CEO da Roche, Christoph Franz
Demais setores
– Presidente e CEO da Siemens , Joe Kaeser – Presidente da Techint, Gianfelice Rocca – Presidente da Fiat Chrysler, John Elkann Agnelli
O post Exclusivo: Sociedade secreta debate consequências da eleição de Trump apareceu primeiro em Jornal Correio do Brasil.